15 de julho de 2018

Ministério e Igreja sob ataque

Ministério e Igreja sob ataque
Não me preocupa muito os últimos ataques da mídia secular contra os pastores. O que me deixa em alerta são os ataques feitos pelos próprios "cristão", induzidos pela mídia. Em uma reportagem recente feita pelo Jornal O Globo, inimigo declarado da Universal e do "Bispo" Macedo, acerca do prefeito do Rio de Janeiro , Marcelo Crivela, que segundo a reportagem, o mesmo fez uma reunião "secreta" com cerca de 250 participantes e que nesta reunião o prefeito estaria facilitando o acesso a exames e procedimento na área da saúde no Rio. Pronto, dai, as outras emissoras nanicas e também esquerdopatas, potencializaram essa "reportagem" ao máximo.
Enquanto ficar dentro desse perfil jornalístico tendencioso e secular, entendemos que eles estão fazendo o papel deles, que é atacar e potencializar os "erros" cometidos pelos líderes evangélicos e, minimizam os escândalos e afrontas feitas pelos inimigos do Evangelho (ONGs de "Direitos Humanos, Liderança LGBT, Religião de matriz africana...). Porém, me preocupa a influência que essa horda de ataques consigam colocar do lado de "lá", "evangélicos", que simplesmente, vomitam todo o seu ódio e insipiência, contra a liderança cristã.
A primeira coisa que eles atacam são os pastores assalariados pelas igrejas, como que isso fosse um crime ou uma falsa doutrina.


É uma ordem do próprio Jesus Cristo: “Não sabeis vós que os que prestam serviços sagrados do próprio templo se alimentam? E quem serve ao altar do altar tira o seu sustento? Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho” (1Co 9. 13-14). E ainda: “Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino.” (1Tm 5. 17). E “Outras igrejas despojei eu para vos servir, recebendo delas salário; e quando estava presente convosco, e tinha necessidade, a ninguém fui pesado. Porque os irmãos que vieram da Macedônia supriram a minha necessidade; e em tudo me guardei de vos ser pesado, e ainda me guardarei.” II Cor. 11:8 e 9. É impossível desmontar algo tão claro nas Escrituras, mas mesmo assim, cristãos ignorantes e vazios, levantam-se contra esta doutrina pelo simples tilintar das letras dos inimigos do evangelho. 


Estes mesmos "cristãos" não fazem alusão dos proventos e pagamentos recebidos pelos padres, líderes de religiões de matriz africanas, e até mesmo dos milhões de reais governamentais despejados nos eventos que atacam a fé cristã através de exposições de "artes" (Santander), paradas gays e milhões de reais que são investidos nas reformas de terreiros de candomblé e templos católicos, incluindo os bilhões de reais jogados nas mãos de escritores e compositores, cantores e artistas, enriquecendo os escolhidos e apaniguados dos políticos e que falam a linguagem dos esquerdopatas. Tudo em nome do apoio cultural. Parece que os pastores recebem proventos injustos mesmo tendo apoio bíblico.
Não, não interessa aos ímpios e falsos cristãos o que diz a Bíblia neste assunto, salvo somente se for no que eles querem crer. Usam e abusam do texto de Mateus 10:8: “Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios; de graça recebestes, de graça dai”. Esse texto não anulam os textos acima citados sobre os proventos pastorais, se assim fosse, seria uma bela contradição bíblica. Então quer dizer que é errado os pastores receber proventos financeiros pelo trabalho que realiza, ainda que tenha apoio bíblico? Tá bom. E o que dizer dos escritores, compositores, cantores, missionários, professores de seminários que recebem pelos trabalhos que realizam? E os que produzem as bíblias e os livros que compramos? Estão errados em cobrar pela aquisição destes e de outros materiais?
Hostilizar os pastores por receberem salários, É, EM ÚLTIMA ANÁLISE, SE LEVANTAR CONTRA UMA DOUTRINA BÍBLICA. Somando a isso, estes proventos pastorais são APROVADOS EM ASSEMBLEIAS PELOS MEMBROS DAS IGREJAS. Só estes membros, que contribuem devem exigir ou não, respostas a tais ações. Chamar de mercenários tais pessoas, é descumprir os ensinamentos bíblicos.


Então o que dizer de Mateus 10:8: “Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios; de graça recebestes, de graça dai”? 

Em primeiro lugar, não há proibições bíblicas de pastores receberem salários. Isto já mostramos acima. Vejamos então não só o texto mas o CONTEXTO: O que Jesus deu aos discípulos naquele momento? Vejamos: “Tendo chamado os seus doze discípulos, deu-lhes Jesus autoridade sobre espíritos imundos para os expelir e para curar toda sorte de doenças e enfermidades” (Mateus 10:1). Eles receberam o poder de Deus de graça e assim eles não podiam usar esse poder como moeda de troca ao curarem um enfermo, ou expulsarem um demônio...

Em segundo lugar, devemos atentar para o que diz a Bíblia sobre os sacerdotes no Antigo Testamento. Eles eram mantidos pelas ofertas dos sacrifícios e contribuições do povo. Há alguma dúvida nisso?
Terceiro, o apóstolo Paulo deixou muito bem claro que eles, os obreiros, pois isto era uma opção individual e relacional com Deus, tinham o direito de deixar de trabalhar e viver do evangelho: “não temos nós o direito de comer e beber? E também o de fazer-nos acompanhar de uma mulher irmã, como fazem os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas? Ou somente eu e Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar?” (1 Coríntios 9:4). Isto é dedicação exclusiva a pregação do evangelho, cuidado com a igreja, visitas aos enfermos e campos missionários, presidir campos e preparar novos ministros. Abrir novos trabalhos e dedicar-se a oração e ao ministério da Palavra. Deus em sua sabedoria NÃO PROIBIU O SUSTENTO PASTORAL E AINDA ORDENOU A SUA MANUTENÇÃO. 


Finalizando, sem esgotar o assunto, os ímpios não devem se intrometer em assuntos bíblicos, você sabia disso? Salmo 50: 16 - 20 "Mas aos perversos Deus diz: O que tens a fazer para declarar meus estatutos, ou para que pudesses tomar meu pacto na tua boca? 17Vendo que tu odeias a instrução, e lanças minhas palavras para trás de ti. 18Quando viste um ladrão, então consentiste com ele, e foste cúmplice de adúlteros. 19Tu dás tua boca para o mal, e a tua língua porta o engano. 20Tu te assentas e falas contra o teu irmão; tu calunias o filho da tua própria mãe".

8 de julho de 2018

Lição 3 - Os Ministros do Culto Levítico


TEXTO ÁUREO
“Toma os levitas em lugar de todo primogênito entre os filhos de Israel e os animais dos levitas em lugar dos seus animais; porquanto os levitas serão meus. Eu sou o Senhor.” (Nm 3.45)
VERDADE PRÁTICA
O chamamento divino exige, de cada um de nós, amor, excelência e dedicação integral ao Senhor da Seara.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Gn 29.34: Levi, o patriarca sacerdotal
Terça – Êx 32.26: O zelo dos levitas
Quarta – Nm 3.45: Os levitas são separados para Deus
Quinta – Nm 18.20,21: A herança dos levitas
Sexta – Ml 2.4,5: A aliança do Senhor com Levi
Sábado – Ml 2.6,7: A sabedoria dos levitas

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Levítico 8.1-13
1 - Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo:
2 - Toma a Arão, e a seus filhos com ele, e as vestes, e o azeite da unção, como também o novilho da expiação do pecado, e os dois carneiros, e o cesto dos pães asmos
3 - e ajunta toda a congregação ŕ porta da tenda da congregação.
4 - Fez, pois, Moisés como o SENHOR lhe ordenara, e a congregação ajuntou-se à porta da tenda da congregação.
5 - Então, disse Moisés à congregação: Isto é o que o SENHOR ordenou que se fizesse.
6 - E Moisés fez chegar a Arão e a seus filhos, e os lavou com água,
7 - e lhe vestiu a túnica, e cingiu-o com o cinto, e pôs sobre ele o manto; também pôs sobre ele o éfode, e cingiu-o com o cinto lavrado do éfode, e o apertou com ele.
8 - Depois, pôs-lhe o peitoral, pondo no peitoral o Urim e o Tumim;
9 - e pôs a mitra sobre a sua cabeça e na mitra, diante do seu rosto, pôs a lâmina de ouro, a coroa da santidade, como o SENHOR ordenara a Moisés.
10 - Então, Moisés tomou o azeite da unção, e ungiu o tabernáculo e tudo o que havia nele, e o santificou;
11 - e dele espargiu sete vezes sobre o altar e ungiu o altar e todos os seus vasos, como também a pia e a sua base, para santificá-los.
12 - Depois, derramou do azeite da unção sobre a cabeça de Arão e ungiu-o, para santificá-lo.
13 - Também Moisés fez chegar os filhos de Arão, e vestiu-lhes as túnicas, e cingiu-os com o cinto, e apertou-lhes as tiaras, como o SENHOR ordenara a Moisés.

OBJETIVO GERAL
Conscientizar de que o chamamento divino exige, de cada um de nós, amor, excelência e dedicação integral.

HINOS SUGERIDOS: 5, 75, 354  da Harpa Cristã

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I.      Apresentar a tribo de Levi como a tribo sacerdotal;
II.     Explicar o chamamento e os requisitos do sumo sacerdote;
III.    Indicar os direitos e deveres dos levitas.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Depois de estudar o culto levítico, na lição de hoje refletiremos a respeito do sumo sacerdote e os levitas, cuja função era conduzir a adoração e representar o povo diante de Deus. Os hebreus haviam deixado o Egito e era preciso que a adoração fosse institucionalizada e diferente do que tinham visto e aprendido durante os anos de escravidão. Veremos que Deus escolheu e separou uma única tribo, a de Levi, para a adoração e o serviço no Tabernáculo. Ser escolhido para tal função era um privilégio, uma honra, mas também uma grande responsabilidade e abnegação já que os descendentes de Levi não teriam herança como às demais tribos. O Senhor seria a herança deles e o sustento viria das outras tribos. Era preciso ter fé e viver dela.

Deus determinou que os sacerdotes deveriam ser descendente de Arão. Também era exigido que as mulheres dos sacerdotes fossem israelitas de sangue puro. Mesmo depois da vinda de Jesus, para atuar como sacerdote, era preciso comprovar por meio de registros genealógicos a descendência de Arão. Mas, graças ao sacrifico de Jesus Cristo na nova aliança, cada crente é um sacerdote santo, chamado para oferecer sacrifícios espirituais (1 Pe 2.5).

INTRODUÇÃO


Nesta lição, veremos como se deu a chamada dos filhos de Levi para o ministério sacerdotal. Entre outras perguntas, responderemos a estas: Quem eram os levitas? E por que a sua chamada foi necessária? Veremos ainda como eles deveriam exercer o seu ofício.
À semelhança dos levitas, nós também fomos chamados a trabalhar na expansão do Reino de Deus. Nesse sentido, atuamos como nação santa, profética e sacerdotal, proclamando o Evangelho e intercedendo tanto pelos crentes quanto pelos que ainda não creem. Que o Espírito Santo nos ajude neste estudo.

PONTO CENTRAL
O chamamento divino exige separação, excelência e dedicação integral.

I – LEVI, A TRIBO SACERDOTAL
Em primeiro lugar, vejamos quem foi Levi. Depois, constataremos quão zelosos foram os seus descendentes e como se deu a sua vocação ao ofício sagrado.

1. O nascimento de Levi.
Ao dar à luz a Levi, declarou Lia: “Agora, esta vez se ajuntará meu marido comigo, porque três filhos lhe tenho dado” (Gn 29.34). Por isso, a esposa desprezada de Jacó foi impulsionada a dar o nome de Levi ao seu terceiro filho. E, de fato, os levitas sempre estiveram ligados ao Senhor. Foi assim que o menino passou a ser contado entre os patriarcas das doze tribos de Israel (At 7.8). 

2. O zelo dos levitas.
Levi, pelo que inferimos do texto sagrado, sempre teve uma postura zelosa e conservadora em relação à honra da família, haja vista o episódio envolvendo o estupro de sua irmã, Diná (Gn 34.25-31). Mais tarde, após a saída de Israel do Egito, os levitas juntaram-se a Moisés no combate à idolatria gerada pelo bezerro de ouro (Êx 32.26-28). Eram homens da maior firmeza (2 Cr 26.17).

3. A vocação sacerdotal dos levitas.
Não foi sem motivo que o Senhor escolheu a tribo de Levi como o berço de Moisés e Arão (Êx 6.14-27). De um lar tão piedoso, saíram homens e mulheres de comprovada piedade. Aliás, tinha o Senhor uma aliança particular com Levi e sua descendência (Ml 2.4,5).

Tendo em vista o caráter santo e distintivo da tribo de Levi, aprouve a Deus separá-la para o sacerdócio (Nm 3.45). Nesse processo, o Senhor apresentou os levitas como resgate de toda a nação de Israel. Ao invés de cada família entregar o seu primogênito ao serviço divino, a tribo de Levi foi apartada das demais para dedicar-se inteiramente a Deus (Nm 3.12). Os levitas, pois, foram concedidos como dons a Israel, assim como os obreiros de Cristo foram entregues com o mesmo objetivo à Igreja (Ef 4.8-12).

SÍNTESE DO TÓPICO I
A Tribo de Levi foi escolhida e separada pelo Senhor para o serviço sacerdotal.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
Os levitas
Levi, um dos doze filhos de Jacó, tinha três filhos: Gérson, Coate e Merari (Gn 46.8,11). Quando a família aumentou durante a estada no Egito, a família de Levi passou a ser uma tribo e as famílias dos três filhos se tornaram divisões tribais. Arão, Miriã e Moisés nasceram na divisão coatita da tribo (Êx 2.4; 6.16-20; 15.20). Quando os judeus adoraram o bezerro de ouro no sopé do Monte Sinai, foram os levitas que se uniram a Moisés contra a idolatria e na consagração a Deus. Ao tomarem essa atitude, eles destruíram muito dos idólatras. Sua consagração resultou em se envolverem na construção do Tabernáculo (Êx 28.1-30) e em cuidar dele. Quando o Tabernáculo foi removido, os coatitas levaram a mobília, os gersonitas , as cortinas e seus pertences, e os meratitas transportaram e instalaram o Tabernáculo propriamente dito (Nm 3.35-37; 4.29-33).

Segundo Números 3.40-51, os levitas agiram como substitutos dos primogênitos de toda casa judia. Em vista de Deus ter poupado a vida dos primogênitos judeus por ocasião da primeira Páscoa (Êx 11.5; 12.12,13), o primogênito pertencia tecnicamente ao Senhor, mas os levitas deviam atuar no serviço de Deus em lugar deles. Por serem separados para o serviço de Deus, não se esperava que fossem à guerra (Nm 1.3; cf. v. 49) ou plantassem seus próprios alimentos numa área tribal. Eles deviam espalhar-se por toda a Terra Prometida e viver entre o povo (Nm 35.1-8) e deviam ser sustentados com os dízimos do povo (Nm 18.21) (GOWER, Ralph. Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp. 325, 326).

II – O SUMO SACERDOTE
O sumo sacerdote de Israel teria de ser, obrigatoriamente, descendente de Arão, ungido, vitalício e servo de Deus.

1. Descendente de Arão.
O sumo sacerdote era o principal representante do culto divino no Antigo Testamento (Êx 28.1). Por essa razão, o Senhor exigia que ele proviesse de uma tribo específica, a de Levi, e de uma família ainda mais específica, a casa de Arão (Êx 6.16-23). Assim, duplamente separado, tinha condições de apresentar-se como a maior autoridade espiritual da nação; era o símbolo da plenitude espiritual requerida pelo Deus de Israel (Sl 133.1-3).

Constituído a favor dos homens nas coisas concernentes ao Altíssimo, o sumo sacerdote oferecia sacrifícios pelos pecados do povo (Hb 5.1). Portanto, ele fazia a intermediação entre o povo de Israel e o santíssimo Deus. Era sua responsabilidade também instruir o povo santo (Lv 10.10,11).

2. Ungido para o ofício.
O Senhor determinou que o sumo sacerdote fosse ungido a fim de dignificá-lo como ministro extraordinário do culto divino (Êx 28.41; 29.1-7). Sob a unção divina, teria condições de tornar a nação israelita propícia diante do Santíssimo Deus (Hb 5.1).

3. Vitalício no cargo.
A vitaliciedade do sumo sacerdócio está patente na história da família de Arão. Antes de este morrer, Moisés o desvestiu das roupas sacerdotais, para vesti-las em Eleazar, seu filho (Nm 20.23-29). Mais tarde o mesmo Eleazar seria substituído por seu filho Fineias (Js 24.33; Jz 20.28). Todavia, no tempo do Novo Testamento, a vitaliciedade já não era observada (Jo 11.49-51). Ao que tudo indica, havia um rodízio entre os principais membros da família de Arão (Lc 3.2).

4. Servo de Deus.
Apesar da importância do cargo, o sumo sacerdote não era considerado infalível, nem estava acima da Lei de Deus. Sua obrigação era servir o altar e conservar-se puro, a fim de que o nome do Senhor fosse exaltado entre os filhos de Israel (Êx 28.43). O capítulo três de Zacarias descreve a dignidade do sumo sacerdote constituído sobre Israel.

SÍNTESE DO TÓPICO II
O Senhor estabeleceu que o sumo sacerdote deveria ser descendente de Arão, ungido, vitalício e servo.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
O sumo sacerdote
Dentro da divisão dos coatitas, a família de Arão passou a ser de sacerdotes. De um lado isso os tornou encarregados dos levitas. Itamar supervisionava os gersonitas (Nm 4.28) e os meraritas (v. 33); Eleazar cuidava dos coatitas (v. 16). Por outro lado os sacerdotes eram distintos dos levitas, porque só eles podiam tocar nas coisas santas — tudo que tivesse a ver com o altar, a lâmpada, ou a mesa da proposição (Nm 5.5-15).

O sacerdote nem sempre era quem fazia o sacrifício, mas era ele quem levava o sangue para o altar (por exemplo, Lv 3.2). O próprio Arão veio a ser sumo sacerdote (às vezes chamado de principal sacerdote). Ele usava roupas especiais (Lv 16.2), interpretava o lançamento das sortes sagradas que eram mantidas em seu peitoral.

Arão tinha quatro filhos. Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar. Nadabe e Abiú morreram por terem cometido sacrilégio em seus deveres religiosos como sacerdotes e o sumo sacerdócio passou então para Eleazar e foi mantido em sua família (Nm 20.25-29). Eli era um sacerdote da família de Eleazar. O sumo sacerdócio parece ter passado depois para a família de Itamar. Foi Salomão quem fez retornar a linguagem de volta à família de Eleazar, colocando Zadoque na posição de sumo sacerdote. Essa posição foi mantida na família dele até que seu descendente veio a ser deposto por Antíoco Epifânio nos dias dos macabeus. Neste período posterior, os sumo sacerdotes eram indicados pelo poder reinante (Anás foi deposto pelos romanos e substituído por Caifás — veja Lucas 3.2; Jo 18.13-24), mas quando eles se tornaram forte o bastante para resistir às autoridades, adotaram seu próprio estilo de soberania” (GOWER, Ralph. Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp. 326, 327)

III – DIREITOS E DEVERES

Os descendentes de Levi, principalmente os da casa de Arão, deveriam observar estes direitos e deveres: viver do altar, santificar-se ao Senhor e ser uma referência moral, ética e espiritual.

1. Viver do altar.
Já que os sacerdotes dedicavam-se ao ministério do altar, desse mesmo altar deveriam viver (Lv 7.35). Portanto, não tinham eles direito a qualquer herança territorial entre os seus irmãos, porque a sua herança e porção era o Senhor (Nm 18.20). Moisés, porém, divinamente instruído, destinou-lhes cidades estratégicas por todo o Israel (Nm 35.8). Algumas delas serviam também como refúgio aos que, acidentalmente, matavam alguém (Nm 35.6).

2. Santificar-se ao Senhor.
Em virtude de seu ofício, os sacerdotes deveriam erguer-se, em Israel, como referência de santidade e pureza. O sumo sacerdote, por exemplo, tinha de ostentar uma faixa de ouro, em sua mitra, na qual estava escrito: “Santidade ao Senhor” (Êx 28.36). Caso o sacerdote profanasse o seu ofício, seria punido com todo o rigor (Lv 10.1-3).

3. Tornar-se uma referência espiritual e moral.
Os sacerdotes, por serem responsáveis pela aplicação da Lei de Deus, tinham a obrigação de ser uma referência espiritual, moral e ética para os filhos de Israel (Ml 2.1-10). Os filhos de Eli, em consequência de seu proceder, tornaram-se um péssimo exemplo aos israelitas. E, por causa disso, Deus os matou (1 Sm 2.25). Andemos, pois, em santidade e pureza diante do Senhor, pois Ele continua a exigir santidade de todo o seu povo (1 Pe 1.15).

SÍNTESE DO TÓPICO III
Eram deveres e direitos dos descendentes de Levi: viver do altar, santificar-se ao Senhor e ser uma referência moral, ética e espiritual.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

Os levitas eram descendentes de Levi, o escolhido por Deus no deserto durante a época de Moisés, encarregados de deveres específicos em relação ao Tabernáculo, embora proibidos de ministrar diante do santuário sagrado, eles afirmavam ser servos especiais de Deus em assuntos da religião. Deviam ensinar o livro da Torá ao povo e ajudar os sacerdotes em todos os assuntos ligados à adoração no santuário. A eles não seria reservada qualquer herança na nova terra quando Josué fez a divisão oficial do território, pois Deus seria a sua herança. Quarenta e oito cidades e vilas foram separadas com os lugares onde deveriam viver.

Os três filhos de Levi — Gersón, Coate e Merari — foram relacionados como aqueles por quem fluiram as bênçãos divinas. Nos primeiros anos da vida nacional, essas famílias receberam a função de cuidar do Tabernáculo e transportá-lo. Quando Arão e seus familiares foram escolhidos como sacerdotes, foi necessário escolher um grupo de pessoas para ajudá-los e toda a tribo se julgou diferenciada por ser um grupo sagrado designado para executar deveres relacionados com os ritos e as funções sacerdotais.

Os levitas recebiam uma posição apropriada no acampamento quando a nação viajava pelo deserto. Como estavam localizados em volta do Tabernáculo, eram considerados protetores em quem se podia confiar, e que dariam a própria vida para proteger a sagrada casa de Deus.

[...] Os levitas estavam localizados entre os sacerdotes e o povo. A maior parte de seu trabalho era pesada e servil. Não podiam entrar para ver o altar santo, nem tocar no santuário senão morreriam (Nm 4.15). Eram servos dos sacerdotes, e passavam a vida executando tarefas comuns que tornavam possível a realização dos serviços sagrados (Dicionário Bíblico Wycliffe. 7.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, pp. 1148,1149)

CONCLUSÃO

O sacerdócio levítico era glorioso; seus membros eram considerados príncipes de Deus (Zc 3.8). Todavia, o Senhor Jesus Cristo é superior ao sacerdócio levítico, pois é eterno (Sl 110.4; Hb 7.13-17). Quanto a nós, somos uma nação santa, profética e sacerdotal, pois recebemos a incumbência de proclamar o Evangelho e interceder pelos que perecem (1 Pe 2.9). Portanto, sirvamos ao Senhor com todo o nosso ser, para que, através de nossa vida, venha o Reino de Deus a este mundo que jaz no Maligno.

PARA REFLETIR
A respeito de “Os Ministros do Culto Levítico”, responda:

1) Quem foi Levi?
Foi um dos filhos de Jacó com Lia.
2) Descreva o caráter de Levi.
Levi, pelo que inferimos do texto sagrado, sempre teve uma postura zelosa e conservadora em relação à honra da família. Após a saída de Israel do Egito, os levitas juntaram-se a Moisés no combate à idolatria gerada pelo bezerro de ouro. Eram homens da maior firmeza.
3) Como se deu a chamada dos levitas?
O Senhor escolheu a tribo de Levi como o berço de Moisés e Arão. De um lar tão piedoso, saíram homens e mulheres de comprovada piedade. Aliás, tinha o Senhor uma aliança particular com Levi e sua descendência. Tendo em vista o caráter santo e distintivo da tribo de Levi, aprouve a Deus separá-la para o sacerdócio. Nesse processo, o Senhor apresentou os levitas como resgate de toda a nação de Israel. Ao invés de cada família entregar o seu primogênito ao serviço divino, a tribo de Levi foi apartada das demais para dedicar-se inteiramente a Deus.
4) Quais as características do sumo sacerdote?
Descendente de Arão, ungido para o ofício, vitalício no cargo e servo de Deus.
5) Quais os deveres e direitos dos levitas?

Viver do altar, santificar-se ao Senhor, tornar-se uma referência espiritual e moral.
Fonte: Lições Bíblicas 3° trimestre de 2018, Adultos – CPAD|
 Divulgação

Lição 2 - A Beleza e a Glória do Culto Levítico


Lições Bíblicas do 3° trimestre de 2018 - CPAD | Classe: Adultos

Data da Aula: 8 de Julho de 2018 
TEXTO ÁUREO
"Então, entraram Moisés e Arão na tenda da congregação; depois, saíram e abençoaram o povo; e a glória do SENHOR apareceu a todo o povo." (Lv. 9.23)
VERDADE PRÁTICA
O verdadeiro culto divino não se impõe pelo ritualismo nem por sua pompa, mas pelo quebrantamento de coração e pela integridade de espírito. A glória de Deus não pode faltar.
LEITURA DIÁRIA
Seg. Gn 4.4: Abel inicia o culto divino
Ter. Gn 12.1-3: Abraão é chamado a cultuar
Qua. Êx 4.31: A fé conduz ao culto
Qui. Êx 12.27: A explicação do culto
Sex. Êx 10.9: A reivindicação do culto
Sáb. Rm 12.1-3: Um culto perfeito
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Levítico 9.15-24
15 Depois fez chegar a oferta do povo, e tomou o bode da expiação do pecado, que era pelo povo, e o degolou, e o preparou por expiação do pecado, como o primeiro.
16 Fez também chegar o holocausto, e ofereceu-o segundo o rito.
17 E fez chegar a oferta de alimentos, e a sua mão encheu dela, e queimou-a sobre o altar, além do holocausto da manhã.
18 Depois degolou o boi e o carneiro em sacrifício pacífico, que era pelo povo; e os filhos de Arão entregaram-lhe o sangue, que espargiu sobre o altar em redor.
19 Como também a gordura do boi e do carneiro, a cauda, e o que cobre a fressura, e os rins, e o redenho do fígado.
20 E puseram a gordura sobre os peitos, e queimou a gordura sobre o altar;
21 Mas os peitos e a espádua direita Arão ofereceu por oferta movida perante o SENHOR, como Moisés tinha ordenado.
22 Depois Arão levantou as suas mãos ao povo e o abençoou; e desceu, havendo feito a expiação do pecado, e o holocausto, e a oferta pacífica.
23 Então entraram Moisés e Arão na tenda da congregação; depois saíram, e abençoaram ao povo; e a glória do SENHOR apareceu a todo o povo.
24 Porque o fogo saiu de diante do SENHOR, e consumiu o holocausto e a gordura, sobre o altar; o que vendo todo o povo, jubilaram e caíram sobre as suas faces.
HINOS SUGERIDOS: 10, 29, 292 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL
Conscientizar de que o verdadeiro culto divino não se impõe pelo ritualismo, mas pelo quebrantamento de coração e pela integridade de espírito.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo i refere-se ao tópico l com os seus respectivos subtópicos.
I. Mostrar como era o culto no Antigo Testamento;
II. Elencar os elementos do culto levítico;
III. Explicar as finalidades do culto levítico.
• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Na lição de hoje repetiremos a respeito do culto divino. O que é mais importante em um culto? A liturgia? Aqueles que estão prestando um serviço a Deus? O que realmente agrada ao Senhor? Essas são indagações importantes, que precisamos fazer se queremos adorar a Deus da forma que Ele merece e que lhe agrada. Contudo, você professor (a), precisa estar atento para que não venha fazer de suas aulas um espaço de debates teológicos inúteis. Precisamos de reflexão, de debates que promovam a interação da classe. Também precisamos ouvir mais nossos alunos, no entanto que o nosso alvo seja sempre o crescimento espiritual deles.

No decorrer da aula, ressalte o cuidado que devemos ter para não cairmos no formalismo, pois Deus não está preocupado com a forma, mas com o coração daqueles que se achegam a Ele, é necessário que aqueles que desejam cultuar ao Senhor o faça em espírito e em verdade (Jo 4.24).


COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O que é o culto divino? Não é fácil responder a essa pergunta, pois, no ato da adoração ao Deus Único e Verdadeiro, temos de evitar dois extremos: a informalidade profana e indecente, e o ritualismo que mata o genuíno culto bíblico. Por esse motivo, o Senhor deixou à congregação israelita, nos Livros de Êxodo e de Levítico, ordenanças e instruções quanto à essência de seu culto.

Tendo como exemplo a consagração do Santo Templo, em Jerusalém, mostraremos, nesta lição, a beleza e a glória do culto levítico. Que a nossa adoração a Deus conte, igualmente, com a presença do Espírito Santo em todos os atos. Sem a glória de Deus, nenhum culto tem validade.
PONTO CENTRAL
Deus não se agrada de um culto que se impõe peio ritualismo.

I – O CULTO NO ANTIGO TESTAMENTO
Vejamos o que é o culto divino e o seu desenvolvimento na era patriarcal, no período de Moisés, no tempo de Davi e de Salomão, e após o Cativeiro babilónico.

1. Definição.
O culto divino é o serviço amoroso, voluntário e exclusivo que Deus requer de cada uma de suas criaturas morais (anjos e homens), mui particularmente de Israel, no Antigo Testamento, e, agora, da Igreja, para que todos, em todos os lugares e tempos, glorifiquem-no como o Criador, Senhor e Mantenedor de todas as coisas (SI 100.1; Ap 14. 7).

2. Na era patriarcal.
O primeiro grande patriarca a prestar culto a Deus foi Noé (Gn 8.20). Abraão, Isaque e Jacó também construíram altares para adorar ao Senhor, que os chamara a constituir a nação profética, sacerdotal e real por excelência (Gn 12.7; 26.25; 35-1-7).

3. No período de Moisés.
Deus, através de Moisés, entregou ao seu povo leis e instruções para que o seu culto passasse da informalidade a uma etapa mais teológica, litúrgica e congregacional (Êx 12.21-26). A partir daí, estabeleceram-se as festividades sagradas como a Páscoa e o Dia da Expiação (Êx 12.14,20; Lv 23.27,28). Agora, não somente as famílias, mas todo o povo é intimado a cultuar ao Senhor.

4. No tempo de Davi e Salomão.
Até a ascensão de Davi, como rei de Israel, a música não era utilizada no culto divino. O cântico de Miriã e o de Débora constituíam manifestações espontâneas que precederam a inserção da música na liturgia do Santo Templo (Êx 15.20,21; Jz cap. 5). Mas, com o rei Davi, que também era profeta, salmista e músico, a celebração oficial ao Senhor foi enriquecida com a formação de coros e instrumentos musicais (l Cr 15.16). Buscando sempre a excelência do culto divino, o rei Davi inventou e fabricou diversos instrumentos musicais (l Cr 23.5; 2 Cr 7.6).

Salomão dedicou-se igualmente ao enriquecimento litúrgico e musical na adoração divina (2 Cr 5.1-14). No auge do Santo Templo, a Liturgia hebreia impressionava por sua beleza e arte (2 Cr 5.13). Ezequias também destaca-se pelo zelo ao culto do Senhor (2 Cr 29.26-28).

5. Após o cativeiro babilônico.
Em 586 a.C., os judeus foram levados em cativeiro à Babilónia, onde permaneceram 70 anos (Jr 25.11,12). Nesse período, pelo que inferimos do Salmo 137, a adoração divina foi praticamente esquecida. Mas, com o retorno a Jerusalém, os repatriados, incentivados por Esdras e Neemias, reavivaram o culto levítico (Ne 12.22-30).
SÍNTESE DO TÓPICO l
Levítico era o manual do culto no Antigo Testamento.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Culto
1. Definição etimológica e antropológica.
A palavra culto é originária do vocábulo latino 'culto', e significa adoração ou homenagem que se presta ao Supremo Ser. No grego, temos duas palavras para culto: 'latréia', significando adoração; e 'proskuneo', reverenciar, prestar obediência, render homenagem.


2. Definição teológica.
O culto é o momento da adoração que tributamos a Deus; marca o encontro do Supremo Ser coM os seus adoradores. Eis porque, durante o seu transcurso, cada membro da congregação deve sentir-se e agir com o integrante dessa comunidade de adoração — a Igreja de Cristo.

Se o culto aos ídolos induz o ser humano às mais abjetas práticas, a adoração cristã enleva-nos ao coração do Criador. O teólogo Karl Barth via o culto cristão como 'o ato mais importante, mais relevante e mais glorioso na vida do homem (ANDRADE, Claudionor. As Disciplinas da Vida Cristã: Como alcançar a verdadeira espiritualidade, 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, pp. 58,59).

II – OS ELEMENTOS DO CULTO LEVÍTICO
A fim de mostrarmos a beleza e a glória do culto divino no Antigo Testamento, tomemos como exemplo a consagração do Santo Templo, pelo rei Salomão, em Jerusalém.

1. Sacrifícios.
 O culto inaugural do Santo Templo, que teve início com a chegada da Arca Sagrada, foi marcado por uma grande quantidade de sacrifícios de animais (1Rs 8.5) - Cf. Levítico cap. 1. De forma sem igual, o rei Salomão e todo o Israel demonstraram sua ação de graças ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó.
2. Cânticos.
Em seguida, os cantores e músicos puseram-se a louvar ao Senhor, entoando provavelmente os cânticos que Davi e outros salmistas haviam composto (2 Cr 5.12,13).

3. Exposição da Palavra.
Logo após. Salomão dirigiu-se ao povo, fazendo uma síntese da História Sagrada até aquele instante. Ele mostra a clara intervenção de Deus em cada etapa da existência de Israel (2 Cr 6.1-13).

4. Oração.
O rei dirige-se, agora, a Deus em oração, agradecendo-o por aquele momento, e intercede não só por Israel, mas pêlos gentios que, ouvindo acerca da intervenção divina na vida de seu povo, para ali acorreriam (2 Cr 6.32,33).

5. Leitura da Palavra.
Após o cativeiro babilónico, já no tempo de Esdras e Neemias, a Palavra de Deus começou a ser lida publicamente como parte da liturgia do culto (Ne S.1-8). Nesse período, os sacerdotes puseram-se também a explicar a Lei ao povo de Deus. Antes disso, a leitura das Escrituras limitava-se aos montes Gerizim e Ebal (Dt 29).

6. Bênção.
O culto levítico era encerrado com a bênção araônica (Nm 6.22-26). Ao serem assim abençoados, os filhos de Israel conscientizavam-se de que eram propriedade particular do Senhor (Êx 19-5).

SÍNTESE DO TÓPICO II
Os sacrifícios, os cânticos, a exposição da Palavra e a bênção eram elementos centrais do culto Levítico.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
O capítulo 9 de Levítico é um referencial da adoração no Antigo Testamento. Registra os primeiros sacrifícios públicos de Israel sob o regime do sacerdócio levítico. No capítulo 8, os sacrifícios foram oferecidos na ordenação de Arão e seus filhos, mas o povo ficou só observando; não participou. Agora, os sacerdotes começam de fato o ministério de mediação. Este era um dia importante para Israel. O Senhor apareceria para coroar a ocasião.

Para preparar o aparecimento de Deus, Arão ofereceu por si e seus filhos uma expiação de pecado e um holocausto (7,8). A oferta peto pecado de Arão era um bezerro, e seu holocausto, um carneiro. Esta é a única ocasião na qual a' Legislação sacrificial exigia um bezerro. Rashi comenta a respeito do bezerro: 'Este animal foi escolhido como oferta pelo pecado para anunciar ao sacerdote [Arão] que o Santo, bendito seja Ele, lhe concedeu expiação por meio deste bezerro por causa do incidente do bezerro de ouro anteriormente feito.

[...] A conclusão adequada para este culto é a presença do Deus vivo manifesto em sua glória ao povo. A palavra glória é termo particularmente bíblico. A ideia do radical hebraico (kabed) é 'ser pesado, ter peso, pesado'. A forma substantivada é empregada no mundo antigo para aludir à aparência do esplendor que acompanha um grande personagem. Brockington explica que, na Bíblia, glória se refere àquilo que os homens podem perceber, originalmente pela visão, da presença de Deus na terra', Note o uso do termo em Ezequiel 1. A palavra fala das seguintes experiências em tempos e situações diversas: Israel no Sinai; Salomão e o povo quando a Shequiná encheu a cada de Deus; Isaías no Templo; os pastores nos arredores de Belém; e os discípulos no monte da Transfiguração (Comentário Bíblico Beacon. Vol 1. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp. 275, 276).


III - FINALIDADES DO CULTO LEVÍTICO
O culto levítico, no Antigo Testamento, tinha quatro finalidades básicas: adorar a Deus, reafirmar as alianças divinas, professar o credo mosaico e aguardar o Messias. Era uma celebração teológica e messiânica.

1. Adorar ao Único e Verdadeiro Deus.
Ao reunir-se para adorar a Deus, a comunidade de Israel demonstrava duas coisas: a aceitação do Único e Verdadeiro Deus e a rejeição dos deuses pagãos (Lv 19-4; SI 86.10; 97.9). Enfim, o culto afastava os israelitas da idolatria e aprofundava sua comunhão com o Senhor (5196.5). Esse era o teor dos cânticos congregacionais do Santo Templo.

2. Reafirmar as alianças antigas.
No culto Levítico, os filhos de Israel professavam as alianças que o Senhor firmara com Abraão, Isaque, Jacó e Davi (Lv 26.9,45). Já em seus cânticos, reafirmavam a fé na presença de Deus em sua vida familiar e comunal (SI 47.9), como mostra o Salmo 105.

3. Professar o credo divino.
Em seus cultos, os israelitas, guiados pelo ministério levítico, professavam o seu credo: "Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor" (Dt 6.4). Nesta sentença resume-se toda a teologia do Antigo Testamento. Que a Igreja de Cristo recite a doutrina divina.

4. Aguardar o Messias.
No livro de Salmos, há uma elevada cristologia, que descreve a paixão, a morte, a ressurreição e a glorificação do Senhor Jesus Cristo como Rei dos reis (SI 22.1-19; 16.10; 110.1-4; 2.1-8). Um israelita crente, e predisposto a servir a Deus, jamais seria surpreendido com a chegada do Messias, pois o culto Levítico era essencial e tipo-logicamente cristológico (Lc 2.25-35).

SÍNTESE DO TÓPICO III
As finalidades do culto Levítico eram: adorar a Deus, reafirmar as alianças divinas, professar o credo mosaico e aguardar o Messias.       


SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
Há muito tempo que os estudiosos se empenham em achar a ideia controladora por trás dos sacrifícios religiosos. Alguns sugerem que seja comunhão, ato simbolizado pela refeição comum. Outros enfatizam a propiciação, a substituição ou a gratidão festiva. É óbvio que o sacrifício é algo multifacetado da mesma maneira que é a relação do homem com Deus. Envolve comunhão, mas comunhão com Deus que implica em proposição, gratidão e petição. Assim, nossa atenção é remetida novamente à ideia de proximidade e intimidade com Deus. Tudo que diz respeito a aproximar-se de Deus está implícito no sacrifício. Este conceito explica as cinco variedades de ofertas: holocausto, oferta de manjares, oferta de paz, oferta pelo pecado e oferta pela culpa. Cada oferta fala de uma faceta diferente da proximidade com Deus.


Levítico toma por certo que quando os homens se achegam a Deus, eles não devem ir de mãos vazias. Há algo sobre a relação que torna correio e apropriado os homens levarem uma oferta. Desde os tempos do Novo Testamento é fácil esquecer esta verdade. Mas sempre temos de nos lembrar de que, embora os crentes possam se aproximar de Deus com ousadia, eles não devem ir de mãos vazias. Sob o antigo concerto, os adoradores iam com dádivas próprias. Hoje, os crentes vão com a própria Dádiva de Deus, seu Filho Jesus, como base de aproximação e intimidade dos adoradores com Deus (Comentário Bíblico Beacon. Vol 1. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 259).
CONCLUSÃO
Os filhos de Israel não souberam cultuar a Deus como Ele o requer de cada um de nós. Por isso, deixaram-se contaminar pelo formalismo. Apesar de sua rica e significativa liturgia, adoravam a Deus apenas com os lábios, pois o seu coração achava-se distante do Deus de Abraão (Is 29.13). Então, adoremos a Deus em espírito e em verdade (Jo 4.24). Apresentemos ao Senhor o nosso culto racional (Rm 12.1-3).

Quando cultuamos verdadeiramente a Deus, sua glória jamais nos faltará (Lv 9.23,24).

PARA REFLETIR
A respeito de "A Beleza e a Glória do Culto Levítico", responda:
• O que é o culto divino?
O culto divino é o serviço amoroso, voluntário e exclusivo que Deus requer de cada uma de suas criaturas morais (anjos e homens), mui particularmente de Israel, no Antigo Testamento, e, agora, da Igreja, para que todos, em todos os lugares e tempos, glorifiquem-no como o Criador, Senhor e Mantenedor de todas as coisas.

• Como era o culto no período de Moisés?
Deus, através de Moisés, entregou ao seu povo leis e instruções para que o seu culto passasse da informalidade a uma etapa mais teológica, litúrgica e congregacional. A partir daí, estabeleceram-se as festividades sagradas como a Páscoa e o Dia da Expiação. Agora, não somente as famílias, mas todo o povo é intimado a cultuar o Senhor.

• Qual a contribuição de Davi ao culto divino?
Até a ascensão de Davi, como rei de Israel, a música não era utilizada no culto divino. O cântico de Miriã e o de Débora constituíam manifestações espontâneas que precederam a inserção da música na Liturgia do Santo Templo. Mas, com o rei Davi, que também era profeta, salmista e músico, a celebração oficial ao Senhor foi enriquecida com a formação de coros e instrumentos musicais. Buscando sempre a excelência do culto divino, o rei Davi inventou e fabricou diversos instrumentos musicais.

• Cite os elementos do culto levítico.
Os elementos são: sacrifícios, os cânticos, a exposição da Palavra e a bênção.

• Quais os objetivos do culto levítico?
Adorar a Deus, reafirmar as alianças divinas, professar o credo mosaico e aguardar o Messias.