Quem e por que os cristãos primitivos eram
perseguidos
(Corrigido)
Por Jorge Nilson
O Cristianismo sempre foi perseguido desde a
sua existência. Dos anos 100 a 313, a igreja enfrentou os problemas das
heresias internas e, ainda ter que resolver o problema das perseguições do
Governo Romano. Essa experiência é continua até a volta do Senhor.
Os judeus foram os primeiros
perseguidores. Antes de 250 d. C. a perseguição era predominante local,
esporádica e era uma ação localizada e popular e não uma política definida pelo
governo. Após essa data, porem, era uma estratégia governamental e muito
violenta. Apesar de toda a perseguição e martírios, a igreja cresceu e
tornou-se uma grande realidade a ideia de Tertuliano: " O sangue dos
cristãos é a semente" (da igreja). Somente após o governo de Constantino a
igreja conseguiu a liberdade de culto e pregação.
Algumas possíveis causas da perseguição
1. Política
Acreditava o governo que o
cristianismo era um ramo do Judaísmo, que era uma religião licita. Com a igreja
sofreu pouco. Porém, aos poucos, como a ser distinguida do judaísmo e ai os
conflitos aumentaram em demasia. Como a ser vista como uma sociedade secreta e
independente; então o governo romano começou a vê-lo como desobediente, e isso
era inaceitável para Roma. Tornou-se uma religião ilegal, considerada uma
ameaça a segurança nacional. O Estado
era supremo, não poderia haver outro superior a ele.
Contribuir para o estado era uma
obrigação e o crescimento cristianismo escapa do controle estatal. Ser leal a
Cristo ou a César, era uma decisão para os cristãos. Manter a cultura clássica
e a submissão a Roma entre os cristãos, fazia com que os romanos exigissem dos
seguidores do Nazareno, uma decisão única: César ou Cristo. Algumas práticas
cristãs eram consideradas desobediência: recusa em oferecer incenso aos altares
devotados ao imperador romano. Quem fizesse sacrifícios ao imperador nesses
altares, poderiam praticar uma segunda religião. Como havia recusa entre os
cristãos, eles eram perseguidos. Também
os cristãos realizavam as suas reuniões em secreto e durante a noite. Com isso,
as autoridades romanas pensavam que eles
estavam tramando uma conspiração contra o Estado.
2. Religiosas
Enquanto os cristãos praticavam
uma religião secreta (temendo a perseguição), os romanos tinham seus altares,
ídolos, cânticos, sacerdotes, ritos e práticas externas. Qualquer pessoa poderia adorar outros deuses,
desde que César fosse adorado prioritariamente.
Não havia ídolos nos cultos
cristãos, as suas orações eram feitas de pé e de olhos fechados, com as mãos
levantadas sem que existisse algo material a ser visto. Os romanos consideravam
essa prática, ateísmo. Devido ao sigilo dos encontros, difamava-os dizendo que
os seguidores de Cristo eram canibais, incestuosos e praticavam coisas
desumanas. Devido o não entendimento dos romanos do significados de "comer
e beber" os elementos da Ceia, espalhavam que eles comiam as crianças em
sacrifícios. O ósculo santo, que já era um costume judeu e praticado pelos
cristãos, foi logo transformados em acusações de incesto e outras formas
imorais. Para a elite romana, isso era um absurdo.
3. Sociais
Por exercer influência sobre a
camada escrava e pobre da sociedade, os romanos temiam essa influência cristã
entre o povo e passaram a desprezá-los e a odia-los. Os cristãos defendiam a
igualdade entre todos os homens (Col. 3:11), enquanto o paganismo insistia na estrutura aristocrática
da sociedade em que uns poucos privilegiados eram servidos pela camada mais
pobre e escravizada. Os seguidores de Cristo não participavam dos teatros,
jogos e lugares de recreações. Isso causava antipatia . A pureza dos crentes
incomodava os pagãos e vinham isso como perigo para a sociedade, classificando
os cristãos como pessoas que "odiavam a humanidade" e que poderiam
incitar revoltas entre o povo.
4. Econômicas
O lucro dos que vendiam ídolos diminuíram
excessivamente, e o culto a Diana ficava prejudicado. Com os lucros reduzidos, houve uma forte reação
contra os do Caminho. Os sacerdotes pagãos, os pintores, os adivinhos, os
fabricantes de ídolos, os arquitetos e escultores tinham ojeriza a igreja.
No ano 250 a perseguição não era
mais localizada, era generalizada e violenta. Os cristãos foram
responsabilizados pela fome, pelas pragas e pelas agitações civis no império
romano. Eles faziam o povo abandonarem seus ídolos. Tudo isso fizeram as
autoridades acreditarem que os cristãos eram os culpados por tudo de ruim que
estava acontecendo. Então o mal teria que ser destruído. Essas e outras razões
foram as causas das perseguições aos cristãos primitivos.
E sereis odiados de todos os homens por causa do meu nome; mas aquele
que perseverar até o fim será salvo. Mateus 10:22