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20 de março de 2017

Lição 13- Uma Vida de Frutificação


Classe: de Adultos
26 de Março de 2017
Lições Bíblicas CPAD – Revista do Professor

Texto Áureo
Toda vara em mim que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. (Jo 15.2)
Verdade Prática

O crente só terá uma vida frutífera se estiver ligado à Videira Verdadeira, Jesus Cristo.
LEITURA DIÁRIA

Segunda – Rm 6.22: Fruto para santificação
Terça – 2Co 9.10: Deus dá a semente
Quarta – Hb 12.11: O fruto pacífico de justiça
Quinta – Mt 12.33: As árvores e seus frutos
Sexta – Jo 15.16: Nomeados para dar frutos
Sábado – Tg 5.7: Paciência para esperar o fruto
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 15.1- 16
1 EU sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador.
2 Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto.
3 Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado.
4 Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim.
5 Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.
6 Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem.
HINOS SUGERIDOS: 145,254,363 DA HARPA CRISTÃ
OBJETIVO GERAL
Explicar que o crente só terá uma vida frutífera se estiver ligado à Videira Verdadeira.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I. Compreender a singularidade da videira e seus ramos;
II. Mostrar o fundamento da frutificação espiritual;
III. Explicar que fomos chamados para frutificar.
• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Graças a Deus por mais um trimestre concluído. Com certeza você e seus alunos estão experimentando um tempo de frutificação. Fomos chamados pelo Pai para produzirmos bons frutos afim de que o nome dEle seja glorificado. Os dons espirituais são importantes para o crente, mas estes precisam ser acompanhados do fruto, pois o fruto está relacionado ao caráter de Cristo em nós. Ele evidencia a nossa comunhão com o Pai e o quanto temos aprendido com Ele. Ore por seus alunos. Peça ao Senhor que todos possam ter uma vida frutífera até a volta de Jesus Cristo.

INTRODUÇÃO
Nesta última lição do trimestre, estudaremos a respeito da frutificação na vida do crente. Você tem produzido o fruto do Espírito? Precisamos frutificar! Por isso, necessitamos estar Ligados à Videira Verdadeira. É Cristo em nós que nos permite produzir o fruto do Espírito. Sem Ele nada podemos  (Jo 15.4). O propósito de uma vida frutífera é tão somente glorificar o Pai (Jo 15-8).
PONTO CENTRAL
O crente precisa frutificar.

I - A VIDEIRA E SEUS RAMOS

1. A parábola da vinha.
No texto da Leitura Bíblica em Classe, encontramos uma parábola, ou alegoria, a respeito da videira. A videira é o próprio Senhor Jesus Cristo e os ramos são todos os discípulos de Cristo. Como discípulos precisamos estar ligados à videira para termos uma vida frutífera (Jo 15.1). Como lavrador, o Pai tem cuidado de nós com zelo e amor para que possamos produzir frutos em abundância. Fomos alcançados unicamente pela graça divina, e a única coisa que Ele exige de nós é que venhamos a frutificar.

2. Condição para ser produtivo.
Segundo os agrónomos, a videira leva três anos para dar os primeiros frutos.  As uvas não nascem logo depois da semente germinar no solo. É preciso tempo e muitos cuidados. Na vida espiritual, é preciso discipulado, ensino da Palavra de Deus. Contudo, para ser frutífero é imprescindível estar ligado a Cristo, a Videira Verdadeira. Longe dEle não existe vida, apenas morte. Quando os ramos se afastam da Videira, logo deixam de receber da sua seiva, tornando-se secos e infrutíferos.

3. A poda.
Podar é aparar os ramos que estão atrapalhando o desenvolvimento da planta. A poda ajuda a produzir novos ramos, fazendo com que a produção de frutos seja maior. Na vida espiritual, também somos podados e cuidados pelo Senhor. Ele retira de nós tudo que nos impede de frutificar. Contudo, se depois de cuidados não produzirmos frutos, não resta alternativa a não ser o corte e o descarte no fogo (3o 15.2). Na vinha do Senhor, não há ramos para enfeitar, todos precisam ser frutíferos.
SÍNTESE DO TÓPICO l
Para frutificar, precisamos estar ligados à Videira.

SUBSÍDIO DIDÁTICO
A poda dos ramos (Jo 15.1-10)
Eu sou a videira, e meu Pai é o lavrador. Neste versículo, “eu” e “ verdadeira” em grego são enfáticos. Assim, em contraste com os outros (os líderes religiosos) que reivindicam ser parte do povo de Deus, Jesus e seus seguidores emergem como seu verdadeiro povo. Isto enfatiza sua singularidade como caminho para Deus.

No versículo 2, surge o assunto desta seção: a santificação. A palavra que a expressa é o verbo limpar (cortar, desbastar, podar). Esta palavra pertence ao aspecto religioso de “ tornar santo” ou “ santificar”. O que se resume, então, é uma visão da igreja discutida acima, mas o que fica óbvio é que Deus limpa o crente; e esta alegria da vinha apropriadamente expressa isso. Também deve ser observado que a santificação é um processo normal no discipulado. O propósito da poda é aumentar a frutificação.
Os versículos 3 e 5 falam da união de Jesus e os crentes em termos figurativos dos ramos e dos tronco.

Jesus expressa o fato dessa união de palavras: 'Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado' (v. 3). Mas resultado dessa união é o processo de crescimento — em termos figurativos: dar frutos. Considerando que um ramo não pode dar frutos a menos que esteja ligado ao tronco (a pessoa tem que permanecer em Cristo), o fruto tem um significado certo. No contexto dos capítulos 13 a 17, o fruto é o amor, característica fundamental de Deus. Para poder viver como Deus, a pessoa tem de nascer de novo e segui-lo. Este amor tem de ser desenvolvido pelo 'processo da poda' (Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 4.ed. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 586).

CONHEÇA MAIS
Sendo produtivos
"Uma videira que produz muito fruto glorifica a Deus, pois Ele envia diariamente a luz do sol e a chuva para fazer crescer as colheitas, e nutre constantemente cada planta, preparando-a para florescer. Que momento de glória será para o Senhor quando a colheita for trazida aos celeiros, madura e pronta para usar! Ele fez isto acontecer! Esta analogia agrícola mostra como Deus é glorificado quando estamos em um relacionamento correto com Ele e começamos a 'dar muito fruto' em nossas vidas." Para conhecer mais, leia Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal, CPAD, p. 578.

II – FUNDAMENTO DA FRUTIFICAÇÃO ESPIRITUAL

1. Firmados no amor de Cristo.
O amor é o fruto excelente (Gl 5.22). Fomos alcançados pela graça e o amor de Cristo (Rm 3.24). A graça divina, além de destruir os pecados, enxerta em nós a semente do amor. O amor nos ajuda a vencer os efeitos da arrogância, o egoísmo e a incredulidade.

Cristo é o nosso exemplo por excelência de amor altruísta. Ele se sacrificou pelos pecadores (Jo 3.16). O que nos identifica como discípulos de Jesus é o amor. O amor nos leva a servir ao nosso próximo e esse servir é sem interesses ou vantagens materiais.
2. Por que o amor é a base da frutificação?
Porque ele é o alicerce de todas as virtudes (1Co 13-13). Não podemos nos esquecer que o amor deve ser revelado em atitudes. Não adianta dizer que ama e tem fé se não tiver as boas obras (Tg 2.14). A fé sem obras e sem amor é morta (Tg 2.17, 26). O amor precisa ser visto mediante as nossas obras. Existem muitas pessoas carentes e necessitadas que precisam do nosso amor e ajuda.

3. Cheios do Espírito e de amor.
O amor é gerado em nossos corações pela ação do Espírito Santo. Não podemos nos esquecer que somos templo, habitação do Consolador. Esta virtude era uma das características mais marcantes da Igreja Primitiva. Por quê? Porque todos ali eram cheios do Espírito. O amor fazia com que repartissem seus bens: "Não havia, pois, entre eles necessitado algum [...]" (At 4.34). Levava também os crentes a amarem, mesmo sofrendo perseguição e morte (At 7.60).
SÍNTESE DO TÓPICO II
O fundamento da f ratificação espiritual está em ser cheio do Espírito Santo e de amor.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
O princípio da frutificação está revelado no primeiro capítulo de Génesis (Gn 1.1). Note que a lei agrária estabelecida por Deus determina que cada planta e árvore produza fruto segundo a sua espécie.

A frutificação espiritual segue o mesmo princípio. 3oão Batista, o precursor do Messias, exigiu dos seus convertidos: 'Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento' (Mt 3.8). Em João 15.1-16, Jesus enfatizou este princípio deixando claro aos seus seguidores que para darem fruto exuberante para Deus, necessário é que antes cresçam em Cristo e nisso perseverem seguindo os ensinos da Palavra de Deus. Boas condições de crescimento e desenvolvimento da planta no reino vegetal, sem esquecer  da  boa saúde da semente e do meio ambiente ideal e da limpeza, são elementos indispensáveis para a boa frutificação. É também o que ocorre no reino espiritual, na vida do crente, na Igreja, para que haja em todos nós fruto abundante para Deus.

De que tipo de fruto Jesus estava falando em João 15.1-16? A resposta nos é dada em Gaiatas 5.22; 'O fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança'. Em outras palavras, o fruto do Espírito é no crente a existência de um caráter semelhante a Cristo; um caráter que testemunha de Jesus e que o revela em seu viver diário. É a breve vida de Cristo manifesta no cristão. Como é que o povo à nossa volta está vendo Cristo em nós? Em família, no emprego, nas viagens, na escola, na igreja, nos relacionamentos pessoais, nos tratos, no lazer, no porte em geral, na vida cristã?" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 1723).

III - CHAMADOS PARA FRUTIFICAR

1. Revestidos de amor.
Em Colossenses 3.12, Paulo orienta os crentes para que se vistam de misericórdia, benignidade, mansidão e longanimidade. Busquemos "as coisa que são de cima" (Cl 3-1,2). Suas atitudes devem refletir tal verdade. Mediante a fé no sacrifício de Cristo, já retiramos a "roupa velha", nossos trapos de imundícia, que é a natureza pecaminosa.

O amor, fruto do Espírito, em nossa vida nos conduz:
a) A frutificar em nosso relacionamento espiritual.
Passamos a experimentar uma maior comunhão como o Pai mediante a oração, o jejum e a leitura a Palavra de Deus.
           
b) A ter um relacionamento conjugal frutífero.
Se amarmos a Deus amamos também o nosso cônjuge como um amor altruísta. Amar a esposa é um princípio Divino para os maridos: “ Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela (Ef 5.25).

2. Se a Palavra estiver nós.
Só é possível frutificar  se  Cristo e suas palavras estiverem plantados em nós. Essa  também é a condição para que as nossas orações sejam ouvidas e respondidas (Jo 15.7). É por intermédio das Palavras de Jesus, ou seja, por meio de seus ensinamentos, que podemos orar corretamente, segundo a vontade do Pai. As palavras de Jesus fazem com que nos tornar semelhantes a Ele.

3. Cumprindo a Lei.
Na Epístola ao Romanos, Paulo trata com profundidade a respeito da lei. Ele mostra que somente o que ama tem condições de cumprir a lei:"[...] quem ama aos outros cumpriu a lei" (Rm 13.8). O apóstolo também exorta os crentes, afirmando que "o cumprimento da lei é o amor" (Rm 13.10). O amor de Cristo, em nós, nos ajuda a observar os mandamentos e princípios divinos para a nossa vida.
SÍNTESE DO TÓPICO III
Fomos chamados do mundo para frutificar para a glória de Deus.

SUBSÍDIO DIDÁTICO
Copie no quadro o esquema abaixo. Depois faça aos alunos a seguinte pergunta: "Qual o propósito da frutificação na vida do crente?" Incentive a participação de todos e ouça as respostas dos alunos. Explique que no Reino de Deus tudo tem um propósito. Em relação ao fruto do Espírito Santo não é diferente. Em seguida, utilize o quadro para mostrar os reais propósitos da frutificação espiritual.

O PROPÓSITO DA PURIFICAÇÃO
1. A purificação é uma expressão da vida de Cristo.
2. A purificação é evidência do discipulado.
3. A purificação abençoa outras pessoas.
4. A purificação traz glória a Deus.

CONCLUSÃO
O amor de Deus por nós é singular. Quando experimentamos desse amor somos transformados e, então, passamos a produzir o fruto do Espírito. Que venhamos a frutificar em todas as áreas da nossa vida, a fim de que o nome de Jesus, o nosso amado, seja glorificado e exaltado.

PARA REFLETIR
A respeito de uma vida de frutificação, responda:
• O que é preciso para o crente frutificar?
Ele precisa estar ligado à Videira Verdadeira- É Cristo em nós que nos permite produzir o fruto do Espírito. Sem Ele nada podemos (Jo 15.4).
• Qual o propósito de uma vida frutífera?
O propósito de uma vida frutífera é tão somente glorificar o Pai (Jo 15.8).
• No texto de João 15 quem é a videira? Quem são os ramos?
A videira é o próprio Senhor Jesus Cristo e os ramos são todos os discípulos de Cristo.
• O que significa podar?
Podar é aparar os ramos que estão atrapalhando o desenvolvimento da planta.
• Quem é o nosso exemplo perfeito de amor?
Jesus Cristo.

Fonte: Lições Bíblicas de Adultos – CPAD, 1° TRIMESTRE DE 2017
Divulgação:http://escolabiblicadominicalbr.blogspot.com.br/

14 de março de 2017

Lição 12 - Quem Ama Cumpre plenamente a Lei Divina


Classe: de Adultos
19 de Março de 2017
Lições Bíblicas CPAD – Revista do Professor

Texto Áureo
"A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei" (Rm 13.8).
Verdade Prática
Amar a Deus e ao próximo é cumprir plenamente a lei divina.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Mt 22.39: O amor altruísta
Terça – Jo 13.35: O amor é a prova do discipulado
Quarta – Rm 12.9: O amor precisa ser sincero
Quinta – 1Ts 3.12: O amor precisa ser abundante
Sexta – 1Pe 1.22: O amor precisa ser fervoroso
Sábado – Jo 15.9: Permanecendo no amor do Pai

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 12.8 - 14
8 Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.
9 O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem.
10 Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.
11 Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor;
12 Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração;
13 Comunicai com os santos nas suas necessidades, segui a hospitalidade;
14 Abençoai aos que vos perseguem, abençoai, e não amaldiçoeis.

HINOS SUGERIDOS:145,254,363 DA HARPA CRISTÃ
OBJETIVO GERAL
Explicar que amar a Deus e ao próximo é cumprir plenamente a lei divina.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I. Compreender a singularidade do amor ágape;
II. Mostrar que precisamos amar a Deus e ao próximo;
III. Explicar que sob a tutela do amor, devemos rejeitar as obras das trevas.
• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Estamos nos aproximando do término do trimestre. Esperamos que você e seus alunos tenham produzido muitos frutos, nesse período, para a glória de Deus. O crente precisa ter uma vida frutífera. Na lição de hoje estudaremos o amor como fruto do Espírito. Sem esse fruto é impossível ser manso, paciente, longânimo, etc, ou seja, todos os outros frutos dependem dele. Uma das características mais marcantes do crente é o amor. Deus é amor e quem não ama, não o conhece.  Quem ama a Deus ama também o próximo, cumprindo então a lei divina.

INTRODUÇÃO
Já estudamos alguns aspectos do fruto do Espírito e obras da carne, Deixemos para tratar a respeito do amor em uma única lição, pois o objetivo  é que venhamos compreender a singularidade e a importância desse aspecto do fruto do Espírito.
Podemos agrupar os nove aspectos do fruto do Espírito Santo da seguinte maneira: Os atributos que tratam do nosso com Deus: amor, paz e alegria.
Os que tratam do nosso relacionamento com o próximo: longanimidade, benignidade e bondade.
Os que tratam do nosso relacionamento nós mesmos: fidelidade, mansidão  e domínio próprio. Porém, nesta lição, veremos o aspecto do amor. A maior marca de uma igreja não é sua teologia, seu templo, tradições, mas sim o seu amor para com o Senhor Jesus e para com o próximo.

I – A SINGULARIDADE DO AMOR AGÁPE

1. Amor, um aspecto do fruto.
O amor é o primeiro aspecto do fruto que encontramos na relação de Gálatas 5.22. Podemos afirmar que tal sentimento é o solo onde os demais aspectos do fruto devem ser cultivados. Paulo relata a suprema excelência do amor em l Coríntios 13. A Língua grega possui três vocábulos para denominar o amor:ágape, amor divino; philéo, amor entre amigos e eros, amor entre cônjuges.

2. O amor ágape.
O amor de Deus é expresso no grego pela palavra ágape. Tal vocábulo significa "amor abnegado e profundo". Um dos atributos do nosso Deus é o amor (1Jo 4.8). Seu amor por nós é ímpar. Não podemos nos esquecer que hoje amamos ao Pai e ao próximo porque o amor divino nos alcançou primeiro: "Nós o amamos porque ele nos amou primeiro" (1Jo 4.19). O que fizemos para merecer tal amor? Nós não fizemos nada. O mérito de tal sentimento não é nosso. Mas Ele nos amou quando éramos ingratos e maus e nos deu o seu Filho Unigénito para morrer em nosso lugar (Jo 3.16).

3. O amor ágape derramado em nós.
Quando recebemos, pela fé, o Senhor Jesus, nos tornamos uma nova criatura (Jo 3.3). E, assim, foi-nos enxertado o amor que é a essência do Pai. Se somos discípulos de Cristo, amamos ao Pai e ao próximo. O amor de Deus em nós nos proporciono; paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança (G15.22). Quem tem o amor de Deus considera o próximo e está sempre disposto a servir a todos, assim como o nosso Mestre (Mc 10.45).
SÍNTESE DO TÓPICO l
O amor de Deus, o amor ágape, é singular.

SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, inicie o primeiro tópico da lição fazendo a seguinte indagação: "Quais são as três dimensões do amor ágape?" Ouça os alunos e incentive a participação de todos para que aula se torne dinâmica. Em seguida, desenhe no quadro duas linhas: uma vertical e uma horizontal. Depois desenhe um ponto. A seguir explique que o amor divino possui três dimensões:
(1) A dimensão vertical (aponte para a linha vertical). Diga que é o amor em direção a Deus.
(2) Dimensão horizontal (aponte para a linha horizontal). Fale que é amor em direção ao nosso semelhante.
(3) Dimensão interior (mostre o ponto). É o amor em direção a nós mesmos. Diga que se conseguirmos cumprir essas três dimensões, cumprimos toda a lei. Para concluir, peça que um aluno leia Lucas 10.27: "Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo." Explique que como crentes precisamos viver esses três aspectos.

II - AMAR A DEUS E AO PRÓXIMO

1. O amor a Deus.
O amor de Deus por nós é altruísta, abnegado e impar. E a única coisa que Ele nos pede é que também venhamos a amá-lo com todo o nosso coração: [...] "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração [...]" (Mt 22.37). Como podemos expressar nosso amor a Deus? De diferentes formas: sendo fiéis em nossos dízimos e ofertas, louvores, orações, lendo a Bíblia, etc. Mas a melhor maneira de expressar nosso amor a Deus é abandonar o pecado e procurar ter uma vida santa. Quem ama a Deus não tem prazer na prática do pecado. Quem se encanta com o pecado não ama ao Senhor e nunca o conheceu. Por isso, Jesus afirmou que muitos dirão naquele Dia: "Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demónios? (Mt 7.22). A resposta do Senhor para estes é apenas uma: [...] "Nunca vós conheci [...]" (Mt 7.23).

2. O amor a si mesmo.
Amar a si mesmo pode parecer narcisismo, mas não é. Pois se você não se amar e aceitar-se, como poderá amar a Deus? Amar a si mesmo é acima de tudo um mandamento divino:"[...] Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Mt 24.9). Certamente não gostamos das nossas falhas e imperfeições. Não somos perfeitos, mas precisamos colocar diante do Senhor tudo o que somos para que Ele venha nos transformar.

3. O amor ao próximo.
Para amar o próximo com o amor ágape é preciso amar a Deus primeiramente. O apóstolo João diz que Deus é amor, quem não ama, jamais o conheceu (l1Jo 4.7,8,12,20). Certa vez, um fariseu perguntou a Jesus qual era o grande mandamento da Lei. Então, o Mestre ensinou que amar ao Senhor de todo o coração e ao próximo é um resumo de todos os mandamentos (Mt 22.37-40). É importante ressaltar que amor não é somente sentimento, mas ação. Não basta amar somente de palavras.
O amor como fruto do Espírito faz faz que eu queira para os outros aquilo que desejo para mim. Faz com que eu tenha prazer em doar meu tempo, meus dons e talentos para o bem do próximo.
SÍNTESE DO TÓPICO II
Quem ama a Deus ama o próximo.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Amor fraternal (philia)
Como visto em 2 Pedro 1.7, há um segundo tipo de amor, o qual é chamado amor fraternal ou bondade fraterna. Este amor é amizade, um amor humano que é limitado. Amamos se somos amados.
Lucas 6.23 diz: 'Se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? Também os pecadores amam aos que os amam'. A bondade ou amizade fraterna é essencial nas relações humanas, mas é inferior ao amor ágape, porque depende de uma recíproca; quer dizer, somos amigáveis e amorosos com aqueles que são amigáveis e amorosos conosco (GILBERTO, António. O Fruto do Espírito: A Plenitude de Cristo na vido do crente, 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 36).

Todos os que se dedicam a Jesus Cristo pela fé, também devem dedicar mútuo amor uns aos outros, como irmãos em Cristo (1Ts 4.9,10), com afeição sincera, bondosa e terna. Devemos preocupar-nos com o bem-estar, as necessidades e a condição espiritual dos nossos irmãos, sendo solidários e assistindo-os nas suas tristezas e problemas. Devemos referir-nos em honra uns aos outros, devemos estar dispostos a respeitar e honrar as boas qualidades dos outros crentes (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 1723).

CONHEÇA MAIS
Lei e amor
Toda a lei cumpre-se numa só palavra, nesta: 'Amarás teu próximo como a ti mesmo (5.14).' Este tema é desenvolvido em Romanos 13.8-10. O que Paulo quer dizer em cada passagem é que tanto o amor quanto a Lei estão relacionados com a justiça. Elas não estão em conflito a este respeito." Para conhecer mais, Leia Comentário Histórico-Cultura do Novo Testamento, CPAD, p. 412.

III - SOB A TUTELA DO AMOR, REJEITEMOS AS OBRAS DAS TREVAS

1. Debaixo da tutela do amor.
O que é uma tutela? A tutela é um "encargo jurídico de vetar por, representar na vida civil e administrar os bens de menor, interdito ou pessoa desaparecida". Logo, ter um tutor significa ter alguém para amparar, defender e proteger. Fora da tutela do amor ágape, amor divino, o crente pode voltar à prática das velhas obras infrutuosas da carne. Sem o amor de Deus, em nós, somos capazes de amar mais as trevas que a luz (Jo 3.19).

2. Amor, antídoto contra o pecado.
Quem ama não trai o seu cônjuge, não mata, não rouba, não cobiça, não dá falso testemunho, ou seja, não faz nada que possa desagradar ao Pai Celeste. Se quisermos evitar as obras da carne, precisamos nos encher do Espírito Santo e do seu amor (Ef 5.18). O amor nos faz agir de modo cortez e paciente, demonstrando ao mundo que somos discípulos de Cristo (Jo 13.35).

3- O amor leva à obediência.
O amor, fruto do Espírito, não é um mero sentimento. Amar envolve ação, atitude (1Jo 3.18). O que torna uma igreja forte não são seus recursos financeiros, seus líderes ou o número de membros, mas o amor revelado em atitudes e palavras. Quem ama tem prazer em ouvir e obedecer a Palavra de Deus: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra. [...] Quem não me ama não guarda as minhas palavras" (Jo 14.23,24). Quem ama obedece e vive de modo a agradar o Pai.
SÍNTESE DO TÓPICO III
Sob a tutela do amor, temos condição para rejeitar as obras das trevas.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Romanos 13.10
Pratica-se o amor não somente por mandamentos positivos (Rm 12.9-21; 1Co 13.4,6,7), mas também por negativos. Todos os mandamentos mencionados aqui são negativos na sua forma (v, 9; 1Co 13.4-6).
(1) O amor é positivo, e ao mesmo tempo é negativo, pelo fato da propensão humana para o mal, o egoísmo e a crueldade. Oito dos dez mandamentos da Lei são negativos, porque o mal surge naturalmente e o bem, não. A primeira evidência do amor cristão é apartarmos do pecado e de tudo aquilo que causa dano e tristeza ao próximo.
(2) A ideia de que a ética cristã deve ser novamente positiva é uma falácia baseada nas ideias da presente sociedade, que procura esquivar-se das proibições que refreiam os desejos descontrolados da carne (Gl 5.19-21) (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 1723).

CONCLUSÃO
Como nova criatura, você precisa amar e evidenciar esse amor mediante suas atitudes e palavras. Que venhamos rogar ao Pai um coração amoroso, capaz de amar até mesmo aqueles que se declaram nossos inimigos (Mt 5.44).

PARA REFLETIR
A respeito de quem ama cumpre plenamente a lei divina, responda:
* Qual é o primeiro fruto que encontramos na relação de Gaiatas 5.22?
O amor.
* Cito três vocábulos da língua grega para denominar o amor.
Agápe, amor divino, philéo, amor entre amigos e eros, amor entre cônjuges
* O que significa o amor ágape?
Tal vocábulo significa" amor abnegado e profundo".
* O que o amor de Deus em nós proporciona?
Ele faz como que venhamos obedecer a Deus.
* Nossa obediência a Deus e a sua Palavra é resultado de quê?
É o resultado do amor altruísta do Pai em nós.

Fonte: Lições Bíblicas de Adultos – CPAD, 1° TRIMESTRE DE 2017
Divulgação: http://escolabiblicadominicalbr.blogspot.com.br

6 de março de 2017

Lição 11 - Vivendo de Forma Moderada


12 de Março de 2017
Lições Bíblicas CPAD – Revista do Professor

Texto Áureo
"Melhor é o longânimo do que o valente, e o que governa o seu espirito do que o que toma uma cidade."(Pv 16.32)
Verdade Prática

A temperança ajuda o crente a ser moderado em todas as áreas e circunstâncias da vida.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Rm 6.12: Temperança sobre o corpo
Terça – Tg 3.2: Temperança sobre a língua
Quarta – 2Pe 11.5,6: Temperança e domínio próprio
Quinta  - Pv 23,2: Temperança na alimentação
Sexta – Tt 2.2: Temperança na terceira idade
Sábado- Gl 5.22: Temperança, fruto do Espírito

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1João 2.12 - 17
12 Filhinhos, escrevo-vos, porque pelo seu nome vos são perdoados os pecados.
13 Pais, escrevo-vos, porque conhecestes aquele que é desde o princípio. Jovens, escrevo-vos, porque vencestes o maligno. Eu vos escrevi, filhos, porque conhecestes o Pai.
14 Eu vos escrevi, pais, porque já conhecestes aquele que é desde o princípio. Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus está em vós, e já vencestes o maligno.
15 Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.
16 Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.
17 E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.

OBJETIVO GERAL
Mostrar que a temperança ajuda o crente a ser moderado em todas as circunstâncias.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
I. Saber que a temperança nos ajuda a ter o domínio das inclinações carnais;
II. Mostrar que a prostituição e a glutonaria são um descontrole da natureza humana;
III. Compreender que o crente precisa viver em santidade, deixando os excessos.
• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Na lição de hoje estudaremos a temperança, fruto do Espírito, em contraposição a prostituição e a glutonaria, obras da carne. Como crentes precisamos ter uma vida moderada, equilibrada e santa. A prostituição e a glutonaria são um pecado contra o nosso corpo, que é morada do Espírito Santo. Tudo que agride o nosso corpo é pecado, pois fere e macula a morada de Deus. Jamais podemos nos esquecer que o nosso corpo é habitação do Espírito Santo, por isso, precisamos cuidar bem dele evitando tudo que possa manchá-lo e fazê-lo adoecer.

INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos que o crente deve ser livre de qualquer intemperança. Ele precisa ter o fruto do Espírito Santo, vivendo com equilíbrio, em tudo sendo moderado a fim de que o nome do Senhor seja exaltado mediante suas ações. Estudaremos a temperança como um dos aspectos do fruto do Espírito em oposição à glutonaria e à prostituição.

I. TEMPERANÇA, O DOMÍNIO DAS INCLINAÇÕES CARNAIS

1. Vivendo de modo sóbrio.
Podemos comparar o crente que vive segundo a carne, dominado pela velha natureza, a um vulcão ativo que está sempre prestes a entrar em erupção. O que o vulcão lança de seu interior? Gases venenosos, lava incandescente e fogo. A erupção pode devastar cidades inteiras e fazer milhares de vítimas. Assim é o crente que não tem o fruto do Espírito. Do seu interior, procede somente aquilo que é mau (Lc 6.45). Precisamos ser comedidos em nossas palavras e atitudes, procurando ser cheios do Espírito Santo diariamente (Ef 5.18). Fomos salvos pela graça divina e essa graça nos ensina a rejeitar as obras da carne e a vivermos de modo sóbrio, justo e piedoso (Tt 2.11).

No grego, a palavra temperança é enkráteia, que significa autocontrole, disciplina (2 Pe 1.6; Tt 1.8). Este vocábulo é também utilizado por Paulo para tratar a respeito da pureza sexual (1Co 7.9). Já em 1Coríntios 9-25, ele é empregado para destacar a disciplina de um atleta. Paulo desejava que os crentes entendessem que é o Espírito Santo que nos ajuda a ser disciplinados e comedidos. Com a ajuda de Deus, Paulo tinha suas vontades e desejos em sujeição (1Co 9.27). Talvez você pense que as palavras mansidão e temperança sejam sinónimas, porém existe diferença entre elas. Mansidão é saber se controlar em um momento de ira, ou irar-se no momento certo. Já a temperança está relacionada à questão do impulso sexual, glutonaria e às questões da carne.
PONTO CENTRAL
O crente precisa viver de modo moderado.

2. Temperança e qualidade de vida.
Temperança significa ter controle sobre seus desejos e atitudes. Quem tem temperança tem qualidade de vida. Deus não proíbe você de comer, beber e ter uma vida de conforto e felicidade. Contudo, Ele deseja que vivamos de modo sóbrio e equilibrado. Uma pessoa que tem domínio próprio sabe se controlar em toda e qualquer situação. Por não terem a temperança como fruto do Espírito, muitos estão vivendo sem pudor, cometendo toda a sorte de excessos, envergonhando o nome de Cristo e a Igreja do Senhor.  Sabemos que o que é nascido da carne é carne, mas o que é nascido do Espírito é espírito, logo vive de modo equilibrado e não tem prazer nas concupiscências desse mundo (Jo 3.6). Precisamos diariamente nos encher rio Espírito Santo para não cumprirmos os desejos da carne (Gl 5.16). As obras da carne são conhecidas, e sua mortificação só é possível quando somos completamente dominados pelo poder do Espírito Santo.

3. A temperança na vida de Cristo.
Jesus se fez homem e habitou entre nós (Jo 1.14), mas Ele não pecou e jamais experimentou as obras da carne. Jesus era cheio do Espírito Santo (Lc 4.18), razão pela qual pôde venceras as tentações carne, do mundo e do Diabo (Hb 4.15). A velha natureza deseja o que é desse mundo: comida, bebida e prazeres pecaminosos. Porém, quando vivemos orientados e guiados pelo Espírito, somos equilibrados e não deixamos que as paixões carnais nos vençam.
SÍNTESE DO TÓPICO l
A temperança, fruto do Espírito, nos ajuda a termos domínio contra as inclinações carnais.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
A palavra grega egkrateia significa 'temperança' ou 'domínio próprio' até sobre paixões sensuais. Inclui, portanto, a castidade. Essa ênfase não aparece nos textos de Romanos 12 e 1Coríntios 12—14. Por outro lado, o contexto anterior oferece um tratamento completo do assunto. Em Efésios 4-17-22, a vida nova é contrastada nitidamente com a antiga. A imoralidade não tem lugar na vida de uma pessoa que procura ser vaso de bênçãos nas mãos de Deus. Se o viver santo não acompanhar os dons, o nome de Cristo é envergonhado. O ministério verdadeiramente eficaz perde seu impacto. Os milagres talvez continuem durante algum tempo, mas Deus não recebe nenhuma glória. Os milagres não garantem a santidade, porém a santidade é vital para o verdadeiro ministério espiritual (HORTON, Stanley H. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 492).

II - PROSTITUIÇÃO E GLUTONARIA, O DESCONTROLE DA NATUREZA HUMANA

1. Fugi da prostituição.
O vocábulo prostituição no grego é porneia e significa imoralidade, relações sexuais ilícitas. Como novas criaturas, precisamos abster-nos da prostituição e de todo o tipo de infidelidade conjugal. Vivemos em uma sociedade que aceita e propaga o sexo antibíblico e profano. Não podemos nos conformar com esse mundo e não podemos jamais esquecer de que devemos ser "sal" e "luz" neste mundo (Mt 5.13-16; Rm 12.2).

2. A disciplina em casos de prostituição.
Paulo teve sérios problemas com a imoralidade na igreja em Corinto (1Co 5.1). Um dos crentes estava mantendo relacionamento sexual com sua madrasta. O apóstolo tratou esse caso de imoralidade com seriedade e temor. O pecado precisa de disciplina, pois, caso contrário, haverá a corrupção generalizada (vv. 6-8). O propósito da disciplina não é humilhar ou ferir aquele que pecou, mas preservar a pureza moral na igreja. A Palavra de Deus nos adverte a fugir da prostituição: "Fugi da prostituição [...]" (1Co 6.18). Nosso corpo pertence ao Senhor, pois Ele nos criou (1Co 6.13). Que jamais venhamos a usar nossos membros para a prostituição, mas para manifestar a glória de Deus.

3. A glutonaria e seus males.
Glutão é aquele que come em excesso e com voracidade. Tal atitude revela falta de equilíbrio espiritual e emocional. Até mesmo na hora de nos alimentarmos precisamos ter parcimônia.

Enquanto a prostituição é um pecado com o corpo, a glutonaria é um pecado contra o corpo. Salomão adverte aos que comem em excesso (Pv 23.2). Nosso corpo é templo do Espírito Santo, por isso, precisamos cuidar bem dele, tendo uma alimentação saudável e equilibrada (1Co 6.19). Muitos estão enfrentando sérios problemas de saúde porque não foram equilibrados em sua alimentação. Sabemos que a gordura, o sal e o açúcar em excesso trazem sérios prejuízos para a nossa saúde. Porém, muitos continuam a ingerir tais alimentos, mesmo sabendo que trarão sérios prejuízos à saúde. Muitos maltratam o corpo e depois ficam a clamar a Deus por um milagre. Façamos a nossa parte.

SÍNTESE DO TÓPICO II
A prostituição e a glutonaria, obras da velha natureza, são um descontrole da natureza humana.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Prostituição
A Bíblia defende consistente mente a pureza moral e mantém urna posição firme contra a prostituição de qualquer tipo. Várias proibições podem ser encontradas na lei mosaica (Lv 19.29; 21.7,14; Dt 22.21). O livro de Provérbios está repleto de advertências àqueles que desejam procurar prostituías. Os mesmos riscos eram enfrentados pelos crentes do Novo Testamento, pois vários cultos da fertilidade ainda prevaleciam no Império Romano e o aspecto geral da moralidade no primeiro século era bastante baixo. A proibição contra a prostituição era incluída nas proibições gerais sobre os relacionamentos sexuais ilícitos, claramente expressas no Novo Testamento (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro; CPAD, 2009, p. 1254).

Glutonaria
"Truphe, 'luxo, suntuosidade, afetação, diversão, festança, folia', é encontrado em 2 Pe 2.13 ('deleites', literalmente, 'contando se divertir no o prazer'). Em Lucas 7.25, é usada com  preposição em, 'em', e traduzido
por delícias'.

Komos, 'divertimento, folia, pândega, orgia', a concomitância e consequências da bebedeira, é traduzido no plural em Romanos 13.13; Gl 5.21 e 1Pe 4.3 (glutonarias).

Gaster (glutão) denota "barriga. É usado em  Tito 1.12, com o adjetivo argos ‘ocioso’, preguiçoso', metaforicamente, para significar glutão; em outro lugar ocorre em Lucas 1.31.

Ill  - VIVENDO EM SANTIFICAÇÃO E DEIXANDO OS EXCESSOS

1. Agradando a Deus em tudo.
Pela graça de Jesus, somos salvos e já experimentamos a regeneração. Como novas criaturas, precisamos viver de modo a agradar ao Senhor. Seja santo na sua maneira de vestir, falar, comer, em seus relacionamentos, etc. Quem ama a Deus, deseja agradá-lo em tudo e tem prazer cm cumprir a sua lei.
A Bíblia diz que nos últimos dias, por aumentar a iniquidade, o amor de muitos esfriaria (Mt 24.12). É o que temos visto. Falta amor genuíno para com o Pai e, logo, também falta santidade, moderação e bom senso.

2. Santificação.
Que venhamos abandonar o pecado e buscar a santificação, pois sem ela não poderemos ver ao Senhor (Hb 12.14). Quando falamos em pecado, em geral, as pessoas pensam logo em adultério, homossexualismo e roubo. Mas pecado significa tudo o que não agrada a Deus. O Senhor deseja que tenhamos uma vida santa, produzindo o fruto do Espírito. Vida santa significa honrar o próprio corpo, evitando os pecados sexuais: "Que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra" (1Ts 4.4). É importante ressaltar que "vaso" neste contexto significa o corpo do crente. O sexo entre os cônjuges não é pecado, mas precisamos compreender que nossos corpos são santos. Marido e a esposa precisam respeitar um ao outro e cuidar um do outro.

3. Deixando os excessos.
Viver de maneira que agrade a Deus é difícil, mas é possível. É possível porque não estamos sozinhos. O Espírito Santo, que habita em nós, deseja nos ajudar a abandonar todo excesso e todo o pecado. Ele nos ajuda a ter uma vida equilibrada, sadia e santa.
SÍNTESE DO TÓPICO III
Precisamos viver em santidade, deixando os excessos, em todas as áreas da nossa vida, de lado.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Embora vivessem numa sociedade onde o pecado sexual era comum e aceitável, os apóstolos não transigiam com a verdade e a santidade de Deus. Não rebaixaram os padrões morais para acomodá-los às ideias e tendências daquela sociedade. Sempre que se deparavam com baixo padrões morais em alguma igreja ( Ap 2.14,15,20), repreendiam-na e procuravam corrigi-la. Considerando padrões a baixa moralidade que prevalece em nossos dias, precisamos de dirigentes do tipo dos apóstolos, para conclamar a igreja a obedecer aos padrões divinos de retidão (Bíblia de Estudo Pentecostal, Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 1847).
CONCLUSÃO
A temperança, como fruto do Espírito Santo, nos ajuda a ter uma vida disciplinada e feliz. Que venhamos ser cheios do Espírito, aprendendo com Ele a disciplina espiritual em todas as áreas de nossa vida.

PARA REFLETIR
A respeito de vivendo de forma moderada, responda:
• De acordo com a lição, como devemos viver?
Devemos viver de modo sóbrio, santo.
• Qual a palavra utilizada no grego para temperança e qual o seu significado?
No grego, a palavra temperança é enkráteia, que significa autocontrole, disciplina.
• Qual a diferença entre mansidão e temperança?
Mansidão é saber se controlar em um momento de ira, ou irar-se no momento certo. Já a temperança está relacionada à questão do impulso sexual, glutonaria e as questões da carne.
• Qual a recomendação de Salomão para o glutão?
"E põe uma faca à tua garganta, se és homem glutão" (Pv 23.2).
• Relacione alguns males da glutonaria.
É obra da carne, pecado contra Deus. Pode causar obesidade, hipertensão, diabetes, etc.

Fonte: Lições Bíblicas de Adultos – CPAD, 1° TRIMESTRE DE 2017
Divulgação: http://escolabiblicadominicalbr.blogspot.com.br