27 de agosto de 2018

Lição 10 - Ofertas Pacíficas para um Deus de Paz


TEXTO ÁUREO
“Portanto, ofereçamos sempre, por ele, a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome.”(Hb 13.15)
VERDADE PRÁTICA
O crente oferece sacrifícios pacíficos a Deus quando pratica e semeia a paz do Senhor Jesus Cristo no poder do Espírito Santo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Sl 103.1,2: Uma alma devotada em bendizer ao Senhor
Terça – 1 Sm 1.24-28: O sacrifício de Ana
Quarta – Gn 28.20,21: O voto de Jacó
Quinta – Sl 22.25: O voto de Davi
Sexta – 1 Ts 5.18: Nossos contínuos sacrifícios pacíficos
Sábado – Rm 12.1: Nossa verdadeira oferta pacífica
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Levítico 7.11-21
11 - E esta é a lei do sacrifício pacífico que se oferecerá ao SENHOR.
12 - Se o oferecer por oferta de louvores, com o sacrifício de louvores, oferecerá bolos asmos amassados com azeite e coscorőes asmos amassados com azeite; e os bolos amassados com azeite serăo fritos, de flor de farinha.
13 - Com os bolos oferecerá păo levedado como sua oferta, com o sacrifício de louvores da sua oferta pacífica.
14 - E de toda oferta oferecerá um deles por oferta alçada ao SENHOR, que será do sacerdote que espargir o sangue da oferta pacífica.
15 - Mas a carne do sacrifício de louvores da sua oferta pacífica se comerá no dia do seu oferecimento; nada se deixará dela até ŕ manhă.
16 - E, se o sacrifício da sua oferta for voto ou oferta voluntária, no dia em que oferecer o seu sacrifício se comerá; e o que dele ficar também se comerá no dia seguinte.
17 - E o que ainda ficar da carne do sacrifício ao terceiro dia será queimado no fogo.
18 - Porque, se da carne do seu sacrifício pacífico se comer ao terceiro dia, aquele que a ofereceu năo será aceito, nem lhe será imputado; coisa abominável será, e a pessoa que comer dela levará a sua iniquidade.
19 - E a carne que tocar alguma coisa imunda năo se comerá; com fogo será queimada; mas da outra carne qualquer que estiver limpo comerá dela.
20 - Porém, se alguma pessoa comer a carne do sacrifício pacífico, que é do SENHOR, tendo ela sobre si a sua imundícia, aquela pessoa será extirpada dos seus povos.
21 - E, se uma pessoa tocar alguma coisa imunda, como imundícia de homem, ou gado imundo, ou qualquer abominação imunda, e comer da carne do sacrifício pacífico, que é do SENHOR, aquela pessoa será extirpada dos seus povos.
OBJETIVO GERAL
Compreender que o crente oferece sacrifícios pacíficos a Deus quando pratica e semeia a paz do Senhor Jesus Cristo no poder do Espírito Santo.

HINOS SUGERIDOS: 17, 262, 400 da Harpa Cristã


OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I.      Mostrar a excelência da oferta pacífica;
II.     Discutir a respeito da oferta pacífica na história sagrada;
III.    Compreender a oferta pacífica na vida diária.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor (a), na lição de hoje estudaremos as ofertas pacíficas. Veremos a beleza desse sacrifício no culto levítico, os tipos e o objetivo de tais ofertas. Em geral tais sacrifícios eram realizados como forma de gratidão por algum favor recebido, como por exemplo, a cura de alguma enfermidade. Mediante a gratidão a comunhão com Deus era fortalecida e renovada. Sejamos gratos a Deus pelo que Ele é e por tudo que tem feito por nós, oferecendo nossas vidas como sacrifício vivo, santo e agradável.

INTRODUÇÃO
Adoramos a Deus com ofertas pacíficas quando nos apresentamos diante dEle com o propósito de render-lhe graças por todas as bênçãos recebidas. Com tal atitude, honramos o Senhor com um culto racional, agradável e vivo.
Nesta lição, veremos que, das cinco ofertas prescritas no livro de Levítico, a mais excelente em voluntariedade era a pacífica, pois tinha como objetivo aprofundar a comunhão entre Israel e Deus. Ao aproximar-se do Senhor, com tal oferta, o crente do Antigo Testamento manifestava-lhe, em palavras e gestos, que o seu único almejo era agradecê-lo por todos os benefícios recebidos (Sl 103.1,2).

PONTO CENTRAL
Ofereçamos a Deus continuamente sacrifícios de louvor e adoração.

I – A EXCELÊNCIA DA OFERTA PACÍFICA
Os dois sacrifícios mais antigos da História Sagrada são o holocausto e a oferta pacífica. Ambas as oferendas eram tidas, às vezes, como um único ofertório.

1. Oferta pacífica.
A voluntariedade da oferta pacífica fica bem evidente no livro de Levítico (Lv 7.12). A oferenda, para ser caracterizada como tal, deveria ser acompanhada de ações de graças; nenhuma petição era admitida. Naquele momento, o crente hebreu tinha como único desejo adorar e agradecer ao Senhor por todas as bênçãos, galardões e livramentos. Nos Salmos, as ofertas pacíficas manifestam-se em louvores ao Senhor por todas as suas benignidades (Sl 106.1). Como nos mostram os salmos 118 e 136.
O apóstolo Paulo ensina-nos a oferecer, de forma contínua, ação de graças a Deus (1 Ts 5.18). Se agirmos assim, jamais perderemos a comunhão quer com Deus, quer com a Igreja de Cristo (Cl 3.15).

2. Tipos de ofertas pacíficas.
As ofertas pacíficas compreendiam três modalidades ou fases: ação de graças, voto e oferenda movida diante do altar.

a) Ação de graças.
A fim de agradecer ao Senhor por um favor recebido, o crente hebreu oferecia-lhe bolos e coscorões ázimos amassados com azeite. Os bolos, feitos da flor de farinha, tinham de ser fritos (Lv 7.12-15). A carne, que acompanhava o sacrifício pacífico, devia ser consumida no mesmo dia (Lv 7.15). Os produtos trazidos a Deus vinham acompanhados de sacrifícios de louvores (Hb 13.15). Tanto ontem quanto hoje, somos exortados a louvar e a enaltecer continuamente o Senhor.

b) Voto.
Nos momentos de angústia, os filhos de Israel faziam votos ao Senhor, prometendo-lhe ofertas pacíficas (Gn 28.20; 1 Sm 1.11). Nesse caso específico, o sacrifício poderia ser comido tanto no mesmo dia quanto no dia seguinte (Lv 7.15,16). No terceiro dia, porém, nada podia ser ingerido. O voto, por ser uma ação voluntária, requeria uma atitude igualmente voluntária e amorosa. O ofertante, pois, deveria participar das ofertas com alegria, regozijo e ação de graça.

c) Oferta movida.
Na última etapa, o adorador entregava a oferta pacífica ao sacerdote, que, seguindo o manual levítico, aspergia o sangue do sacrifício sobre o altar. Em seguida, queimava a gordura do animal (Lv 7.30). O peito era entregue a Arão e a seus filhos. Num último ato do sacrifício, o sacerdote movia a parte mais excelente da oferenda perante o altar: o peito e a coxa (Lv 7.31-35).  

3. Objetivos das ofertas pacíficas.
Como já dissemos, eram dois os objetivos da oferta pacífica: aprofundar a comunhão entre Deus e o crente, e levar o ofertante a reconhecer que tudo quanto recebemos vem do Senhor, porque dEle é a terra e a sua plenitude (Sl 24.1).

SÍNTESE DO TÓPICO I
As ofertas pacíficas eram excelentes pelo fato de serem voluntárias.

SUBSÍDIO DIDÁTICO

Professor (a), reproduza a tabela  abaixo no quadro e utilize-a para mostrar aos alunos os vários tipos de sacrifícios apresentados individualmente pelos israelitas.
NOME
CONTEÚDO
SIGNIFICADO
Ofertas queimadas
Um boi, cordeiro, bode, ou um pombo macho ou um pombinho sem defeito.
Essa oferta voluntária simboliza completa entrega a Deus.
Ofertas de cereais
Grãos, flor de farinha, com óleo de oliva e sal, mas nunca com qualquer fermento.
Essa oferta voluntária acompanha a maioria das ofertas queimadas e simboliza devoção a Deus.
Ofertas de comunhão (pacíficas)
Qualquer animal sem mancha do rebanho de gado ou de ovelhas
A refeição, seguindo essa oferta voluntária, simboliza comunhão com Deus e ação de graças por bênção.
Ofertas pelo pecado
Animal específico é requerido dependendo do status e posição. Ao muito pobre é permitido trazer uma oferta de fina flor de trigo.
Pelo pecado ou impureza.
Ofertas pela culpa
Valioso cordeiro ou ovelha sem defeito.
Essa oferta era requerida se uma pessoa violasse os direitos de alguém, como por furto. Era também requerida quando houvesse cura da lepra, pois Deus era privado de um adorador enquanto a pessoa estivesse doente.


II – A OFERTA PACÍFICA NA HISTÓRIA SAGRADA

Nesta lição, veremos três exemplos de pessoas que fizeram votos ao Senhor, e foram plenamente atendidas: Jacó, Ana e Davi.

1. Jacó, filho de Isaque.
Quando fugia de Esaú, seu irmão, Jacó fez um comovente voto ao Senhor. E, depois de ter visto o céu aberto e os anjos de Deus subirem e descerem sobre uma escada que ligava a Terra ao Céu, prometeu ao Deus de seus pais: “Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer e vestes para vestir, e eu em paz tornar à casa de meu pai, o SENHOR será o meu Deus” (Gn 28.20,21). A partir daí, o patriarca tornou-se um fiel e zeloso adorador (Gn 35.1-3).

2. Ana, mãe de Samuel.
Afligida por sua rival porque não dava filhos a Elcana, seu marido, a desolada Ana fez este voto ao Senhor: “Senhor dos Exércitos! Se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva te não esqueceres, mas à tua serva deres um filho varão, ao SENHOR o darei por todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha” (1 Sm 1.11). Após haver desmamado a Samuel, entregou-o ao Senhor, cumprindo a ordenança quanto ao sacrifício pacífico (1 Sm 1.24-28).

3. Davi, rei de Israel.
Pelo que observamos nos Salmos, Davi foi o homem que, em todo o Israel, mais sacrifícios pacíficos apresentou ao Senhor (Sl 22.25; 56.12; 61.5,8). Aliás, os seus cânticos já são, em si mesmos, um sacrifício pacífico ao Senhor.

SÍNTESE DO TÓPICO II
As ofertas pacíficas fazem parte da história de Israel.

SUBSÍDIO BÍBLICO-DIDÁTICO

Professor (a), para apresentar de forma mais didática os três exemplos de pessoas que fizeram votos ao Senhor, e foram plenamente atendidas: Jacó, Ana e Davi. Reproduza o quadro abaixo. Depois faça a seguinte indagação: “O que é um voto?” Ouça os alunos e em seguida, se desejar leia a explicação para que compreendam o significado do termo.

RSONAGEM    
VOTO
Jacó
“Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer e vestes para vestir, e eu em paz tornar à casa de meu pai, o SENHOR será o meu Deus” (Gn 28.20,21).
Ana
“Senhor dos Exércitos! Se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva te não esqueceres, mas à tua serva deres um filho varão, ao SENHOR o darei por todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha” (1 Sm 1.11).
Davi
“O meu louvor virá de ti na grande congregação; pagarei os meus votos perante os que o temem” (Sl 22.25).
Voto
“Empenho voluntário de uma palavra a Deus ou a outra pessoa. Nas Sagradas Escrituras, o voto, via de regra, tem um caráter sagrado e não pode ser revogado a menos que seja feito com base na ignorância e presunção (1 Sm 14.24-35). Por este motivo, para que o voto seja legítimo é mister que se observe os seguintes requisitos: 1) Voluntariedade; 2) Consciência e responsabilidade; 3) Conformidade com a Palavra de Deus; 4) Que não envolva terceiras pessoas sem o consentimento destas” (Dicionário Teológico, CPAD, p. 361).

III – A OFERTA PACÍFICA NA VIDA DIÁRIA
De que modo apresentaremos, hoje, nossos sacrifícios pacíficos ao Senhor? Há três maneiras: consagrando-nos a nós mesmos; perseverando nos sacrifícios de louvores e adorando a Deus em todo o tempo.

1. Consagração incondicional.
O melhor sacrifício que um crente pode oferecer ao Senhor é apresentar a si mesmo a Deus (Rm 12.1). Neste momento, nossa oferenda é, além de pacífica, amorosa e plena de serviços. A partir desse momento, começamos a experimentar as excelências da vontade de Deus. Paulo considerava-se uma libação oferecida ao Senhor Jesus (2 Tm 4.6).

2. Sacrifícios de louvores.
Fazemos um sacrifício de louvor quando cumprimos plenamente a vontade de Deus (Hb 13.15). Mas, para que a cumpramos, é imprescindível apresentarmo-nos diante de Deus com um espírito quebrantado e ansioso por Ele (Sl 51.17). Portanto, quando cumprimos a vontade divina, apesar das circunstâncias adversas que nos cercam, oferecemos-lhe o mais excelente sacrifício de louvor.

3. Adoração contínua.
Paulo e Silas, quando presos, cantavam e adoravam a Deus, ofertando-lhe um sacrifício que, além de pacífico, era profundamente redentor (At 16.25-31). Por isso, o apóstolo recomenda-nos a louvar continuamente a Deus (Ef 5.19; Cl 2.16).

SÍNTESE DO TÓPICO III
As ofertas pacíficas devem fazer parte da nossa vida diária.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
A natureza e o propósito dos sacrifícios pacíficos estão aqui mais distintamente abertos. Eles eram oferecidos:

1. Em gratidão por alguma misericórdia especial recebida, como a recuperação de uma enfermidade, a proteção em viagem, o livramento no mar, a redenção do cativeiro, tudo que é especificado no Salmo 107, e por estas coisas os homens são convocados a oferecer sacrifícios de gratidão.

2. No cumprimento de algum voto que um homem fez quando estava em aflição, e isto menos honorável do que no caso anterior, embora a omissão de ofertar este sacrifício tivesse sido mais culpável.

3. Em súplica por alguma misericórdia especial que um homem estava buscando com elevada expectativa. Este sacrifício é, aqui, chamado de oferta voluntária. Este sacrifício acompanhava as orações de um homem, assim como o anterior acompanhava os seus louvores. Não encontramos que os homens fossem obrigados pela lei, a menos que tivessem se obrigado — através de um voto — a oferecerem estas ofertas pacíficas em tais ocasiões, da mesma forma que deveriam fazer os seus sacrifícios de expiação no caso de terem cometido pecados. Não que a oração e o louvor sejam tanto nossa obrigação como o arrependimento o é. Mas aqui, nas expressões de seu senso de misericórdia, Deus os deixou mais para a liberdade deles do que nas expressões de seu senso de pecado — para provar a generosidade de sua devoção, e que os seus sacrifícios, sendo ofertas  voluntárias, pudessem ser as mais louváveis e aceitáveis. Além disto, obrigando-os a trazer os sacrifícios de expiação, Deus mostraria a necessidade de grande propiciação” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, pp. 373,374).

CONCLUSÃO
Nestes dias trabalhosos e difíceis, somos instados pelo Espírito Santo a apresentar a Deus sacrifícios pacíficos: gratidão, louvor e amor provado. E, como já vimos, a oferta de maior relevância é o nosso próprio ser. Apresentemo-nos, pois, continuamente diante do Senhor com ofertas voluntárias, para que a nossa vida seja um sacrifício pacífico ao Deus Único e Verdadeiro (Rm 12.1).

PARA REFLETIR
A respeito de “Ofertas Pacíficas para um Deus de Paz”, responda:

1) Qual é a característica mais importante da oferta pacífica?
A voluntariedade.
2) Quais são os tipos de ofertas pacíficas?
Ação de graças, voto e oferta movida.
3) Quais são os objetivos das ofertas pacíficas?
Os objetivos da oferta pacífica: aprofundar a comunhão entre Deus e o crente, e levar o ofertante a reconhecer que tudo quanto recebemos vem do Senhor, porque dEle é a terra e a sua plenitude (Sl 24.1).
4) Diga o nome de três pessoas que fizeram votos ao Senhor.
Jacó, Ana e Davi.
5)  Em que consiste, hoje, o nosso sacrifício pacífico?

Consiste em entregar a Deus o nosso ser; perseverando nos sacrifícios de louvores e adorando a Deus em todo o tempo.
Fonte: Lições Bíblicas 3° trimestre de 2018, Adultos – CPAD
 Divulgação: http://escolabiblicadominicalbr.blogspot.com

Lição 8 - A Sobriedade na Obra de Deus


Lições Bíblicas do 3° trimestre de 2018 - CPAD | Classe: Adultos| Aula: 19 de Agosto
TEXTO ÁUREO
“E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito.” (Ef 5.18)
VERDADE PRÁTICA
O exercício do ofício divino é incompatível com o alcoolismo, maus costumes e intemperanças.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Gn 9.20-24: A embriaguez de Noé
Terça – Gn 19.30-35: O vinho e a profanação familiar
Quarta – 2 Sm 11.6-13: A corrupção pelo vinho
Quinta – Pv 31.4,5: O vinho é impróprio aos que presidem
Sexta – 1 Tm 3.3: O vinho é vedado ao pastor
Sábado – Ef 5.1-18: Enchei-vos do Espírito
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Levítico 10.8-11; 1 Timóteo 3.1-3
Lv 10.8 - E falou o SENHOR a Arão, dizendo:
9 - Vinho ou bebida forte tu e teus filhos contigo não bebereis, quando entrardes na tenda da congregação, para que não morrais; estatuto perpétuo será isso entre as vossas gerações,
10 - para fazer diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo,
11 - e para ensinar aos filhos de Israel todos os estatutos que o SENHOR lhes tem falado pela mão de Moisés.
1 Tm 3.1 - Esta é uma palavra fiel: Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja.
2 - Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar;
3 - não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento.

OBJETIVO GERAL
Mostrar que o exercício do ofício divino é incompatível com o alcoolismo e os maus costumes.
HINOS SUGERIDOS: 77, 96, 103 da Harpa Cristã

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I.      Explicar o vinho na história sagrada;
II.     Discutir a respeito do vinho no ofício sagrado;
III.    Compreender que o ministro precisa ser cheio do Espírito Santo.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor (a), segundo alguns teólogos, Nadabe e Abiú ofereceram fogo estranho porque estavam sob o efeito do vinho. Tal afirmação tem como fundamento o fato de que logo depois de tal imprevisto, Moisés tratou a respeito da proibição do vinho para os sacerdotes quando ministravam no Tabernáculo (Lv 10.8-11). O sacerdote precisava julgar e fazer distinção entre o puro e o impuro e instruir os hebreus, por isso não deveria fazer uso do vinho, pois o álcool afetaria os seus sentidos e o seu raciocínio. Tal proibição tinha o objetivo de preservar o sacerdote a fim de que não cometesse o mesmo erro de Nadabe e Abiú.

A cultura dos hebreus tinha o vinho como bebida principal, tanto que Jesus transformou a água em vinho em uma festa de casamento, contudo a Palavra de Deus tem várias advertências  contra o excesso que leva a embriaguês. As nações pagãs ao redor de Israel tinham o costume da embriaguez, mas o povo de Deus deveria ser santo, distinto, separado a fim de que fosse exemplo e manifestasse a grandeza e a santidade do Senhor.


INTRODUÇÃO
Na lição anterior, acompanhamos a trágica história de Nadabe e Abiú, filhos do sumo sacerdote Arão. Embora cientes de sua responsabilidade, eles não temeram entrar no lugar santo para oferecer fogo estranho ao Senhor. Por causa disso, Deus os fulminou ali mesmo, diante do altar do incenso.

O que os levou a agir de maneira tão irreverente e profana? Pelo contexto da narrativa sagrada, podemos concluir que ambos estavam embriagados (cf. Lv 10.8,9). Por isso, profanaram insolentemente a glória divina.

Guardemo-nos, pois, do álcool, das drogas e de outros vícios igualmente nocivos e destruidores. O ministro cristão tem de ser um exemplo de temperança, sobriedade e domínio próprio.

VÍDEO AULA
PONTO CENTRAL
O exercício do ofício divino é incompatível com o alcoolismo e os maus costumes.

I – O VINHO NA HISTÓRIA SAGRADA
Nas Sagradas Escrituras, o vinho, juntamente com o pão e o azeite, é visto como bênção de Deus (Os 2.22). Aliás, o vinho era usado até mesmo como remédio (Lc 10.34). No entanto, o seu mau uso levou homens santos a cometerem escândalos, torpezas e até crimes, haja vista os casos de Noé, Ló e Davi.


1. A embriaguez de Noé.
Após o Dilúvio, Noé voltou-se ao ofício de lavrador, e pôs-se a plantar uma vinha (Gn 9.20). E, após ter preparado o seu vinho, bebeu-o até embriagar-se. Já fora de si, desnudou-se, expondo-se vergonhosamente em sua tenda (Gn 9.20-29). A intemperança do patriarca trouxe-lhe sérios problemas familiares.

O álcool foi capaz de transtornar até mesmo um dos três homens mais piedosos da História Sagrada (Ez 14,14). É por isso que devemos precaver-nos quanto aos seus efeitos (Pv 20.1; 23.31).

2. A devassidão das filhas de Ló.
Dizendo-se preocupadas com a descendência do pai, as filhas de Ló embebedaram-no em duas ocasiões (Gn 19.31,32). Em seguida, tiveram relações com o próprio pai, gerando dois povos iníquos (Gn 19.33-38). Quem se entrega ao vinho está sujeito a dissoluções como essa (Ef 5.18). Um servo de Cristo não pode cair nessa situação.

3. O vinho como instrumento de corrupção.
Para encobrir o seu adultério com Bate-Seba, o rei Davi convocou Urias, que estava na frente de batalha, embriagou-o, e induziu-o a deitar-se com a esposa adúltera e já grávida (2 Sm 11.13). Se o seu plano houvesse dado certo, aquela criança ficaria na conta de Urias, o heteu.

A que ponto chega um homem fora da orientação do Espírito Santo. O rei de Israel usou o vinho para corromper um de seus heróis mais notáveis. Nossas atitudes devem sempre ser dirigidas pelo Espírito Santo.

SÍNTESE DO TÓPICO I
O vinho faz parte da história e da cultura sagrada.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
O padrão de comportamento requerido por Deus para os reis e governantes do seu povo, especialmente no tocante a beber vinho fermentado e bebidas inebriantes, era elevado.
(1) O hebraico diz literalmente aqui: ‘Que não haja ingestão’. Nada há nessa passagem que permita alguém beber com moderação.

(2) A razão que os reis e os governantes não devem beber bebidas inebriantes é que, afetados pela bebida, eles podiam esquecer-se da lei. A bebida os faria normalmente fracos e os levaria a desobedecer à lei de Deus e a perverter a justiça. Esse texto levou os rabinos judaicos a decretar que o juiz que bebesse um renuth  (um copo de vinho) não poderia tomar assento no juízo, nem numa escola, nem podia ensinar em tais circunstâncias.

(3) O mesmo princípio regia os sacerdotes, que no Antigo Testamento ministravam perante o Senhor a favor do povo (Lv 10.8-11).
(4) Todos os salvos do Novo Testamento são feitos reis e sacerdotes de Deus, pertencentes ao reino espiritual de Deus (1 Pe 2.9). Logo, o padrão de Deus para os reis e sacerdotes quanto a não ingerirem bebidas embriagantes é igualmente aplicável a nós (ver Nm 6.1-3; Ef 5.18)” (Bíblia de Estudo Pentecostal 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 962).

II – O VINHO NO OFÍCIO DIVINO

1. No Antigo Testamento.
Em sua oferta de manjares ao Senhor, os israelitas faziam-lhe também a libação de um quarto de him (Lv 13.13). Nessa oferenda, o adorador reconhecia que tudo quanto existe pertence ao Senhor. Em razão disso, deveria usar de forma santa e responsável tudo quanto Ele deixou-nos (Pv 20.1).

Quanto aos ministros do altar, eram severamente advertidos sobre o uso do vinho. Leia com atenção Levítico 10.8-11. Esta passagem deve ser aplicada também aos crentes de hoje. Tanto ontem quanto hoje, o álcool pode levar-nos à ruína.

2. No Novo Testamento.
O primeiro milagre de Jesus foi transformar água em vinho (Jo 2.1-11). E, ao instituir a Santa Ceia, Ele fez uso desse mesmo produto, a fim de simbolizar o seu sangue redentor (Mt 26.26-30). Desde então, a Igreja de Cristo vem utilizando o fruto da vide para oficiar a sua maior celebração: a Ceia do Senhor (1 Co 11.23-32).

3. Advertência quanto ao uso do vinho.
É bem possível que Nadabe e Abiú tenham entrado no lugar santo do Tabernáculo sob o efeito do álcool. E, sem qualquer temor ou reverência a Deus, apresentaram fogo estranho no altar divino. Logo após a morte de ambos, o Senhor fez séria advertência a Arão: “Vinho ou bebida forte tu e teus filhos contigo não bebereis, quando entrardes na tenda da congregação, para que não morrais” (Lv 10.9).

Tal aviso serviu para que, no futuro, tragédias como essa não viessem a ocorrer. Por isso, o Senhor proibiu incisivamente, a partir daquele momento, a ingestão de vinho e de bebidas fortes no ofício sagrado. Aos desobedientes, a punição seria a morte.

SÍNTESE DO TÓPICO II
O vinho não poderia fazer parte do ofício divino.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
Advertência aos sacerdotes (Lv 10. 8-11)
Pelo fato de Arão ter sido muito obediente ao que Deus lhe dizia, por intermédio de Moisés, agora Deus lhe dá a honra de falar consigo diretamente (v. 8): ‘E falou o Senhor a Arão’, possivelmente porque o que seria dito agora poderia ser mal interpretado se dito por Moisés, como se Moisés suspeitasse de que Arão era glutão e beberrão, pois somos capazes de interpretar advertências como acusações. Por isso disse diretamente a Arão: ‘Vinho ou bebida forte tu e teus filhos contigo não bebereis, quando entrardes na tenda da congregação, para que não morrais’, v. 9. Provavelmente eles tinham visto o mau resultado disto em Nadabe e Abiú, e por isto deviam ser avisados através do exemplo deles. Observe aqui: 1) A proibição, propriamente dita: ‘Vinho ou bebida forte [...] não bebereis’. Alguns entendem que talvez em alguma outra ocasião tivessem permissão de beber (não se esperava que cada sacerdote fosse um nazireu), mas durante o período do seu serviço isto lhe era proibido. Esta era uma das leis no templo de Ezequias (Ez 44.21), e desta maneira é exigido, dos ministros do Evangelho, que não sejam dados ao vinho, 1 Timóteo 3.3. Observe que a embriaguez é ruim para qualquer pessoa, mas é especialmente escandalosa e perniciosa nos ministros, que, dentre todos os homens, devem ter as mentes mais esclarecidas e os corações puros” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Antigo Testamento: Genesis a Deuteronômio. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 384).

III – MINISTROS CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO
Tendo em vista os exemplos lamentáveis e vergonhosos da História Sagrada, o Novo Testamento faz-nos severas advertências quanto ao uso do vinho.

1. Recomendações aos ministros.
 O candidato ao Santo Ministério, na Igreja Primitiva, não podia ser um homem escravizado pelo vinho (1 Tm 3.3,8; Tt 1.7). Não se pode confiar o rebanho de Jesus Cristo a alguém dominado pela embriaguez. Quem governa tem de abster-se das bebidas alcoólicas (Pv 31.4).

2. Recomendações à Igreja.
A recomendação quanto aos prejuízos decorrentes do vinho não se limita aos ministros do Evangelho. Ela diz respeito, também, a toda a Igreja. Portanto, que o verdadeiro cristão, afastando-se do vinho, busque a plenitude do Espírito Santo (Ef 5.18). A embriaguez não é um mero adorno cultural; é algo sério que tem ocasionado graves transtornos à Igreja de Cristo.

3. Ministros usados pelo Espírito Santo.
No dia de Pentecostes, o Espírito Santo foi generosamente derramado sobre os discípulos (At 2.1-4). De início, eles foram tidos como bêbados (At 2.13). Mas, após o sermão de Pedro, todos vieram a conscientizar-se de que eles falavam e operavam no poder de Deus (At 2.40,41).
Na sequência de Atos, deparamo-nos com os apóstolos e discípulos proclamando o Evangelho sempre no poder do Espírito Santo (At 4.8,31; 7.55; 13.9,10).

SÍNTESE DO TÓPICO III
O ministro de Deus deve ser cheio do Espírito Santo.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
Ser um líder na igreja
“1 Tm 3.1 – Ser um líder da igreja (‘bispo’) é uma grande responsabilidade, porque a igreja pertence ao Deus vivo. A palavra bispo pode ser uma referência a um pastor, a um líder da igreja, ou a um supervisor. É bom desejar ser um líder espiritual, mas os padrões são elevados. Aqui, Paulo enumera algumas qualificações. Os líderes da igreja não devem ser escolhidos por serem populares, nem devem ter condições de procurar progredir até o topo. Em vez disso, eles  devem ser escolhidos pela igreja por causa do seu respeito pela verdade, tanto no tocante àquilo em que creem como à maneira como vivem. Você tem uma posição de liderança espiritual, ou você gostaria de ser um líder, um dia? Compare-se com o padrão da excelência de Paulo. Os que tem grandes responsabilidades devem atender elevadas expectativas” (Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 1752).

CONCLUSÃO
Quanto ao uso do vinho, sigamos o exemplo dos recabitas. Voluntariamente, abstinham-se de qualquer bebida forte para que a aliança de seus ancestrais permanecesse firme (Jr 35.6-10). E, por causa de sua fidelidade, foram honrados pelo Senhor.
Portanto, fujamos das bebidas alcoólicas e de outros vícios igualmente graves, a fim de que possamos ministrar ao Senhor com todo zelo e cuidado. Deus não mudou. Lembremo-nos de Nadabe e Abiú.
PARA REFLETIR
A respeito de “A Sobriedade na Obra de Deus”, responda:

1) Segundo a lição, de acordo com o contexto da narrativa, o que podemos concluir sobre o comportamento de Nadabe e Abiú quando entraram no Tabernáculo para queimar o incenso?
Pelo contexto da narrativa sagrada, podemos concluir que ambos estavam embriagados (cf. Lv 10.8,9). Por isso, profanaram insolentemente a glória divina.
2) Que recomendação faz o Senhor aos sacerdotes quanto às bebidas alcoólicas?
“Vinho ou bebida forte tu e teus filhos contigo não bebereis, quando entrardes na tenda da congregação, para que não morrais; estatuto perpétuo será isso entre as vossas gerações” (Lv 10.9).
3) Que exigência a Bíblia faz aos candidatos ao ministério cristão?
O candidato ao Santo Ministério, na Igreja Primitiva, não podia ser um homem escravizado pelo vinho (1 Tm 3.3,8; Tt 1.7).
4) Por que não podemos considerar a embriaguez um mero adorno cultural?
Porque a embriaguez é algo sério que tem ocasionado sérios transtornos à Igreja de Cristo.
5) Discorra sobre o exemplo dos recabitas.
Os recabitas voluntariamente, abstinham-se de qualquer bebida forte, para que a aliança de seus ancestrais permanecesse firme (Jr 35.6-10). E, por causa de sua fidelidade, foram honrados pelo Senhor.
Fonte: Lições Bíblicas 3° trimestre de 2018, Adultos – CPAD
 Divulgação: http://escolabiblicadominicalbr.blogspot.com