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2 de setembro de 2015

Ateu, Pondé critica distorções e modas na teologia

Ateu, Pondé critica distorções e modas na teologia


Filósofo fala sobre seu novo livro “Os Dez Mandamentos (+Um)” em entrevista exclusiva ao Gospel Prime

Ateu, Pondé critica distorções e modas na teologiaEm entrevista exclusiva ao repórter Thiago Cortês, do Gospel Prime, o filósofo e teólogo Luiz Felipe Pondé – colunista da Folha de S. Paulo e comentarista no Jornal da Cultura – falou do seu novo livro “Os Dez Mandamentos (+Um)”, lançado pela Editora Três Estrelas.
Pondé também explicou uma polêmica declaração que consta no livro: “a teologia se tornou a louca da casa”. Para o filósofo, que não professa nenhuma crença religiosa, a teologia se perdeu ao tentar perseguir “modas intelectuais” e o politicamente correto.
“Já coube a mim, um ateu darwinista, defender a ortodoxia bíblica durante um debate com dois teólogos, um discípulo de Karl Marx e o outro seguidor de Michel Foucault”, disse o filósofo, que ironizou ainda algumas posições teológicas de líderes protestantes.
Pondé contestou, por exemplo, a interpretação que pastores ligados à Teologia da Prosperidade fazem dos conceitos de “eleição” e “eleito”. Hoje as igrejas neopentecostais vendem a ideia de que ser “eleito” significa “se dar bem na vida”.
“Na verdade, o eleito não é o cara que foi escolhido por Deus para ter uma vida maravilhosa, mas, sim, alguém que será testado e cuja vida será um meio pelo qual Deus vai mostrar sua soberania, deixando claro que Ele pode fazer o que bem entende com os Seus. Na Bíblia, os escolhidos são os caras que mais sofreram”, declarou Pondé.
Questionado sobre a Teologia da Missão Integral – versão protestante da Teologia da Libertação –, Pondé confessou que não a conhece, mas lamentou o aparelhamento ideológico da teologia, que é colocada à serviço de interesses partidários e políticos.

Fonte: Gospel Prime


28 de julho de 2015

O documento mais famoso dos protestantes

O documento mais famoso dos protestantes

As 95 teses de Martinho Lutero são freqüentemente consideradas uma declaração corajosa de independência para a igreja protestante.

O documento mais famoso dos protestantes
Quando escreveu quase 100 pontos de debate em latim, Lutero estava simplesmente convidando os seus companheiros acadêmicos para uma "Disputa sobre o poder e a eficácia das indulgências",o título oficial da tese. (O debate nunca aconteceu, mas as teses foram traduzidas para o alemão e distribuídas largamente, criando um tumulto.)
O que eram indulgências? No sacramento da penitência, os cristãos confessavam pecados e achavam absolvição para eles. O processo de penitência envolvia satisfação – pagar a pena secular por aqueles pecados. Sob certas circunstâncias, alguém que estava realmente contrito e tinha confessado seus pecados podia receber remissão parcial (ou, raramente, completa) da punição secularcomprando uma carta de indulgência.
Nas 95 teses, Lutero não atacou a idéia das indulgências, pois na tese 73 ele escreveu "... o Papa se levanta justamente contra aqueles que, por qualquer meio, planejam mal a venda de indulgências".
Mas Lutero protestou fortemente contra o abuso das indulgências – mais enfaticamente sob a habilidosa capacidade de venda de Johann Tetzel. E, no processo, Lutero derrubou, embora provavelmente não tenha percebido na ocasião, os pilares que apoiavam muitas práticas no cristianismo medieval.
Afirmações-chave
Aqui estão treze amostras das teses de Lutero:
1. Quando nosso Senhor e Mestre, Jesus Cristo, diz "arrependam-se" etc, Ele quer dizer que toda a vida do fiel deve ser um arrependimento.
2. Esta afirmação não pode ser entendida do sacramento da penitência, isto é, da confissão e da satisfação, que é administrada pelo sacerdote.
27. Eles pregam a insensatez humana que finge que, ao ressoar o dinheiro no cofre, uma alma foge do purgatório.
32. Aqueles que acham que por causa de suas cartas de indulgências têm certeza da salvação, estarão eternamente perdidos junto com seus professores.
36. Todo cristão que se arrepende de verdade tem perdão total tanto da punição e culpa lançada sobre ele, mesmo sem as cartas de indulgência.
37. Todo cristão verdadeiro, seja vivo ou morto, tem uma parte nos benefícios de Cristo e da igreja, pois Deus tem lhe dado isto, mesmo sem cartas de indulgência.
45. Os cristãos devem ser ensinados que quem ver uma pessoa necessitada, ao invés de ajudá-la, usa seu dinheiro para uma indulgência, não obtém uma indulgência do Papa, mas o desprazer de Deus.
51. Os cristãos devem ser ensinados que o Papa deve dar – e daria – os seus próprios recursos para os pobres, de quem certos pregadores de indulgências extraem dinheiro, mesmo se ele tivesse que vender a Catedral de S. Pedro para fazer isso.
81. Esta pregação desavergonhada de perdões, torna difícil para qualquer homem instruído defender a honra do Papa, contra a calúnia ou responder as perguntas indubitavelmente sagazes dos leigos.
82. Por exemplo: "Por que o Papa não esvazia o purgatório por amor... pois afinal, ele libera incontáveis almas por dinheiro sórdido contribuído para construir uma catedral?"
90. Suprimir estes argumentos inteligentes por parte dos leigos, pela força ao invés de respondê-los com razões adequadas seria expor a igreja e o Papa ao ridículo de seus inimigos e trazer infelicidade aos cristãos.
94. Nós devemos alertar os cristãos a seguir a Cristo, seu Cabeça, através de punição, morte e inferno.
95. E assim, deixe-os por confiança nele, entrar no céu através de muitas tribulações ao invés de alguma falsa segurança e paz.
Dentro de dois meses, Johann Tetzel revidou com suas próprias teses, incluindo: "os cristãos devem ser ensinados que o Papa, por autoridade e jurisdição, é superior a toda a Igreja Católica e seus conselhos, e que eles devem obedecer humildemente seus estatutos".