12 de janeiro de 2019

Lição 13 - A Humildade e o Amor Desinteressado


Lições Bíblicas do 4° trimestre de 2018 - CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 30 de Dezembro de 2018
TEXTO ÁUREO
"Porquanto, qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado." (Lc 14.11)
VERDADE PRÁTICA
Jesus apresenta, a partir de seu próprio exemplo, o caminho da humildade e do amor altruísta como indispensável aos que querem servi-lo.
LEITURA DIÁRIA
Seg. Fp 2.3: Considerar os outros superior a nós mesmo
Ter. Rm 12.3: Não ter conceito elevado de si mesmo
Qua. Pv 22.4: O prêmio da humildade são riqueza, honra e vida
Qui. Ef 4.1,2: Andar em humildade é uma posição digna da nossa vocação
Sex. 1Pe 5.6: Humilhar-se debaixo da potente mão de Deus
Sab. Pv 18.12: A humildade vem sempre antes da hora
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Lucas 14.7-14
7- E disse aos convidados uma parábola, reparando como escolhiam os primeiros assentos, dizendo-lhes:
8- Quando por alguém fores convidado às bodas, não te assentes no primeiro lugar, para que não aconteça que esteja convidado outro mais digno do que tu,
9- e, vindo o que te convidou a ti e a ele, te diga: Dá o lugar a este; e então, com vergonha, tenhas de tomar o derradeiro lugar.
10- Mas, quando fores convidado, vai e assenta-te no derradeiro lugar, para que, quando vier o que te convidou, te diga: Amigo, assenta-te mais para cima. Então, terás honra diante dos que estiverem contigo à mesa.
11- Porquanto, qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado.
12- E dizia também ao que o tinha convidado: Quando deres um jantar ou uma ceia, não chames os teus amigos, nem os teus irmãos, nem os teus parentes, nem vizinhos ricos, para que não suceda que também eles te tornem a convidar, e te seja isso recompensado.
13- Mas, quando fizeres convite, chama os pobres, aleijados, mancos e cegos
14- e serás bem-aventurado; porque eles não têm com que to recompensar; mas recompensado serás na ressurreição dos justos.


HINOS SUGERIDOS: 35, 541, 355 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Expressar o valor da humildade e do amor desinteressado.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I- Interpretar a parábola dos primeiros lugares e dos convidados;
II- Sublinhar as grandes lições da parábola e a inversão da lógica humana;
III- Distinguir a recompensa da humildade e do altruísmo.

• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Findamos mais um trimestre e com ele encerramos o ano de 2018. Além do que ainda temos a aprender com esta última lição, recebemos, ao longo deste trimestre, valiosos esclarecimentos para a nossa caminhada cristã. A revista não poderia terminar melhor, pois estamos diante de mais uma lição essencialmente prática. Para além das importantes questões concernentes à vida espiritual, a presente lição é uma aula de etiqueta e de como comportar- se em sociedade e em ambientes específicos onde o exercício do bom senso e da discrição só faz bem. Aproveitemos uma vez mais essa oportunidade de aprendizado para melhorarmos nosso comportamento e forma de relacionar-se. Uma excelente aula e término de trimestre.
PONTO CENTRAL: Humilhar-se e praticar o amor sem esperar nada em troca são posturas cristãs.
INTRODUÇÃO
Jesus contou a parábola dos primeiros assentos, ou lugares de honra, e dos convidados, ao participar de uma refeição na casa de um fariseu. Ele instruiu a todos acerca da humildade e do perfil das pessoas que devem ser convidadas para ocasiões especiais. O verdadeiro objetivo do fariseu, e de seus companheiros, era encontrar algo em Cristo que pudesse condená-lo. Na ocasião, Jesus observou o perfil dos convidados e notou que eles buscavam escolher os primeiros lugares. Foi a partir dessa observação, e também do perfil dos convidados, que o Mestre contou essa curta, mas instrutiva, parábola.

I- INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA DOS PRIMEIROS LUGARES E DOS CONVIDADOS

1. O dia, a ocasião e o local.
O dia, a ocasião e o local onde essa parábola foi contada são três pontos importantes para se entender sua importância. No início do capítulo somos informados que, num sábado, Jesus fora comer na casa de um dos chefes dos fariseus e deparou-se com um homem hidrópico, (Lc 14.1,2). Após provocar os fariseus que ali estavam, Jesus curou o enfermo e ele se foi (Lc 14.3,4). O Mestre então revelou que os religiosos que se encontravam ali faziam determinados trabalhos que eles julgavam importantes em dia de sábado (Lc 14.5), e que curar o homem, sem importância para eles, certamente era lícito, por isso, "nada lhe podiam replicar sobre isso" (Lc 14.6). Uma vez que se tratava de uma refeição, era comum, em ocasiões como essa, haver uma distribuição especial de lugares para os convidados que, normalmente, se assentavam ao redor de uma mesa quadrangular, cuja posição central era ocupada pelo anfitrião, e, bem próximo a ele, isto é, à esquerda e à direita, posicionavam-se os convidados mais distintos. Era costume um convidado ser honrado pelo dono da festa. Desejar esta homenagem não era algo errôneo, porém, na ansiedade de buscar tal honraria, muitos se excediam, demonstrando ausência de humildade e desejo por reconhecimento humano.

2. A parábola.
É com este contexto em mente que devemos estudar a parábola dos primeiros assentos e dos convidados. Havia dois objetivos por parte do Senhor. Primeiro, Ele procurava ensinar aos convidados e, ao mesmo tempo, os seus discípulos e a todos os que o aceitam, acerca de não se buscar lugares de honra, pois no Reino de Deus servir é mais importante do que ocupar uma posição. Segundo, ao curar o hidrópico, Jesus instruía ao anfitrião, e a todos nós, que não devemos ser seletivos quanto aos convidados para uma ocasião especial, pois assim < orno Deus aceita a todos, devemos ser prestativos e servir a todos, pois se atendermos pessoas abastadas, elas vão querer nos retribuir, e isso será a nossa recompensa (v.12).

3. Os grandes ensinamentos da parábola.
Os ensinamentos de Jesus para os convidados não são uma série de bons conselhos sobre etiqueta social, mas lições com significado prático-espiritual. Por isso, esta última lição visa conscientizar-nos de nossa postura enquanto discípulos de Cristo, destacando a importância de, na prática, demonstrarmos o quanto vivemos sob uma forma diferente da do mundo (Rm I 2.2; Mt 20.17-28).
SÍNTESE DO TÓPICO I
A interpretação da parábola dos primeiros lugares e dos convidados ensina-nos grandes verdades prático-espirituais.


SUBSÍDIO EXEGÉTICO
"A parábola é, na verdade, uma repreensão de muitos à mesa de jantar. Na maioria das culturas, há lugares de muita e de poucas honras numa refeição (Bratcher, 1982, p.244). Pessoas de posição social mais alta têm lugares mais próximos do anfitrião. Para ensiná-los a ordem das coisas de Deus, Jesus começa exortando-os a que, se são convidados a um casamento, tomem os lugares mais baixos. Urna pessoa de mais destaque que eles pode ter sido convidada. Se um convidado chegar antes dessa pessoa e tomar o assento mais próximo do anfitrião, ele corre o risco de ser humilhado. O anfitrião pedirá àquele que está num lugar de honra a sair. O convidado presunçoso talvez descubra que a maioria dos lugares está ocupado, o que o forçará a ocupar um lugar menos desejável. Sua autopromoção o levou à vergonha e humilhação.

"Jesus não recomenda a prática da falsa humildade, mas o convidado que, de começo, toma o lugar mais humilde não se arrisca a passar vexame. De fato, quando o anfitrião o vir sentado em lugar humilde, ele o convidará a se sentar mais para cima. Isto lhe dá honra aos olhos de todos os convidados no casamento.

"Jesus se dirigiu aos convidados. Agora Ele se volta para o anfitrião. 0 que Ele lhe diz também se aplica aos líderes religiosos, Os fariseus excluíam os pobres, os aleijados, os mancos e os cegos da plena participação da vida religiosa. Para contornar esta prática, Jesus indica que a hospitalidade deve ser estendida a todos e adverte contra incluir somente os amigos, os parentes, os ricos e os famosos.

"A tentação é entreter só o nosso grupo. Quando um anfitrião convida outros para jantar em sua casa, ele deve incluir aqueles que não lhe podem devolver o favor. Se ele sente que os convidados vão retribuir-lhe o convite, o que ele deu? Nada! É apenas comércio, sem ter generosidade. Sua hospitalidade é motivada por desejo de recompensa. Mas a verdadeira hospitalidade e generosidade ocorrem quando não há possibilidade de retribuição. Aqueles que querem agradar a Deus devem alcançar os pobres e os que sofrem de incapacidade física ou mental Jesus não proíbe que convidemos os que podem nos retribuir o convite, mas proíbe que esqueçamos os que não estão em posição de retribuir. Â generosidade e a bondade não devem ser usadas para ganhar poder sobre os outros e a colocá-los em dívida para conosco. A verdadeira hospitalidade, instigada por amor genuíno, não tem restrições" (ARRINGTON, F. L. in ARRINGTON, French L.; STRONDAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal 1.ed. Rio de Janeiro; CPAD, 2003, pp.415,416).

II-AS GRANDES LIÇÕES DA PARÁBOLA E A INVERSÃO DA LÓGICA HUMANA

1. A primeira grande lição da parábola.
Esta parábola ensina, acima de tudo, a humildade como marca de um verdadeiro seguidor de Cristo (Lc 9.23,24). Jesus instrui que é prudente a qualquer convidado ocupar sempre o lugar de menor destaque à mesa, e que esse comportamento deve ser sincero, pois cabe ao anfitrião a prerrogativa de julgar quem deve ser reconhecido (vv.8,9). A lição está na ideia de que ocupar de forma espontânea uma posição humanamente inferior ensejava a oportunidade de se experimentar algo realmente honroso, ou seja, ao portar-se de maneira humilde o convidado poderia ser honrado com naturalidade, uma vez que, se fosse chamado a ocupar um lugar à frente, se destacaria em relação à posição em que se encontrava (v.10). Ao contrário, se caso se colocasse num local de destaque, sem ter sido convidado para isso, experimentaria o caminho da vergonha, sendo removido para dar lugar a alguém que o anfitrião julgasse merecedor e digno daquela honra (vv.8,9).

2. A segunda grande lição da parábola.
Além da sensatez que faz a opção pela humildade, Cristo ensina nesta parábola que se formos dar um jantar devemos convidar e acolher os menos favorecidos (v.13). A ênfase da segunda grande lição ensinada por Cristo mostra que as ações devem ser praticadas sem esperar reciprocidade alguma (v.12). Tais práticas devem nortear os pensamentos dos verdadeiros seguidores do Mestre, pois Ele mesmo assim vivia e praticava boas ações com espírito humilde e amor desinteressado (Mt 20.28; Jo 10.17,18; 15.13). Este ensinamento de Cristo, naturalmente, não se refere apenas ao ato de convidar alguém para jantar, mas diz respeito a todas as atividades que são realizadas em favor de algum próximo que não tem como nos retribuir (Mt 25.34-40).

3. A lógica do Reino é diferente da humana.
As duas grandes lições da parábola dos primeiros assentos e dos convidados desafiam a lógica humana, pois nesta prevalecem os adágios e as estratégias oportunistas, mas na lógica do Reino tudo é diferente (Mt 20.25- 28 cf. v.11). De igual forma, devemos ajudar os que não têm condições, pois estes geralmente são esquecidos, pois não tendo nada a oferecer, acabam abandonados. O Senhor, porém, ensina que quando formos realizar algo assim, devemos convidar "os pobres, aleijados, mancos e cegos" (v.13), pois estes não têm como nos "recompensar" (v.14). Isso, porém, não significa que ficaremos sem recompensa.

SÍNTESE DO TÓPICO II
Humildade e amor desinteressado são as grandes lições ensinadas nesta parábola que também desafia a lógica humana.

SUBSÍDIO HISTÓRICO-CULTURAL
"Na época de Jesus, o costume judaico em um jantar era dispor os assentos em forma de U com uma mesa baixa diante deles. Os convidados se apoiariam no cotovelo esquerdo, e estariam sentados de acordo com a sua posição social, sendo o lugar de honra o assento no centro do U. Quanto mais distante do lugar de honra, menor o status. Se alguém se colocasse no primeiro lugar e então chegasse outro convidado mais digno, lhe pediriam que passasse para um lugar inferior. Mas a esta altura o único lugar vago seria o derradeiro, no final da mesa" (Comentário do Novo Testamento. Vol 1. 1.ed. Rio de Janeiro: (PAD, 2009, pp.417-18).

III-A RECOMPENSA DA HUMILDADE E DO ALTRUÍSMO

1. Humildade e altruísmo.
Nesta parábola Cristo nos ensina o cultivo da humildade e do desprendimento-também conhecido como amor desinteressado ou  altruísmo -, como características indispensáveis ao verdadeiro cristão. Mais do que uma lição de educação humana, Cristo fala sobre o privilégio que possuímos de «-t vir e não de sermos servidos (Mc 10.45), exultando o serviço ao próximo não por vangloria, mas por dedicação pessoal e altruísmo (Pv 18.12; Rm 12.9,10; Fp 2.3-11).

2. Amor, a palavra-chave do altruísmo.
Atualmente a palavra amor está desgastada, pois muitos "amam" apenas de lábios, mas não de verdade (1 Jo 3.18). O texto bíblico, porém, é bastante enfático: "O amor não seja fingido" (Rm 12.9a). O amor é a palavra-chave do altruísmo, pois este só pode ser praticado em amor e, por sua vez, o amor só pode ser revelado na prática (Tg 2.15-17; 1Jo 3.17).

3. A recompensa.
Retribuir uns aos outros não é altruísmo, mas ajudar aos que estão necessitados certamente o é, pois isso trará grande recompensa (vv,12b,14; Mt 10.40-42). Ninguém que ajude e estenda a mão aos necessitados ficará sem retribuição da parte do Senhor (Mt 25.34-40).

SÍNTESE DO TÓPICO III
A humildade e o altruísmo não devem ser praticados por causa de reconhecimento, mas sua prática com motivações corretas trará recompensa da parte de Deus.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Partir o pão com os necessitados e os inválidos nunca passará sem ser percebido pelo Pai divino. Embora eles não possam nos oferecer recompensa, Deus pode e recompensa. O que os pobres e os que sofrem de incapacidade física ou mental não podem fazer por nós, Ele fará 'na ressurreição dos justos'. Quer dizer, no dia em que os justos ressuscitarem, Deus dará uma recompensa esplêndida àqueles que foram generosos com os necessitados e os fracos. Tais indivíduos mostram por seu serviço amoroso que aprenderam a viver a vida do Reino na terra, e eles serão recompensados com justiça no tempo do fim" (ARRINGTON, F. L. In ARRINGTON, French L.; STRONDAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.416).
CONCLUSÃO
Jesus aconselhou as pessoas a não se apressarem a ocupar os melhores lugares em um banquete. Entretanto, hoje muitos estão ansiosos por elevar a sua posição social. A quem você procura impressionar? Em vez de buscar prestígio, procure um lugar onde você possa servir. Se Deus quiser que você o sirva em uma escala maior, Ele mesmo o convidará a ocupar uma posição elevada.

PARA REFLETIR
A respeito de "A Humildade e o Amor Desinteressado" responda:

• Cite os três pontos importantes para se entender essa parábola.
O dia, a ocasião e o local onde essa parábola foi contada são três pontos importantes para se entender sua importância.

• Quais eram os dois objetivos do Senhor ao contar essa parábola?
Primeiro, Ele procurava ensinar aos convidados e, ao mesmo tempo, os seus discípulos e a todos os que o aceitam, acerca de não se buscar lugares de honra, pois no Reino de Deus servir é mais importante do que ocupar uma posição. Segundo, ao curar o hidrópico, Jesus instruía ao anfitrião, e a todos nós, que não devemos ser seletivos quanto aos convidados para uma ocasião especial, pois assim como Deus aceita a todos, devemos ser prestativos e servir a todos, pois se atendermos pessoas abastadas, elas vão querer nos retribuir, e isso será a nossa recompensa.

• Segundo a parábola, a quem devemos convidar quando formos realizar algum evento?
Cristo ensina nesta parábola que se formos dar um jantar devemos convidar e acolher os menos favorecidos.

• Quais são as características indispensáveis ao verdadeiro cristão e que são ensinadas nesta parábola?
Nesta parábola Cristo nos ensina o cultivo da humildade e do desprendimento também conhecido como amor desinteressado ou altruísmo, como características indispensáveis ao verdadeiro cristão.

• Diante do que aprendemos hoje, você acredita que tem sido humilde e altruísta?
Resposta pessoal.

Lição 12 – Esperando, mas Trabalhando no Reino de Deus


Lição 11 - Despertemos para a Vinda do Grande Rei


Lições Bíblicas do 4° trimestre de 2018 - CPAD | Classe: Adultos | Data da Aula: 16 de Dezembro de 2018
TEXTO ÁUREO
"Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor.” (Mt 24.42)
VERDADE PRÁTICA
Jesus pode voltar a qualquer momento, por isso temos de estar preparados.
LEITURA DIÁRIA
Seg. At 1.10,11: Não há razão para a desesperança, pois Jesus Cristo voltará
Ter. Tt 2.11-14: A graça de Deus trouxe salvação e esperança da Vinda de Cristo
Qua. 1Ts 5.23: Espírito, alma e corpo conservados irrepreensíveis na Vinda de Jesus
Qui. 2Ts 2.1-6: Não se alarmar com falsos adventos de Cristo
Sex. 2Pe 1.16: O apóstolo fala da vinda de Jesus de forma experiencial, não fantasiosa
Sab. Mc 13.32-37: Ninguém sabe o dia e nem a hora
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 25.1-13
1- Então, o Reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo.
2- E cinco delas eram prudentes, e cinco, loucas.
3- As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo.
4- Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas.
5- E, tardando o esposo, tosquenejaram todas e adormeceram.
6- Mas, à meia-noite, ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo! Saí-lhe ao encontro!
7- Então, todas aquelas virgens se levantaram e prepararam as suas lâmpadas.
8-  E as loucas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam.
9- Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que nos falte a nós e a vós; ide, antes, aos que o vendem e comprai-o para vós.
10- E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta.
11- E, depois, chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, senhor, abre-nos a porta!
12- E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço.
13- Vigiai, pois, porque não sabeis o Dia nem a hora em que o Filho do Homem há de vir.
LURA BÍBLICA EM CLASS

HINOS SUGERIDOS: 312, 401, 442 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Ressaltar a necessidade de se estar preparado para a vinda do Grande Rei, pois ela pode acontecer a qualquer momento.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I- Interpretar a parábola das dez virgens;
II- Repetir a verdade de que a Vinda do Senhor é uma realidade iminente;
II- Dramatizar o perfil das cinco virgens prudentes.

• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Apesar de muito conhecida, a parábola das dez virgens é uma das mais difíceis de ser interpretada. Contudo, sua mensagem principal é muito evidente: É urgente estar preparado para encontrar-se com o nosso Noivo! Independentemente do entendimento que se pode ter, escatologicamente falando, acerca das personagens dessa narrativa bem como a dificuldade de encaixá-las nesta ou naquela escola de interpretação escatológica, o aspecto do despertamento é o assunto central a ser passado. Houve uma época que essa mensagem era muito pregada e os crentes tinham temor e ansiavam pela vinda de Jesus. De um tempo a esta parte pouco se ouve acerca desse tema, portanto, aproveite a aula de hoje para destacar essa bendita esperança.

PONTO CENTRAL: Precisamos estar preparado para encontrar-se com o Noivo.

INTRODUÇÃO
A parábola das dez virgens ensina (|ue somos responsáveis, individualmente', pela nossa condição espiritual. Nessa parábola, Jesus declara solenemente a impossibilidade de sabermos o momento da sua volta, por isso, temos de estar preparados para tal acontecimento. Devemos ('star prontos para o momento em que Jesus voltar a fim de levar seu povo para o céu. A vinda do Senhor será uma ocasião de grande regozijo para os crentes fiéis, sendo comparada a um banquete de casamento. Desde já a coroa da justiça está guardada para "todos os que amarem a sua vinda" (2 Tm 4.8). Infelizmente, para muitos será tempo de desengano, julgamento e desespero.

I - INTERPRETANDO A PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS
1. O Reino dos céus será semelhante a dez virgens.
Essa é uma das parábolas que, ao longo do tempo, já recebeu muitas interpretações por ser um texto importante, porém nada fácil de entender (Mt 25.1-13). Das diversas vezes que encontramos em Mateus a expressão "Reino dos céus" (3.2; 4.17; 5.3; 10.7; 11.12; 13.24,31,33,44 etc.), essa é uma delas em que o sentido não se refere apenas ao Reino trazido por Cristo com a mensagem do Evangelho, mas sim como sinônimo de vida eterna e de Reino plenamente instaurado (5.20; 7.21; 8.11; 11.11; 13.47-50 etc.). A palavra "virgens" significava que eram sábias, irrepreensíveis, simbolizando os crentes cuja vida exterior era sem qualquer mancha, pois os que seguem a Cristo são chamados de "virgens" (Ap 14.4; 2 Co 11.2).

2. Duas classes de virgens.
A parábola fala que havia duas classes de virgens, ou seja, "prudentes" e "loucas" (v.2). Como já foi dito, as cinco virgens prudentes simbolizam os crentes fiéis, sinceros, constantes e santos. Essas mulheres sinceras carregavam um "estoque" de boas obras, quebrantamento, misericórdia, e isso alimentava a chama espiritual do amor que queimava em seus corações. Elas não andavam na escuridão do pecado, mas brilhavam por onde passavam. Tal postura combina com o que Jesus ensinou sobre os salvos serem a "luz do mundo" (Mt 5.14). Já as outras cinco virgens, apesar de também serem religiosas, foram classificadas como "loucas", pois diferentemente das primeiras que se aprovisionaram (v.4), confiavam que apenas a sua religiosidade fosse suficiente para levá-las até o lugar onde o noivo estava (v.3). Sentindo-se seguras e autossuficientes em sua "santidade", acharam que a sua pureza bastava, mas, isso impediu que elas carregassem o óleo da unção, compaixão, amor etc. As cinco loucas representam os crentes mornos e nominais, sem a vestidura espiritual da justiça de Cristo (Mt 7.21- 23). As virgens loucas apenas seguiam uma prática religiosa, no entanto, isso não foi suficiente para manter acesa a chama do Espírito de Deus em seus corações, pois assim como as outras, elas cansaram e adormeceram (v.5), porém, acabaram permanecendo na escuridão da religiosidade vazia (v.11).

3. O que representa o azeite.
O azeite, através da Bíblia, é símbolo do Espírito Santo, posto que sua missão é ungir, iluminar, purificar, separar etc. (vv.3,4). Nesta parábola, especificamente, representa a presença permanente do Espírito Santo, aliada à fé verdadeira e à santidade necessárias à salvação (Ef 4.30). Portanto, ter azeite, neste caso, vai além do falar em línguas estranhas ou das manifestações de poder, pois indica a necessidade de se evidenciar o fruto do Espírito, sinal de que Ele está conosco (Mt 7.16-20; 12.33; Gl 5.22).

4. A chegada do Noivo.
Os cristãos primitivos viviam na expectativa do retorno de Cristo ainda em sua geração (1 Ts 5.1-11), e todos os crentes devem assim viver, pois não sabemos em que hora tal acontecimento se dará (Mc 13.32-37). Nesta parábola, Jesus fala a respeito desta "imprevisibilidade" em relação a sua volta (v.6). O Noivo (Jesus) chegará à meia-noite, ou seja, no momento em que a terra estará completamente imersa pelas trevas. Ao afirmar isso, Jesus declara que Ele voltará no momento em que a humanidade estiver envolvida, com maior intensidade, nas trevas do pecado (Mt 4.16; 6.23; Jo 3.19). Será nessa hora que a chama do amor de muitos se apagará, contudo, nesse momento a luz dos fiéis tornar-se-á ainda mais necessária e percebida (Mt 4.12; Jo 1.5).

SÍNTESE DO TÓPICO I
Mesmo não sendo fácil interpretá-la em seus detalhes, a mensagem da parábola das dez virgens é claríssima.
SUBSÍDIO EXEGÉTICO
"Mateus dá prosseguimento à última seção pedagógica de Jesus, iniciada no capítulo 24, com outra parábola (só encontrada em Mateus) sobre o tópico da perseverança como condição prévia para a salvação última. Esta parábola está de acordo com o reincidente tema do autor sobre o julgamento e o tempo do fim. Uma de suas expressões favoritas, 'Reino dos Céus', também é usada aqui.

"A Parábola das Dez Virgens é um comentário adicional sobre a Parábola dos Dois Servos (Mt 24.45-51). Note como Mateus liga as duas parábolas com o conectivo 'então' (tote] usado frequentemente por ele. Na parábola anterior os servos são recompensados ou condenados de acordo com o comportamento íntegro ou abusivo de cada um. Nesta parábola as virgens prudentes e loucas (ou sábias e tolas) são avisadas a perseverar enquanto esperam o noivo. Visto que Jesus tinha parado de condenar os líderes judeus (Mt 23.39), sua intenção tem de ser que as virgens prudentes e loucas sejam seus seguidores. Quando Mateus registra esta parábola décadas depois de Jesus tê-la ensinado, as virgens loucas são os cristãos que pensam que a Vinda de Jesus está tão iminente que eles não estão preparados para ficar esperando.

"Não nos é dito exatamente o que o azeite (ou óleo) representa aqui. São as boas obras referidas na parábola anterior? É evidente que Jesus não criou urna alegoria extensiva com muitos significados ocultos; entretanto o contexto requer que Jesus seja o noivo, tema popular na igreja primitiva (e.g., Mt 9.15; )o 3.29; 2 Co 11.2; Ef 5.21-33; Ap 21.2,9; 22.17). Não é sem importância o fato de Jesus usar uma imagem que os profetas do Antigo Testamento identificam com o próprio Deus, sendo Israel identificado com a noiva (Is 54.5; Jr 31.32; Os 2.16). Aqui as virgens na festa de casamento .ao os membros da igreja, ao passo que a festa de casamento simboliza o tempo do fim (veja também Mt 22.1-34). Tentar ver mais simbolismo nesta parábola é ler demais o texto ([...]).

''Tradicionalmente o noivo vai primeiro para a casa do pai da noiva, para finalizar o contrato e levá-la a sua casa, para a festa de casamento. As 'damas de honra' são uma descrição inexata das dez virgens, já que elas não estão na companhia da noiva, mas esperando o retorno do noivo à sua casa. As 'lâmpadas' poderiam ser tochas empapadas de óleo usadas para a procissão do casamento; por conseguinte as mulheres prudentes levam jarros de óleo para enchê-las quando necessário. Se as virgens prudentes compartilhassem o óleo, nenhuma delas teria luz para saudar o Senhor. A porta está fechada, e a exclusão da festa é final. Dada a presença da danação eterna nas parábolas paralelas constantes antes e depois desta, é claro que não está em vista uma comutação da pena. Note o paralelo com a Parábola das Bodas em Mateus 22.1-14, onde a pessoa sem roupas adequadas é expulsa da festa de casamento" (SHELTON, James 8. In ARRINGTON, French L; STRONDAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal.
1.ed. Rio de Janeiro; CPAD, 2003, p.135).

II — O ARREBATAMENTO DA IGREJA É IMINENTE

1. A importância da vinda de Jesus.
A importância da doutrina da segunda vinda do Senhor pode ser percebida pelos números que dão conta de que há mais de 1.500 referências a ela no Antigo Testamento e cerca de 300 em o Novo Testamento, sendo mencionada, apenas pelo apóstolo Paulo, cerca de 50 vezes. Assim, com a parábola das dez virgens, Jesus nos adverte sobre a necessidade de vivermos vigilantes, ou seja, Ele alerta para que não deixemos de amar o próximo, chama a atenção para a obrigação de fazermos o bem, vivermos em santidade e levarmos a mensagem do Evangelho, que fala da reconciliação entre Deus e os homens, através de Cristo (v.13).

2. O significado do Arrebatamento.
Dentre as muitas promessas feitas por Jesus, destaca-se a do Arrebatamento da Igreja (Mt 24.40,41; Jo 14.3). A expressão “arrebatamento" significa tirado rapidamente e com força. Já a palavra harpazo, do grego, significa arrebatado (At 10.28,29). A segunda vinda de Jesus a este mundo será um evento que se dará em duas etapas distintas. Na primeira fase, Jesus virá secretamente para arrebatar sua Igreja, composta pelos santos ressuscitados e dos vivos transformados, todos serão imediatamente trasladados para o céu por Jesus (Jo 10.28,29; 1 Ts 4.16,17). O arrebatamento terá Lugar nas nuvens e somente os salvos o perceberão (1 Co 15.51,52; 1 Ts 4.13-17). Na segunda fase, Jesus voltará com a sua Igreja glorificada, rodeado de glória e poder, descendo sobre o Monte das Oliveiras, ou seja, virá publicamente, pois todo o mundo o verá (Mt 25.31-46; Jd 14,15; Ap 19).
3. Quando se dará o Arrebatamento. Entre as duas fases da segunda vinda de Cristo, haverá um período de sete anos conhecido como a Grande Tribulação (Dn 9.25-27; Mt 24.21,22; Ap 7.13,14). A Igreja será arrebatada antes deste período que antecederá a ira de Deus (Ap 3.10). A esse ensino bíblico-escatológico, dá-se o nome de Pré-Tribulacionismo. De acordo com o que foi ensinado na parábola das dez virgens, é inconcebível que Deus permita que os redimidos passem pela Grande Tribulação, que culminará com o derramamento da ira santa sobre a civilização pecadora (Ap 15.1). Vimos que todas as dez virgens (as prudentes e as loucas) foram surpreendidas com a chegada inesperada do noivo (vv.5- 7), indicando que a parábola das dez virgens refere-se a crentes vivos - fiéis e infiéis-, antes da Grande Tribulação. A chegada do noivo se deu repentinamente, assim como Jesus também voltará de forma inesperada (Mt 24.36,44; Ap 22.12a). Por essa razão, devemos estar preparados, com vestes brancas, porque a volta do Senhor ocorrerá na hora em que menos imaginamos.

SÍNTESE DO TÓPICO II
A iminência do arrebatamento da Igreja é um convite a estarmos despertados espiritualmente.

III-UMA VIDA CHEIA DO ESPÍRITO E DE SANTIDADE

1. Prontidão e santificação.
A parábola das dez virgens ressalta o valor de cada cristão estar pronto e com a vida santificada, isto é, vivendo de forma separada das coisas profanas, consagrando a vida a uma única coisa - agradar ao seu Noivo, o Senhor Jesus (Ap 19.7). Os principais conceitos relacionados à santificação são a separação daquilo que é pecaminoso por um lado, e, por outro, a consagração àquilo que é justo e que está de acordo com a vontade de Deus (Lv 19.2; Rm 6.19,22; 2 Go 6.14; Ef 5.3; 1 Ts 5.23; 1 Pe 1.15).

2. Estar cheio do Espírito Santo é um estilo de vida.
Viver na plenitude do Espírito Santo é a maior necessidade para a nossa vida hoje, mas ninguém pode ser cheio do Espírito Santo de Deus se não adotar um estilo de vida santo. Santidade é o caminho para receber o poder do Espírito Santo (Lc 1.28,30). A santificação, em contraste com a justificação, que ocorre no momento da conversão a Cristo (Rm 6.4-23), é um processo progressivo que perdura por toda a nossa vida, pois enquanto aqui estivermos, somos pecadores regenerados que precisamos do trabalho diuturno do Espírito (Rm 8.1-17; 2 Co 3.18; 2 Pe
3. 18). Deus tem grande alegria em ver que os seus filhos procuram viver em santidade, cheios do Espírito Santo, abundantes nos dons visando edificar a Igreja, fazendo discípulos e cuidando bem de cada pessoa. Por isso, cabe a cada um a seguinte reflexão: O meu estilo de vida agrada a Deus?

3. Andando em santidade para com todos.
No intuito de vivermos uma vida santa e cheia do Espírito Santo, devemos quebrantar o coração, tornando-o completamente consagrado, dedicando-o a Deus e ao seu trabalho (Rm 8.14; Ef 5.18). Nosso compromisso é agradar ao Senhor, andando em santidade, de maneira fiel e leal a Deus, à família, à igreja, ao nosso pastor, aos irmãos de fé (Hb 12.14). Não podemos perder de vista que a promessa de uma vida plena e cheia do Espírito Santo é para todos os filhos de Deus, portanto, para todos nós hoje (At 2.38,39).

SÍNTESE DO TÓPICO III
A mensagem da parábola das dez virgens é um convite a buscarmos ter uma vida de santidade e cheia do Espírito Santo.

CONCLUSÃO
Assim como as virgens prudentes, devemos estar com nossas lâmpadas cheias para irmos ao encontro do noivo! Que nossas lâmpadas possam estar sempre acesas. Para isso, elas devem estar cheias de azeite. Devemos estar vigilantes contra toda a ação de Satanás que tentará por todos os meios desviar a nossa atenção da realidade do arrebatamento da Igreja (Ef 5.14). Que possamos estar de prontidão para a vinda do nosso Noivo. Não é tempo de ficarmos prostrados e sim atentos para ouvir a voz de Deus (Mt 26.41).

PARA REFLETIR
A respeito de "Despertemos para a Vinda do Grande Rei", responda:
• Quais são as duas classes de virgens da parábola?
A parábola fala que havia duas classes de virgens, ou seja, "prudentes" e "loucas".

• O que o azeite representa na parábola?
Nesta parábola, especificamente, representa a presença permanente do Espírito Santo, aliada à fé verdadeira e a santidade necessárias à salvação (Ef 4.30).

• Quais são as duas fases da segunda vinda de Jesus?
Na primeira fase, Jesus virá secretamente para arrebatar sua Igreja, composta pelos santos ressuscitados e dos vivos transformados, todos serão imediatamente trasladados para o céu por Jesus (Jo 10.28,29; 1 Ts 4.16,17). O arrebatamento terá lugar nas nuvens e somente os salvos o perceberão (1 Co 15.51,52; 1 Ts 4.13-17). Na segunda fase, Jesus voltará com a sua Igreja glorificada, rodeado de glória e poder, descendo sobre o Monte das Oliveiras, ou seja, virá publicamente, pois todo o mundo o verá (Mt 25.31-46; Jd 14,15; Ap 19).

• Entre tantas lições, o que ressalta a parábola das dez virgens?
A parábola das dez virgens ressalta o valor de cada cristão estar pronto e com a vida santificada, isto é, vivendo de forma separada das coisas profanas, consagrando a vida a uma única coisa - agradar ao seu Noivo, o Senhor Jesus (Ap 19.7).

• Se Jesus arrebatar a Igreja hoje você está preparado?
Resposta pessoal.