21 de novembro de 2018

O que destrói mais casamentos do que o adultério Josué Gonçalves

O QUE HÁ POR TRÁS DA DECISÃO DE CUBA; E A MALANDRAGEM CONTRA ONYX E TERE...

As 10 pragas Uma resposta aos deuses do Egito

Lição 5 - Amando e Resgatando a Pessoa Desgarrada


Lições Bíblicas do 4° trimestre de 2018 - CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 4 de Novembro de 2018
TEXTO ÁUREO
"Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento." (Lc 15.7)
VERDADE PRÁTICA
Jesus é o Bom Pastor que deu a vida para resgatar suas ovelhas, as quais estavam desgarradas e distantes de Deus.
LEITURA DIÁRIA
Seg. At 20.28: Os pastores devem cuidar de si mesmos e igualmente do rebanho
Ter. Pv 27.23: É dever dos pastores conhecer o estado de suas ovelhas
Qua. Jr 23.1-4: Uma advertência seríssima aos que exercem o pastorado
Qui. Jo 10.11,12: A principal diferença entre o bom pastor e o mercenário
Sex. 1Pe 5.2-4: Zelar e defender o rebanho de Deus é dever do pastor
Sab. Mt 2.6: O Líder Supremo que, como pastor, conduzirá o povo de Israel

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Lucas 15.3-10
3- E ele lhes propôs esta parábola, dizendo:
4- Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e não vai após a perdida até que venha a achá-la?
5- E, achando-a, a põe sobre seus ombros, cheio de júbilo;
6- e, chegando à sua casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.
7- Digo-vos que assim haverá alegria
no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.
8- Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma, não acende a candeia, e varre a casa, e busca com diligência até a achar?
9- E, achando-a, convoca as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque já achei a dracma perdida.
10- Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.

HINOS SUGERIDOS: 104,156, 283 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL
Despertar na classe o desejo de alcançar os que se afastaram da presença de Deus.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I- Interpretar as parábolas da ovelha e da dracma perdidas;
II- Concitar a classe a comprometer-se em buscar aqueles que se desgarraram;
III- Demonstrar biblicamente que há alegria no céu por um pecador que se arrepende e o mesmo devemos sentir quando pessoas retornam à presença de Cristo.
Saiba mais – veja:
 
• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Uma das imagens mais vividas da parábola da ovelha perdida é a que retrata o pastor, após encontrar a ovelha, retornando ao rebanho com ela sobre seus ombros. Se você tiver condições, encontre uma imagem que retrata essa cena (na internet há várias disponíveis) e apresente-a na classe. Comente que o peso do animal, depois de uma grande distância percorrida durante um longo tempo, sua "rebeldia" em distanciar-se do redil, não são nada diante da alegria do pastor em poder reencontrá-la. Da mesma forma, e certamente com mais intensidade, age Deus em relação àqueles que se afastam da sua presença. Com essas imagens em mente, convide a classe a interceder por pessoas que estão afastadas e a desafie a ir em busca de tais irmãos e irmãs, pois com a volta deles haverá festa no céu.

PONTO CENTRAL: O amor divino é a grande mensagem das parábolas da ovelha e da dracma.
INTRODUÇÃO
O que levou Jesus a apresentar a parábola da ovelha perdida (Lc 15.3- 7), a parábola da dracma perdida (Lc 15.8-10) e a parábola do filho pródigo (Lc 15.11-32), antes de dirigir-se novamente aos discípulos no próximo capítulo (16.1-13), foi a insensata murmuração dos fariseus e dos escribas, exposta nos dois primeiros versículos de Lucas 15, mostrando o quanto eles eram ignorantes do verdadeiro
propósito da missão e ministério de Cristo (Lc 5.32). Portanto, essas parábolas tratam do mesmo assunto: buscar quem se perdeu e a espera de Deus em receber o pecador de volta!

I - INTERPRETANDO AS PARÁBOLAS DA OVELHA E DA DRACMA PERDIDAS

1. A parábola da ovelha perdida.
Esta parábola, que também fora contada em outra ocasião (Mt 18.12), ilustra a busca pelo perdido. Uma ovelha perdida é um símbolo do descuidado e desatento pecador que anda sem rumo e afasta-se totalmente de Deus, inclinando-se para o pecado e prosseguindo nele sem atentar para o fim que tal vida leva (Pv 29.1; Rm 6.23). Nenhuma criatura se distrai mais facilmente que uma ovelha, nenhuma é mais incapaz de encontrar normalmente o seu caminho para casa. Nenhuma é mais indefesa à destruição por outros animais. A ovelha que não está com as noventa e nove está perdida (v.4), por isso, o pastor sai angustiado e pronto para dar a sua vida para resgatá-la. A parábola não constrange pelo valor da ovelha, mas pelo amor evidenciado na atitude do pastor. Ao encontrar a ovelha perdida, o pastor demonstra compaixão, pois não a repreende ou censura, não a arrasta, obriga ou ordena, mas a leva nos seus ombros!


2. A parábola da dracma perdida.
A parábola da dracma perdida (Lc 15.8-10) para ser mais bem compreendida precisa ser lida à luz das outras duas: a da ovelha perdida (Lc 15.3-7) e a do filho pródigo (Lc 15.11-32), uma vez que ela está entre essas duas e é relatada unicamente em Lucas. Deus é comparado com a mulher que se preocupa em procurar o que se perdeu. Muito embora a mulher tivesse ainda nove moedas, ela se empenha em procurar a que se perdera. O termo "dracma" designa uma moeda grega que era compatível ao denário romano, valor que era equivalente a um dia de salário de um trabalhador agrícola. Assim, quando se considera que aquela mulher tinha somente dez moedas, tratava-se de uma perda significativa. Por isso, ela acende a lâmpada, varre a casa, e a procura diligentemente, fazendo uma verdadeira faxina, não deixando um só canto sem ser revistado em busca da pequena moeda que se perdeu. Ouando a encontra reúne as amigas e pede que se alegrem com ela. Da mesma forma, disse Jesus, "há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende" (v.10). Quando alguém peca e se afasta de Deus, é como se quisesse se esconder do Senhor, por isso essa afirmação de Jesus. A respeito de se "esconder" de Deus, lembramos o que fizeram Adão e Eva quando desobedeceram ao Criador (Gn 3.8).

SÍNTESE DO TÓPICO I
O relato das duas parábolas evidencia o interesse, o amor e a compaixão de Deus por aqueles que se perderam.

SUBSÍDIO EXEGÉTICO
"Esta segunda parábola é paralela com a precedente. Aqui, é uma moeda de prata [drachme, cerca do salário de um dia para um trabalhador comum) que foi perdida, em vez de uma ovelha. Esta parábola focaliza uma mulher que mora numa casa do interior. Normalmente tais casas não têm janela; assim, tão logo perde a moeda, ela começa a procurá-la. Ela acende uma luminária e varre a casa, procurando cuidadosamente até encontrá-la. Ela fica grandemente aliviada, e, como o pastor (v.6), ela convida as amigas e vizinhas para um jantar de comemoração. A aplicação de Jesus desta parábola é semelhante à prévia [da ovelha perdida], embora desta vez ’há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende' em vez de 'alegria no céu' (v.7). Ambas as parábolas se referem à alegria de Deus quando um pecador volta a Ele" (ARRINGTON, F. L. !n ARRINGTON, French L.; STRONDAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico PentecostaL 1.ed. Rio de janeiro: CPAD, 2003, p.420).

II - PRECISAMOS BUSCAR QUEM SE DESGARROU

1. A vontade de Deus é que todos os homens sejam salvos.
Na condição de perdidas, todas as pessoas precisam de salvação (Rm 3.23) e o Senhor está disposto a salvá-las (Jo 3.16; 1 Tm 2.4; 2 Pe 3.9). Contudo, apenas serão salvas as que aceitarem ao Senhor Jesus e reconhecerem suas condições (Jo 3.16-20; Rm 1.16; 10.9,10; Ef 2.8,9; 1 Jo 1.9). O interesse de Deus em salvar está claro desde o Antigo Testamento quando o Senhor, através do profeta Ezequiel, disse que Ele mesmo procuraria as suas ovelhas (Ez 34.12).

2. Jesus é um Pastor que está sempre em ação.
Incansável em sua tarefa, Cristo, como Pastor, conduz suas ovelhas (Jo 10.4), e Ele assim o faz por conhecê-las (Jo 10.3-5). 0 Senhor não pastoreia apenas "praticamente", mas também guia e conduz suas ovelhas mediante o seu exemplo (Jo 13.15; 1 Pe 2.21; 1 Jo 2.6). 0 pastoreio de Jesus é feito com amor, pois Ele trata suas ovelhas com ternura e mansidão (Is 40.11; 1 Pe 5.2). Tal Pastor tem o reconhecimento de suas ovelhas (Jo 10.4; 1 Pe 2.25), pois dá a sua vida por elas (Jo 10.11).

3. Resgatando a ovelha desgarrada.
A ovelha que acaba se desgarrando o faz pelo fato de que ainda não está firme e precisa encontrar meios para estruturar sua fé evitando que se afaste das demais (v.4). Por isso, além da intercessão, há quatro passos mínimos para se resgatar uma ovelha desgarrada:

1°) Procure pela pessoa, demonstre interesse e evite julgamentos e questionamentos sobre os motivos de seu afastamento;

2°) Comprometa-se com a responsabilidade assumida. Resgatar é muito mais trabalhoso do que converter. Esteja disposto a apoiar a pessoa, colocando-se ao seu lado em todos os momentos possíveis;

3°) Envolva a pessoa em atividades e pequenas responsabilidades com outras pessoas ou grupos, para que ela sinta o desejo de ser útil e de se envolver com as atividades da igreja.

4°) Nutrir com a boa palavra significa não julgar, mas estender as mãos em sinal de boas-vindas; significa ajudar a entender e buscar a compreensão das doutrinas e princípios da igreja, para que, aos poucos, compreenda por si próprio o que a doutrina ensina e com esta compreensão encontre razões para adquirir firmeza.

SÍNTESE DO TÓPICO II

As parábolas deixam claro o interesse divino em todas as pessoas, por isso, devemos agir da mesma maneira que Ele, indo em busca dos que se desgarraram.
SUBSÍDIO EVANGELÍSTICO
Em seu livro A Prática do Evangelismo Pessoal, o pastor Antonio Gilberto fala acerca do fato de que há pessoas afastadas "por toda a parte. Há os que caíram de vez, por tentação direta e laço do Diabo, e há os que esfriaram aos poucos até perderem todo o primeiro amor. Há ainda os que se desviaram por verem escândalo no meio cristão, por sofrerem injustiça ou ficaram melindra- dos. Outros não resistiram às zombarias, aflições e perseguições por causa da fé. Há também os problemas domésticos que tanto desvio têm consumado" (GILBERTO, Antonio. A Prática do Evangelismo Pessoal. I4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.92).

III - HÁ ALEGRIA NO CÉU QUANDO UM PECADOR SE ARREPENDE

1. Deus não analisa os motivos pelos quais alguém se perde, mas o reencontro exige arrependimento.
Jesus não se preocupa em dizer o porquê de a ovelha ter se perdido. Ele não está preocupado se ela é uma ovelha "rebelde" que gostava de fugir. A primeira preocupação do pastor é encontrar a ovelha. Jesus age da mesma forma com quem se afastou do redil, da Igreja. Por isso, contou essa história, para mostrar que Ele está à procura da ovelha perdida (Lc 15.3,4,7). Na verdade, a mais simples resposta para ser encontrado por Jesus, e cuidado por Ele, se chama "arrependimento". Temos de entender que, sem arrependimento, será impossível salvar-nos e ficar firmes com Cristo (Lc 15.17,18).

2. Deus está disposto a perdoar.
Não há pecado que Deus não possa perdoar se nós verdadeiramente estivermos dispostos a pedir perdão (Is 1.18). Conforme pode ser visto na parábola do filho pródigo, não há pecador arrependido que Deus não acolha em seus braços, console o coração e lhe dê paz (Lc 15.20-24). Na primeira das parábolas estudadas, lemos que Jesus diz que o pastor colocou a ovelha em seus ombros e a carregou (v.5). Provavelmente isso seja necessário porque a ovelha caminhou demais, está cansada e talvez tenha se machucado no caminho que percorreu para longe do seu pastor.

3. A alegria da salvação.
Se por um lado o pecador encontra paz na salvação outorgada pelo Senhor, é também um fato de que ele torna-se uma pessoa feliz (Sl 51.12). Ao terminar de contar cada uma das duas parábolas que estudamos, Jesus disse que, da mesma forma, "há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende" (Lc 15.10). Portanto, para que a nossa alegria seja completa precisamos da alegria do Senhor, pois ela é a nossa força (3o 15.11; Ne 8.10).

SÍNTESE DO TÓPICO III
A alegria que a volta de alguém proporciona nas regiões celestiais, deve ser experimentada por todos aqueles que servem a Deus e que trabalham para que pessoas sejam resgatadas.

SUBSÍDIO DEVOCIONAL
"Foi a insensata murmuração dos fariseus, querendo calcar a graça de Deus aos pés, que levou Jesus a dar estas três incomparáveis parábolas. O Senhor dá o doce dos céus pelo amargo dos homens. Onde abunda o pecado, aí superabunda sua graça. Quem pode calcular o número de pessoas, através dos séculos, contentíssimos com a esperança desfrutada com este capítulo? Note-se, também, como o Senhor revela, em cada parábola, Seu ardente desejo pessoal de salvar o perdido" (BOYER, Orlando. Espada Cortante 2. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.131).

CONCLUSÃO
Deus está esperando a sua volta (Lc 15.20). Ele perdoará os seus pecados, não os lançará em seu rosto. Tirará de você as vestes imundas (Is 64.6), e lhe dará novas roupas que são os dons do Espírito Santo (At 2.39). Quer voltar aos braços do Pai celeste? Aceite Jesus e terá um lugar à mesa do banquete com Ele, no céu! Grande será a alegria ali com sua volta (Lc 15.7,32). Venha sem demora!

PARA REFLETIR
A respeito de "Amando e Resgatando a Pessoa Desgarrada", responda:
• O que a parábola da ovelha perdida ilustra?
Esta parábola, que também fora contada em outra ocasião (Mt 18.12), ilustra a busca pelo perdido.

• O que designa o termo "dracma"?
O termo "dracma" designa uma moeda grega que era compatível ao denário romano, valor que era equivalente a um dia de salário de um trabalhador agrícola.
• Na condição de perdidas, do que todas as pessoas precisam?
Na condição de perdidas, todas as pessoas precisam de salvação (Rm 3.23) e o Senhor está disposto a salvá-las (Jo 3.16; 1 Tm 2.4; 2 Pe 3.9).

• Cite um dos passos mínimos para se resgatar uma ovelha desgarrada.
O aluno pode citar qualquer um dos quatro passos.

• O que é preciso para que nossa alegria seja completa?
Para que a nossa alegria seja completa precisamos da alegria do Senhor, pois ela é a nossa força (Jo 15.11; Ne 8.10).
Divulgação:escolabiblicadominicalbr.blogspot.com.br

Lição 4 - Perseverando na Fé


Lições Bíblicas do 4° trimestre de 2018 - CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 28 de Outubro de 2018
TEXTO ÁUREO
"E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles?" (Lc 18.7)
VERDADE PRÁTICA
Quanto mais perseverarmos na fé, melhor entenderemos a vontade de Deus.

LEITURA DIÁRIA
Seg. Hb 11.1: O firme fundamento e a prova das coisas que se não veem
Ter. Ef 2.8,9: A salvação é pela graça, mediante a fé, para que ninguém se glorie
Qua. Mt 17.20: A fé não precisa ser grande, mas tem de ser íntegra e verdadeira
Qui. Hb 11.6: É preciso acreditar, pois sem fé é impossível agradar a Deus
Sex. Mt 9.2: Uma fé que, de tão evidente, pode até ser vista
Sab. 1Pe 1.9: O alvo supremo da fé não consiste em receber "bênçãos"

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Lucas 18.1-8
1- E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca desfalecer,
2- dizendo: Havia numa cidade um certo juiz, que nem a Deus temia, nem respeitava homem algum.
3- Havia também naquela mesma cidade uma certa viúva e ia ter com ele, dizendo: Faze-me justiça contra o meu adversário.
4- E, por algum tempo, não quis; mas, depois, disse consigo: Ainda que não temo a Deus, nem respeito os homens,
5- todavia, como esta viúva me molesta, hei de fazer-lhe justiça, para que enfim não volte e me importune muito.
6- E disse o Senhor: Ouvi o que diz o injusto juiz.
7- E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles?
8- Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Quando, porém, vier o Filho do Homem, porventura, achará fé na terra?
HINOS SUGERIDOS: 88,185,192 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Estimular a perseverança na fé.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I- Interpretar a parábola do juiz iníquo;
II- Destacara bondade de um Deus justo;
III- Ressaltar a postura da viúva a respeito da oração, da perseverança e da fé.

• INTERAGINDO COM O PROFESSOR


A aula de hoje é uma grande oportunidade para estimular os alunos a perseverarem na fé e na oração. Este é o grande desafio do ensino: Romper a barreira do discurso levando os educandos à prática. A parábola do juiz iníquo mostra exatamente isso. O interesse de Jesus era levar os seus discípulos a serem perseverantes e pessoas de oração. Em tempos de "determinismo profético", nada mais sensato e necessário que ensinar acerca da fé e da oração.

PONTO CENTRAL: A perseverança na fé e na oração é decisiva para o desenvolvimento espiritual.
INTRODUÇÃO
A perseverança na fé é uma das exortações bíblicas mais urgentes nos dias de hoje. Sobretudo, quando acompanhada da oração, pois esta também é de suma importância, visto ser a forma de comunicação vital dos discípulos com o Pai soberano nestes tempos perigosos até o estabelecimento final do Reino de Deus. Esta parábola, também conhecida como a "parábola da viúva persistente mostra que a oração intermitente em tempos de crise é o meio pelo qual os discípulos do Reino se valem da justiça do Pai a seu favor.

I - INTERPRETANDO A PARÁBOLA DO JUIZ INÍQUO

1. Uma parábola difícil.
Muitos estudiosos consideram essa parábola uma das mais difíceis. De fato, o modo como algumas Bíblias a intitulam, ou seja, quando na epígrafe editorial consta, por exemplo, "A parábola do juiz iníquo", têm levado muitos a fazerem interpretações equivocadas sobre a bondade, o amor e a justiça de Deus. Contudo, devemos levar em conta o propósito que levou Jesus a contar essa parábola. Trata-se de uma parábola que, a exemplo de outras que estudamos ao longo desse trimestre, funciona como um contraste. Conforme veremos, ela possui até certo fundamento em seu estilo de acentuar a perseverança, e se faz acompanhar de um chamado ao discernimento (v.6), três afirmações da defesa graciosa que Deus faz dos seus e é concluída com um questionamento sobre a existência, ou não, da fé, quando chegar o tempo em que Deus defenderá os seus (v.8b).

2. O juiz.
Não é preciso interpretar, ao pé da letra, cada detalhe de todas as parábolas. Entretanto, aqui vamos assim proceder com o fim exclusivo de mostrarmos o contexto que se passa na mente dos ouvintes. Tudo indica que na estrutura jurídica do judaísmo antigo existiam dois sistemas de tribunais: o judaico e o gentílico. Por isso, há estudiosos que entendem que o magistrado da parábola era um juiz gentio. A Mishná declara que três juízes deveriam definir a sentença nos casos que envolvessem propriedade. Flávio Josefo fala de tribunais com até sete juízes na Galileia. A parábola pressupõe um tribunal com um juiz somente, pois, neste caso, pode tratar-se de um simples recurso para a simplificação da narrativa. Na verdade, para entendermos melhor a parábola, não é tão importante o conhecimento do sistema jurídico daquele tempo, mas sim nos conscientizar da condição desesperadora de muitas viúvas da época que sofriam com juízes corruptos ou desumanos.

3. A viúva.
As viúvas eram reconhecidas pelas suas roupas típicas, as quais indicavam sua situação (Gn 38.14,19). Naquele tempo as jovens casavam-se no início da adolescência, por isso, apesar de haver muitas viúvas, elas não eram, necessariamente, mulheres de idade avançada. A maioria era deixada sem nenhuma forma de subsistência. Se permanecessem na família do falecido, acabavam numa condição inferior, quase servil. Se retornassem para a sua família de origem, o dinheiro do dote repassado nas negociações do seu casamento teria que ser devolvido. Dessa forma, as viúvas em geral ficavam em uma situação bastante miserável. Geralmente elas eram vendidas como escravas para a quitação das dívidas. Portanto, uma mulher pobre, por causa da morte de seu marido, ficava privada do amparo social e, em caso de controvérsias de ordem pública, se não tinha dinheiro, precisava confiar na honestidade dos magistrados. Esse é o contexto em que devemos ler essa parábola.

4. O caso e a perseverança.
A mulher tinha uma causa que deveria ser apresentada a um tribunal da cidade ou a um juiz que resolvesse exclusivamente a questão por via administrativa. Talvez se tratasse de pendências judiciárias ou mesmo dívidas deixadas pelo seu marido, de hipotecas sobre a herança patrimonial. Apesar de o caso poder enquadrar-se nos inúmeros existentes à época quando uma mulher tinha de defender seus direitos contra as maldades de um adversário poderoso que, sendo mais importante e influente, está seguro e tranquilo, ela toma uma decisão inédita, pois não escolhe advogados (talvez sua condição nem o permitisse), nem defensores públicos, mas contra o costume de seu ambiente, decide apresentar, pessoalmente, a instância ao juiz. Este, segundo o relato, é um juiz iníquo, isto é, não teme a Deus. Ela, porém, demonstra um coração decidido e uma disposição muito grande. Tanto que o texto usa a expressão "molesta" (v.5) para indicar a perseverança da viúva diante do juiz. Por isso, ao final, o juiz cede para não ser mais incomodado, isto é, "molestado" pela mulher que o importuna.
SÍNTESE DO TÓPICO I
Os detalhes da parábola não são o principal a ser entendido, mas sim sua mensagem central.
SUBSÍDIO EXEGÉTICO
"A Parábola do Juiz e da Viúva enfoca a oração persistente. Claro que Jesus não está ensinando que Deus é como um juiz injusto. A parábola é dita num estilo 'quanto mais'. Se um homem iníquo finalmente responde os clamores de uma viúva, quanto mais um Deus justo ouvirá as orações dos seus filhos. "A parábola fala sobre uma situação da vida real. O juiz não tem reverência a Deus ou respeito pelos direitos das pessoas. Uma viúva pobre envolvida num processo na mesma cidade pleiteia com o juiz insensível para decidir em favor dela contra um adversário (v.3). Por um longo tempo ele não faz nada, ignorando os clamores por justiça. Como outras viúvas naquela sociedade, ela é impotente e entre a mais vulnerável das pessoas. Ela é dependente dos outros para cuidar dela" (ARRINGTON, F. L. In ARRINGTON, French L.; STRONDAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.435).

II - A BONDADE DE UM DEUS JUSTO

1. Deus é bom.
Não é novidade o fato de a Bíblia estar repleta de textos que demonstram a bondade de Deus. A parábola, uma vez mais, reforça tal verdade quando o Senhor, retoricamente, questiona: "E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles?" (v.7). A bondade de Deus faz com que Ele ouça aos seus servos. E não poderia ser diferente, pois Jesus ensinou que se, nós, pois, sendo maus, sabemos dar boas coisas aos nossos filhos, "quanto mais vosso Pai que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?" (Mt 7.11). Antes disso o Mestre também ensinava sobre a oração, dizendo: "Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á" (Mt 7.7). Na parábola que estamos estudando, encontramos a viúva clamando, e este é o recurso utilizado por Jesus para, mais uma vez, ensinar sobre a oração e nos lembrar que Deus é bom.

2. Deus é justo.
Além da bondade do Pai, o crente sabe que Ele é justo. Uma vez mais é necessário recordar que a parábola não deve ser tomada ao nível dos detalhes, pois estes não são o mais importante. O juiz de nossa parábola é iníquo, injusto; Deus, a quem servimos, por outro lado, é justo. Nisto consiste o elemento de contraste dessa parábola. Este conhecimento já tinha Abraão ao chamar o Senhor de "Juiz de toda a Terra" (Gn 18.25). A justiça de Deus é tão elevada que, assim como a paz de Cristo, excede a todo nosso entendimento (Is 56.1).

3. Deus assume a nossa causa.
Na parábola, encontramos uma pobre viúva pedindo justiça, mas o que Jesus está ensinando é sobre o dever de orar sempre e nunca desfalecer, isto é, a perseverar. Assim, ao mesmo tempo em que ensina sobre a oração e a perseverança, o Mestre lembra um preceito da Lei, mostrando que Deus assume a nossa causa: "Pois o Senhor, vosso Deus, é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita recompensas; que faz justiça ao órfão e à viúva e ama o estrangeiro, dando-lhe pão e veste" (Dt 10.17,18).

SÍNTESE DO TÓPICO II
Além da perseverança na oração e na fé, a parábola destaca a bondade, a justiça e o fato de que Deus assume as causas dos menos favorecidos.
SUBSÍDIO PRÁTICO-TEOLÓGICO
"A aplicação é clara e simples. Uma viúva pode obter justiça de um juiz que não teme a Deus e não tem nenhuma consideração pelos seus semelhantes, simplesmente pela sua vinda contínua. Quanto mais deveria um cristão ter fé e crer que um Deus justo, bom e amoroso responderá as suas orações, embora Ele possa demorar- ou seja, embora as vezes pareça que a resposta demora! Depressa, lhes fará justiça, ou seja, subitamente, inesperadamente, mas não necessariamente quando eles pensam que a resposta deve vir" (CHiLDERS, Charles. Comentário Bíblico Beacon. Vol.6. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.467).

III - A PERSEVERANÇA DA VIÚVA É UMA IMAGEM PARA NÓS

1. Oração.
Até que nosso Senhor retorne, infelizmente, viveremos em constante luta contra o pecado (Hb 12.1). Por esse motivo, não devemos desistir de perseverar na oração e na súplica até que alcancemos o alvo (Fp 3.12-14). Ainda durante seu ministério Jesus exortava aos seus discípulos a que estivessem de "sobreaviso" e que também vigiassem e orassem (Mc 13.33; ARA). Uma das características distintivas do Evangelho de Lucas é a oração (3.21; 5.16; 6.12; 9.18,28,29; 10.21,22; 11.1; 22.41-46; 23.46). Ao ensinar a respeito do Espírito Santo, Lucas nos mostra que Deus cumpre o seu propósito. No entanto, exige a atitude certa por parte do povo de Deus que, de acordo com este Evangelho, é a oração. Vemos Jesus orando antes de cada grande crise da sua vida, ou seja, chegando a orar pelos seus agressores (Lc 23.34). Por ser um homem de oração, Jesus exortou seus discípulos a fazerem o mesmo (Lc 11.2; 22.40,46). É importante lembrar que Jesus advertiu contra o tipo errôneo de oração (Lc 20.47).

2. Perseverança.
Além de orar, é necessário compreender que a oração deve vir acompanhada de perseverança. A exortação à oração persistente está estreitamente ligada à expectativa da volta do Senhor. 0 texto de Lucas 17.22 nos alerta de maneira bastante clara a respeito do tipo de oração e do perigo de esmorecimento na prática de orar a qual se tem em mira aqui. Deus quer ser buscado de forma incessante e persistente pelos seus, pois a perseverança levará em conta o tempo de espera como um meio para aclarar e purificar a nossa vida no aprendizado das coisas de Deus.

3. Fé.
Somos, da mesma forma, exortados a perseverar na fé. A parábola conclui com uma pergunta: "Quando, porém, vier o Filho do Homem, porventura, achará fé na terra?" (v.8b). Jesus refere-se aqui à fé da súplica incessante, que não esmorece, ou seja, à fé perseverante. A própria interrogação traz uma conexão direta com a parábola, pois questiona se o Filho irá encontrar uma fé persistente como a da viúva. Esta fé é aquela que, em meio às dificuldades e às perseguições, transforma-se em fidelidade e coragem para testemunhar diante dos homens (Lc 9.26; 12.9). A fim de preservarmos este tipo de fé, precisamos cultivar uma vida de oração constante e persistente.

SÍNTESE DO TÓPICO III
A parábola ensina que a oração, a perseverança e a fé, evidenciadas na atitude da viúva, são marcas que devem ser encontradas em todo discípulo de Jesus.

SUBSÍDIO DEVOCIONAL
"Jesus ensina uma importante lição a respeito da oração, nas parábolas do amigo importuno e do juiz injusto. Ambas ilustram a frequentemente citada promessa de Jesus: 'Pedi e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque aquele que pede, recebe; e o que busca, encontra; e, ao que bate, se abre' (Mt 7.7,8; veja Lc 11.9,10).

"Os três imperativos em Mateus 7.7 (‘pedi’, ‘buscai' e 'batei') são verbos que originalmente estão no presente ativo. Por conseguinte, o sentido dessa passagem é: ‘Continuai pedindo, até receberdes; continuai buscando, até encontrardes; continuai batendo, até que vos seja aberta a porta'. Muito diferente da incredulidade, a importunação e a persistência demonstram a firme determinação de se alcançar um fim desejado, ao mesmo tempo que evidenciam a fé que prevalece contra todos os obstáculos" (BICKET, Zenas 3.; BRANDT, Robert L, Teologia Bíblica da Oração. 6a reimpressão. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.206).

CONCLUSÃO
A interpretação dessa parábola como um ensino sobre a oração persistente tem sido a melhor interpretação ao longo da história da igreja. A viúva que, com sua insistência, constrange o juiz à intervenção, é um modelo de perseverança na fé e na oração confiante. Esperar com firmeza e fidelidade a vinda do Filho do Homem, ou seja, a consumação da nossa salvação é o melhor incentivo para a oração corajosa. No “mundo tereis aflições", disse Jesus (Jo 16.33), mas somos convocados a permanentemente invocar a Deus por socorro, pois sempre fará justiça aos que clamam a Ele. Deus sempre estará junto daqueles que perseveram na fé e na oração.

PARA REFLETIR
A respeito de "Perseverando na Fé" responda:

• O que devemos levar em conta na interpretação dessa parábola?
Devemos levar em conta o propósito que levou Jesus a contar essa parábola.

• Segundo a lição, é necessário interpretar, ao pé da letra, cada detalhe das parábolas?
Não é preciso interpretar, ao pé da letra, cada detalhe de todas as parábolas.

• Qual foi a decisão inédita tomada pela viúva da parábola?
Ela toma uma decisão inédita, pois não escolhe advogados (talvez sua condição nem o permitisse), nem defensores públicos, mas contra o costume de seu ambiente, decide apresentar, pessoalmente, a instância ao juiz.

• Qual é o elemento de contraste dessa parábola?
O juiz de nossa parábola é iníquo, injusto; Deus, a quem servimos, por
outro lado, é justo. Nisto consiste o elemento de contraste dessa parábola.

• O último tópico da lição destaca três coisas que, segundo a parábola, não devem faltar na vida do cristão. Quais são elas?
Oração, perseverança e fé.

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Lição 3 - O Crescimento do Reino de Deus


Lições Bíblicas do 4° trimestre de 2018 - CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 21 de Outubro de 2018
TEXTO ÁUREO
"[...] Porque eis que o Reino de Deus está entre vós." (Lc 17.21)

VERDADE PRÁTICA
Reino de Deus cresce e continuará crescendo até a consumação dos séculos.
LEITURA DIÁRIA
Seg. Jo 3.3-6: Só pode ver o Reino de Deus quem experimenta o novo nascimento
Ter. Mc 4.26-29: O Reino de Deus é semelhante a uma plantação
Qua. Lc 13.18,19: O Reino de Deus comparado a uma semente de mostarda
Qui. Lc 13.20,21: O Reino de Deus comparado a um fermento
Sex. 1Co 6.9-11: A lista dos que não herdarão o Reino de Deus
Sab. Gl 5.19-21: Os que praticam as obras maléficas da carne não herdarão o Reino de Deus
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Marcos 4.30-32; Mateus 13.31-33; Lucas 13.18,19
Marcos 4.30-32:
30 E dizia: A que assemelharemos o reino de Deus? ou com que parábola o representaremos?
31 É como um grão de mostarda, que, quando se semeia na terra, é a menor de todas as sementes que há na terra;
32 Mas, tendo sido semeado, cresce; e faz-se a maior de todas as hortaliças, e cria grandes ramos, de tal maneira que as aves do céu podem aninhar-se debaixo da sua sombra.

Mateus 13.31-33:
31 Outra parábola lhes propôs, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao grão de mostarda que o homem, pegando nele, semeou no seu campo;
32 O qual é, realmente, a menor de todas as sementes; mas, crescendo, é a maior das plantas, e faz-se uma árvore, de sorte que vêm as aves do céu, e se aninham nos seus ramos.
33 Outra parábola lhes disse: O reino dos céus é semelhante ao fermento, que uma mulher toma e introduz em três medidas de farinha, até que tudo esteja levedado.

Lucas 13.18,19:
18 E dizia: A que é semelhante o reino de Deus, e a que o compararei?
19 É semelhante ao grão de mostarda que um homem, tomando-o, lançou na sua horta; e cresceu, e fez-se grande árvore, e em seus ramos se aninharam as aves do céu.

HINOS SUGERIDOS: 42, 242, 259 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL
Evidenciar que o propósito de muitas parábolas é revelar o Reino de Deus.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I- Interpretar as parábolas acerca do Reino de Deus;
II- Demonstrar a singeleza do início do crescimento do Reino de Deus; III - Narrar o perfil dos participantes do Reino de Deus.
Saiba mais – veja:

• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Esta lição, a partir de duas pequenas parábolas, trata do tema principal da mensagem de Jesus Cristo, o Reino de Deus (Mc 1.14,15). Na verdade, ambas as parábolas tratam do crescimento e da expansão do Reino de Deus, vistos a partir da singeleza e da aparente simplicidade de uma semente ou de uma pequena porção de fermento, cujos efeitos podem ser subestimados pela aparência de ambas. 


Não obstante tais elementos não aparentar grande coisa, ambos provocam um efeito totalmente desproporcional à sua aparência, pois a primeira depois de plantada e germinada, cresce e torna-se uma árvore que abriga muitas aves; o segundo, o fermento, basta uma pequena quantidade aplicada a uma porção de massa milhares de vezes maior, provoca nesta uma transformação incrível, tornando-a maior ainda. Essas duas figuras foram tomadas por Jesus para exemplificar o início despretensioso do Reino de Deus.

PONTO CENTRAL:

O Reino de Deus iniciou-se de forma simples, mas vem se expandindo a cada dia.
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INTRODUÇÃO
Podemos dizer que, de alguma forma, todas as parábolas de Jesus pressupõem o Reino de Deus. Na verdade, em praticamente cada parábola encontramos algum elemento dele. Algumas, contudo, tratam especificamente do desenvolvimento e do crescimento do Reino de Deus sobre a terra. Os textos abordados nesta lição trazem as parábolas que Jesus contou para ensinar a respeito do crescimento do Reino de Deus. Elas enfatizam a presença do Reino, mostrando que este está presente, ainda que não possamos distinguir exatamente onde ele está de forma concreta. Um dia tudo será consumado e todos os discípulos autênticos de Cristo farão parte do Reino de Deus naquele Grande Dia.

I - INTERPRETAÇÃO DAS PARÁBOLAS SOBRE O REINO DE DEUS
Essas parábolas enquadram-se bem na categoria de similitude. A similitude nada mais é que uma comparação expandida. Ela quer pintar um quadro que se repete e, para isso, usa predominantemente o tempo presente em função de uma analogia. Portanto, a parábola não apresenta um enredo totalmente desenvolvido. Aqui Jesus se volta para o mundo da botânica. O Mestre utiliza-se da figura de um grão de mostarda a fim de ilustrar o Reino de Deus.

1. A semente de mostarda.
A semente de mostarda simboliza de forma proverbial aquilo que é pequeno e insignificante. Essa semente é muito pequena; mas, quando plantada, cresce e se torna uma hortaliça muito grande. Essa mostarda é de origem egípcia (sinapis) e a encontramos mencionada nos Evangelhos Sinóticos por cinco vezes (Mt 13.31; 17.20; Mc 4.31; Lc 13.19; 17.6). Nosso Senhor utiliza aqui a "mostarda negra" conhecida como sinapis nigra. Uma semente pequena que produz um grande arbusto.

2. Os contrastes.
A parábola do grão de mostarda é uma história dos contrastes entre um começo aparentemente insignificante e uma coroação surpreendente; entre o oculto hoje e o revelado no futuro. O Reino de Deus é como tal semente. O tamanho atual do Reino de Deus possui um aspecto insignificante; mas isso não indica, de modo algum, o que ele, em sua consumação, abrangerá, ou seja, o Universo inteiro (Mc 13.24-27; Ap 5.9-13; 7.9; Dn 2.33,34).

3. As aparências enganam.
O Senhor nos ensina aqui a não nos deixarmos levar pelas aparências. Muitas vezes julgamos as coisas pelo aspecto exterior. O ensino de Cristo apresenta o poder misterioso da fé que dá início ao Reino de Deus. Jesus começou seu ministério com alguns discípulos. Ao longo da história a Igreja alcançou milhares de pessoas. Hoje a Igreja de Cristo compõe-se de bilhões de crentes espalhados pelo planeta (Mt 8.11).

SÍNTESE DO TÓPICO I
O princípio aparentemente insignificante do Reino de Deus não retrata o que ele será na consumação de todas as coisas.

                 SUBSÍDIO EXEGÉTICO    
“Jesus aqui continuou com o seu esforço para ajudar os discípulos a entender a verdadeira natureza do Reino de Deus (30). (E como eram lentos para aprender! Cf. At 1.6) Ele perguntou: A que assemelharemos o Reino de Deus?, graciosamente incluindo os ouvintes no projeto. De forma incidental, podemos notar a importância do pensamento ilustrado nos assuntos espirituais. Com que parábola o representaremos? As ideias abstratas precisam ser revestidas de histórias e imagens para que possam atingir o coração e a mente.

”O tema da parábola é que, embora o Reino possa ter tido o menor começo possível, algum dia crescerá e chegará a um tamanho fenomenal. Um grão de mostarda (31) foi usado proverbialmente para representar alguma coisa muito pequena (veja Mt 17.20). Apesar do seu tamanho, a semente de mostarda produz uma planta ou arbusto maior do que qualquer outra hortaliça do jardim, com cerca de três metros de altura, ou mais. Os galhos da planta têm tamanho suficiente para permitir que as aves do céu façam os seus ninhos e possam se abrigar debaixo da sua sombra. (Os pássaros gostam da semente de mostarda.)" (SANNER, A. Elwood. Comentário Bíblico Beacon. Vol.6. l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.250).

II - A EXPANSÃO DO REINO DE DEUS

1. O campo de semeadura.
Nos textos sinóticos que lemos - Mateus, Marcos e Lucas - existe um pequeno detalhe que chama a atenção. Mateus descreve o homem semeando na terra, Marcos, no campo, enquanto Lucas fala de horta. Esses detalhes, por se tratar de uma parábola, não devem nos prender. Muitas pessoas têm se perdido aos detalhes na interpretação de parábolas. O “campo", sem dúvida alguma, trata-se do mundo e o mesmo exemplifica as parábolas similares. O Evangelho vem sendo pregado ao redor do mundo desde o dia de Pentecostes, pois esta é uma ordem do Senhor (At 1.8).

2. Um lugar debaixo da sombra.
O arbusto de mostarda aqui retratado tem cerca de três metros de altura, ou pouco mais. Seus galhos possuem tamanho suficiente para permitir que pássaros construam seus ninhos e consigam abrigar-se debaixo da sua sombra. Essa imagem de uma grande árvore, onde pássaros habitam seus galhos e animais descansam à sua sombra, é uma reminiscência do ensino veterotestamentário a respeito do destino dos grandes impérios, bem como sobre a ascensão do Reino de Deus (Ez 17.22-24; Dn 4.10-14).

3. Não despreze os pequenos começos.
A certeza que Cristo dá ao ensinar essa parábola certamente provocou uma forte conscientização e um enorme encorajamento para a igreja nascente, na época dos evangelistas Mateus, Marcos e Lucas. Uma igreja que estava enfrentando diversas lutas neste mundo. A parábola escatológica lembra o que disse o soberano Senhor a respeito do cedro no qual os pássaros encontrarão abrigo "à sombra dos seus ramos" (Ez 17.23 cf. 31.6). Também nos desperta para a pergunta levantada pelo profeta Zacarias: "[...] quem despreza o dia das coisas pequenas?" (Zc 4.10).

SÍNTESE DO TÓPICO II
À medida que o Evangelho é pregado e mais pessoas o aceitam, o Reino de Deus avança e cresce mais e mais.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Jesus diz que a semente de mostarda *é realmente a menor de todas as sementes'. Trata-se de hipérbole, designada a enfatizar a natureza minúscula da semente. Entre os rabinos esta semente era usada proverbialmente por sua pequenez (M. Nidá 5.2). O que Jesus quer dizer é que se torna um arbusto de tamanho significativo e até proporciona abrigo para pássaros. Assim também o Reino dos Céus tem começo modesto não observado por muitos, mas eventualmente tem grande efeito. 0 avanço da igreja primitiva desde seu começo desanimador à transformação do império Romano fornece comentário apropriado para o significado da passagem. A referência à árvore indica um império em expansão (e.g., Ez 17.23; 31.1-9; Dn 4.10-12); os pássaros representam as nações do império (Dn 4.20-22 [...]).

"A Parábola do Fermento reforça o começo da semente de mostarda. 0 fermento tem imagem negativa ou má na Bíblia, como em Mateus 16.6,11: 'Adverti e acautelai-vos do fermento dos fariseus e saduceus'. Também é usado negativamente no Antigo Testamento (e.g., Êx 12.15; Lv 2.11), embora também tenha imagem positiva (e.g., Lv 7.13; 23.15-18). Aqui Jesus usa o fermento para mostrar como um item pequeno não observado pode penetrar o todo. Muitos não reconhecem que o Reino esteja em ação, porque está escondido e é considerado insignificante por muitos. Mas não devemos menosprezar o dia das coisas pequenas. 0 fruto segue a fidelidade (Gl 6.9). 0 trabalho do discípulo mais humilde pode ter efeitos de longo alcance" (SHELTON, James in AR- RINGTON, French L.; STRONDAD, Roger (Eds.), Comentário Bíblico Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.90).

III- QUEM PARTICIPA DO REINO DE DEUS?

Todos os autênticos discípulos de Cristo participam do Reino de Deus. Não basta apenas ser frequentador de Igreja. É preciso ser discípulo de Cristo (Mc 8.34-38). Ao questionarmos quem participa do Reino de Deus nos surge a ideia do discipulado. O tema do discipulado tem sido esquecido em muitos arraiais evangélicos na atualidade. Contudo, se prestarmos atenção à chamada Grande Comissão, temos o mandamento de "fazer discípulos" (Mt 28.19,20). O crescimento do Reino de Deus é, de fato, surpreendente. Mas Deus escolheu que isso aconteça através da prática do discipulado. Afinal, somente os discípulos de Cristo, na consumação dos séculos, entrarão no Reino de Deus.

1. Quem tomou uma decisão.
Para que possamos participar do Reino de Deus é preciso atender ao convite de Cristo (Mc 8.34). Ser discípulo de Cristo significa muito mais que atender a um convite de "vir à frente". O texto de Marcos diz que o convite é dirigido a quem "quiser". Isso significa que a soberania divina não violenta a liberdade humana. Depois de receber o chamado do Espírito, é preciso que haja uma decisão pessoal e essa decisão envolve renúncia.

2. Quem tem uma relação pessoal com Jesus.
Um discípulo de Cristo não é um "admirador", mas um seguidor. Jesus nos chama a segui-lo. Um verdadeiro discípulo segue as pegadas de Cristo (1 Pe 2.21). Aquele que participa do Reino de Deus é uma pessoa obediente (Jo 15.14). Nós devemos obedecer ao seu comando por Ele ser Senhor e também por gratidão à grandiosa salvação que Ele nos deu.

3. Quem tem uma caminhada dinâmica com Cristo.
O discípulo de Cristo tem uma caminhada dinâmica com Ele. Trata-se de um desafio diário. Todas as nossas escolhas, propósitos, nossos sonhos e realizações devem ser pautados na vontade do Senhor. O discípulo de Cristo é alguém que vive em um mundo cujos valores estão invertidos (Mc 8.35), por isso, entende que no âmbito do Reino de Deus "ganhar" é perder, e "perder" é ganhar. Somos chamados para assegurar os interesses do Reino e, para isso, muitas vezes, temos de deixar de lado os interesses egoístas e a aparente segurança terrena.

SÍNTESE DO TÓPICO III
Somente os discípulos de Cristo farão parte do Reino de Deus.

SUBSÍDIO DIDÁTICO- ECLESIOLÓGICO
Em seu Manual do Discipulador Cristão (CPAD), o pastor Cyro Mello elenca quatro requisitos para que alguém seja considerado um discípulo de Cristo: Decisão Voluntária; Determinação; Consciência e Disposição para o Trabalho. Cada um desses requisitos possui desdobramentos e são fundamentados em textos bíblicos. Procure este conteúdo nas páginas 23 a 51 do referido livro e enriqueça a abordagem deste terceiro tópico.

CONCLUSÃO
É interessante notar que nem todas as parábolas possuem uma aplicação direta e marcante. Em muitas delas, o crente precisa contentar-se em deixar que a parábola cumpra seu objetivo sem que haja uma hermenêutica forçada. A parábola do grão de mostarda nos apresenta a realidade de que o Reino de Deus teve um início insignificante e, desde então, cresce assustadoramente. Ao final dos tempos, ele atingirá todo o Universo. Que todos nós possamos fazer parte desse glorioso Reino, que não terá fim.

PARA REFLETIR
A respeito de "O Crescimento do Reino de Deus", responda:

• As parábolas do Reino encaixam-se em qual categoria?
Essas parábolas enquadram-se bem na categoria de similitude.

• Por que a parábola do grão de mostarda é considerada uma história dos contrastes?
Por ser uma história dos contrastes entre um começo aparentemente insignificante e uma coroação surpreendente; entre o oculto hoje e o revelado no futuro.

• Qual o detalhe que chama a atenção nessa parábola contada por todos os Sinóticos?
O fato de que Mateus descreve o homem semeando na terra, Marcos, no campo, enquanto Lucas fala de horta.

• O que é um discípulo de Cristo?
Um discípulo de Cristo não é um "admirador", mas um seguidor.

• Por viver em um mundo de valores invertidos, o que o discípulo de Cristo entende no âmbito do Reino de Deus?
O discípulo de Cristo é alguém que vive em um mundo cujos valores estão invertidos (Mc 8.35), por isso, entende que no âmbito do Reino de Deus "ganhar" é perder, e "perder" é ganhar.
Fonte: CPAD

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