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8 de julho de 2018

Lição 13 - Ética Cristã e Redes Sociais


TEXTO ÁUREO
"Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma." (1Co 6.12)
VERDADE PRÁTICA
As redes sociais são um fenômeno que integra a sociedade, porém, os relacionamentos virtuais não podem substituir a relação interpessoal, principalmente, a comunhão cristã.
LEITURA DIÁRIA
Seg. Is 5.20,21: As Escrituras advertem aos que são sábios aos próprios olhos
Ter. Jr 6.13,14: O perigo de uma vida de aparências e de autoenganos
Qua. Ec 1.2: A Palavra de Deus lembra a efemeridade da vida
Qui. 2Tm 2.22: O apóstolo estimula o cristão a fugir das paixões da mocidade
Sex. 1Co 9.22: Todo esforço é necessário para alcançar as vidas sem Deus
Sab. 1Co 1.23,24: A poderosa mensagem do Evangelho é anunciar a cruz de Cristo 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Provérbios 4.10-15
10 Ouve, filho meu, e aceita as minhas palavras, e se multiplicarão os anos da tua vida.
11 No caminho da sabedoria te ensinei, e por veredas de retidão te fiz andar.
12 Por elas andando, não se embaraçarão os teus passos; e se correres não tropeçarás.
13 Apega-te à instrução e não a largues; guarda-a, porque ela é a tua vida.
14 Não entres pela vereda dos ímpios, nem andes no caminho dos maus.
15 Evita-o; não passes por ele; desvia-te dele e passa de largo.

HINOS SUGERIDOS: 71, 88, 108 DA HARPA CRISTÃ
- Apresentar as redes sociais como um fenómeno social;
- Mostrar os perigos das relações descartáveis e as novas tecnologias;
- Discutir o uso das redes sociais para o serviço do Reino de Deus.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Apresentar uma perspectiva bíblica da política;
- Compreender que a separação do Estado da Igreja é uma herança protestante;
- Mostrar como o cristão deve lidar com a política.
• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor (a), como você se relaciona com as redes sociais? Hoje todos estão conectados a elas, mas será este um fenómeno social bom ou ruim? Toda a moeda tem os dois lados e com as redes sociais não é diferente. Existem os pontos positivos e os negativos. Nesta última lição do trimestre vamos refletir, à luz da Palavra de Deus, a respeito do tema. Somos crentes, seja na igreja, no trabalho, em família e nas redes sociais, por isso temos que fazer a diferença e nos comportar com ética e sabedoria para que o nome de Jesus seja exaltado.
INTRODUÇÃO
Devido ao avanço tecnológico, várias mudanças ocorreram na sociedade. A rede mundial de computadores, conhecida como Internet, conecta o mundo todo. Com o surgimento das redes sociais tudo o que acontece é divulgado e comentado instantaneamente. As informações são transmitidas com rapidez surpreendente; mas em contrapartida, vivemos um estágio em que as pessoas se relacionam mais virtual que presencialmente. Nesta lição, veremos o conceito e o perigo das redes sociais, bem como o desafio de a igreja evangelizar as pessoas por meio das novas tecnologias.
PONTO CENTRAL
As cedes sociais são um fenômeno social.

I – REDES SOCIAIS

1. O que é a rede social?
A expressão é usada para uma aplicação da rede mundial de computadores (web), cuja finalidade é conectar e integrar pessoas. Os que aderem a um site de relacionamentos podem conectar-se entre si, criar um perfil, adicionar amigos e conhecidos, enviar mensagens, fazer depoimentos, trocar informações, fotos e vídeos, além de estabelecer vínculos. A rede social moderna surgiu no início do século XXI e viabilizou aos usuários o encontro de amigos do passado e a ampliação do círculo social.

2. Uma oportunidade para o Evangelho.
A Bíblia mostra que o ser humano é por natureza um ser social e gregário (Gn 1.28,29). Tal sociabilidade também se manifesta intensamente na rede social, sendo, por isso mesmo, uma grande e rica oportunidade para se pregar o Evangelho. Uma vez que temos, da parte do Senhor Jesus Cristo, a ordem de levar o Evangelho por todo o mundo (Mt 28.19,20), os contatos que a rede social proporcionam devem ser ocasiões de discipular pessoas, momentos de se falar do amor de Deus bem como oferecer consolo com base na Palavra do Senhor aos desesperançados.

3. O uso da Rede Social.
Como tudo na Internet, bem como nas tecnologias da informação, as redes sociais apresentam não apenas benefícios, mas também podem trazer danos para seus usuários. Lamentavelmente, não são poucos os que dizem professar o nome de Cristo, mas não o honram com seu perfil na rede social. Uns a utilizam como uma fonte de ostentação, outros se envolvem em discussões intermináveis que nenhuma edificação traz. A Bíblia, porém, nos recomenda que devemos evitar tais discussões (Tt 3.9). Tendo "a mente de Cristo" (1Co 2.16b) e cientes de que "todas as coisas" nos "são lícitas", devemos viver o princípio de não permitir que nenhuma delas nos domine (1Co 6.12). Mais do que nunca, devemos usar de discernimento nesse mundo virtual, avaliando todas as coisas sob a ótica cristã.
SÍNTESE DO TÓPICO l

As redes sociais são um fenômeno do nosso tempo, mas precisam ser utilizadas com sabedoria.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"Você consegue imaginar, na atualidade, uma pessoa que não esteja conectada ao Whatsapp, Facebook, Twitter ou instagram? Não conseguimos nem idealizar, pois nunca o acesso as redes sociais foi tão amplo. Entretanto quando o assunto é redes sociais, em geral os crentes ficam preocupados e es opiniões se dividem quanto ao seu uso. Alguns até creem que é pecado. Outros questionam:
O cristão pode utilizar as redes sociais?
Você não vai encontrar na Bíblia nenhum texto bíblico que fale a respeito deste assunto, pois é uma atividade da vida moderna. Por não conhecerem o universo online, muitas pessoas acabam tendo um excesso de zelo, preocupação e enxergam somente os aspectos negativos do mundo virtual.

Houve um tempo que o rádio também foi muito criticado, e algumas igrejas, proibiam seus membros de ouvi-lo. Tudo que é novo assusta, contudo como cristãos devemos evitar todo e qualquer radicalismo, pois o crente deve ser prudente, equilibrado em suas atitudes, palavras e até ponto de vista em relação ao uso das redes sociais não é diferente; precisamos utilizá-las com sabedoria, prudência e equilíbrio. A cada dia o número de brasileiros online vem aumentado e grande parte deste número é de crentes e que frequentam a Escola Dominical.

A questão a ser discutida Hoje pelos professores e alunos da Escola Dominical é mais ampla: Como as pessoas estão se comportando nas redes sociais? Como você se comporta? O problema não são as redes sociais, mas como as pessoas se comportam nelas.

Para o cristão, todas as coisas são lícitas, mas nem tudo é proveitoso ou edificante (1Co 10.23;16.12). Devemos fazer uso do universo online com prudência e discernimento; sejamos cuidadosos e tenhamos limites. Michael Palmer, no livro Panorama do Pensamento Cristão, diz que os cristãos que veem a cultura de mídia de entretenimento têm de aprender a ler essas imagens e rejeitar as que são incompatíveis com os padrões cristãos e a Escritura'. Esse é o problema. Muitos crentes não conseguem fazer essa leitura. Precisam ser ensinados a fazer isso. Será que você faz essa leitura? Ou você ingere tudo sem questionamento? (BUENO, Telma. Adolescentes Vencedores: Vivendo em Sociedade, 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 45).

II - O PERIGO DA RELAÇÃO DESCARTÁVEL E AS NOVAS TECNOLOCIAS
A velocidade da informação e a efemeridade nos relacionamentos virtuais têm provocado sérios danos às relações sociais.

1. A distorção da felicidade.
A Palavra de Deus nos adverte quanto aos que vivem uma vida de dissimulação e se ufanam de si mesmos (Is 5.20,21). A Bíblia mostra que esse é um caminho perigoso. Nas redes sociais, em geral, as pessoas publicam uma vida perfeita e um mundo repleto do felicidades. As redes estimulam a prática narcisista, ou seja, o indivíduo que admira exageradamente a própria imagem e que nutre uma paixão excessiva por si mesmo - a Bíblia condena essa atitude (Mc 12.30,31). Essas pessoas tendem 6 buscar uma felicidade fútil, em meio a fotos montadas e a sorrisos falsos. Muitas vezes é uma vida de "faz de conta". Apresentam o que não ê verdadeiro. A Palavra de Deus não compactua com tal prática (Fp 4.8).

2. O isolamento e a solidão.
Na década de 1990 pesquisadores chamaram atenção para o mal social denominado de "paradoxo da internet. Trata-se da contradição de alguém ler vários relacionamentos virtuais o, ao mesmo tempo, a ausência de contato humano. Estudos recentes demonstram quanto maior a frequência no uso da Internet, aumenta o sentimento de solidão, problema acentuado pelas redes sociais - a Bíblia mostra a importância do companheirismo (Lc 10.1). O ser humano está sendo integrado à tecnologia, mas tratado como se fosse uma máquina. Essa falta de equilíbrio tem desencadeado crises emocionais, ansiedades e isolamentos. É uma "bolha" em que a realidade dá lugar à fantasia, como acontecia nos dias do profeta Jeremias (Jr 6.14).

3. Relações sociais efémeras.
Segundo um sociólogo polonês, a sociedade vive um momento de frouxidão nas relações sociais. Ele chama este fenómeno social de "modernidade Líquida". Os tempos são "líquidos" porque tudo muda tão rapidamente e nada é feito para durar, para ser "sólido" (Sl 90.9). Nas redes sociais, com apenas um clique é possível bloquear, deletar ou excluir as pessoas. E com outro clique, podemos aceitar, comentar e curtir as atividades de outras pessoas. Esse fenómeno representa um declínio das sólidas relações humanas, uma vez que por meio das tecnologias, a amizade, o amor e o respeito entre as pessoas são facilmente descartáveis. A vida de fato passa a ser vaidade de vaidades (Ec 1.2).
 
4. A falsa sensação de privacidade.
Diversos usuários das redes sociais iludem-se com a sensação de privacidade e ficam expostos a toda espécie de constrangimentos. Comentários pessoais, sentimentos de foro íntimo; fotos e vídeos comprometedores saem da área do privado e se tornam públicos. Essa sensação de privacidade também favorece a prática do pecado virai (algo que se espalha rápido como um vírus) (Mt 24.12). Pode ser desde a reprodução e a retransmissão de pornografia até a divulgação de notícias falsas e difamatórias. A Palavra de Deus nos instrui a fugir dessas coisas (2 Tm 2.22; Pv 16.28).

SÍNTESE DO TÓPICO II
As novas tecnologias aproximam as pessoas, mas também podem tornar os relacionamentos descartáveis.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Que somos seres sociáveis não temos dúvida, mas o desejo de socialização é um projeto de Deus que talvez não seja tão conhecido. Essa premissa está inserida em Gênesis 1.27,28, quando no relato da criação Deus disse ao casal progenitor que crescesse e se multiplicasse.
[...] Mas a última descoberta que vem arrebanhando milhares de pessoas à solidão, é a www ponto com, a Internet através da rede mundial dos computadores.

Horas e horas são gastas diante do aparelho, privando as pessoas de se comunicar com seus familiares. Mas o problema da Internet é que ela oferece uma suposta comunicação - que nem de perto substitui a versatilidade de uma conversa cara a cara - mas, que tern gerado sérios transtornos com sites eróticos, salas de bate-papo entre aventureiros sexuais (sexo virtual) e outras tantas coisas nocivas à vida natural do ser humano.

O homem acaba sendo globalizado com o mundo e alienado localmente de si mesmo e do convívio familiar. É a inversão de valores como disse o Senhor Jesus Cristo em Mateus 16.26: "Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?".

Portanto, a estratificação social não é à vontade de Deus para a humanidade, pois inequivocamente as evidências bíblicas mostram que Deus nos criou para O adora-lo, e não há possibilidade de isso acontecer se não desfrutarmos de comunhão uns com os outros (Mt 5.23,24), ou seja, é impossível ser cristão antes de sermos completamente humanos, isto é relacionais" (CARVALHO, César Moisés, Marketing para a Escola Dominical: Como atrair, conquistar e manter alunos na Escola Dominical. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp.34,35).

Ill - A REDE SOCIAL A SERVIÇO DO REINO DE DEUS
A Igreja de Cristo precisa estar consciente quanto ao potencial das redes sociais e deve usá-la na propagação do Reino de Deus.

1. O bom testemunho nas redes sociais.
Cristo ensinou que o cristão é a luz do mundo (Mt 5.14). Que essa luz deve resplandecer por meio das boas obras a fim de glorificar o nosso Pai que está nos céus (Mt 5.16). Desse modo, para o bom testemunho nas redes sociais o cristão não deve postar comentários negativos ou fazer pré-julgamento das pessoas. Deve tomar todo o cuidado, tendo a precaução com as fotos e os vídeos que publicar (seja vídeos ou fotos pessoais ou de terceiros). É importantíssimo avaliar o conteúdo, a coerência, o vocabulário e a ética cristã das mensagens antes de postar, comentar ou curtir em sua rede.

2. O uso correto da evangelização.
A Internet é uma grande aliada na divulgação do Evangelho, porém alguns cuidados são necessários para não tornar a mensagem inócua. As postagens não podem ser grandes e os vídeos não podem ser demorados. A mensagem precisa ser clara, concisa e objetiva (Hb 2.1,2). Antes de compartilhar qualquer conteúdo com os amigos, devemos analisar a veracidade bíblica daquela mensagem e seu teor teológico-doutrinário. Em lugar de postagens com frases de efeito, ou de autoajuda e de confissões positivas, devem-se priorizar os versículos bíblicos. Ao reproduzir áudios e vídeos devemos verificar se não existe algo que possa causar escândalos. Também não se deve atacar a ninguém, apenas anunciar e confessar a Cristo (1Co 1.23,24).

SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor (a), reproduza o esquema ao lado no quadro. Em seguida peça que os alunos citem alguns malefícios das redes sociais. À medida que forem falando vá relacionando no quadro. Depois peça que relacionem alguns dos benefícios. Explique que os bene­fícios também são muitos. Através das redes ajudamos pessoas a encontrarem emprego, evangelizamos, divulgamos as atividades da nossa igreja, etc. Quantas coisas boas e úteis podem ser feitas para o crescimento do Reino de Deus mediante o uso correto das redes sociais.
REDES SOCIAIS
Malefícios

Benefícios


















CONCLUSÃO
Estatísticas indicam que mais de um terço da população mundial está conectada à web e interage por meio de redes sociais. Diante desses fatos a igreja precisa instruir seus membros no uso das novas tecnologias e buscar métodos de evangelização por meio das redes sociais. Para tanto, dizem as Escrituras "antes, rejeitamos as coisas que, por vergonha, se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade" (2 Co 4.2).
PARA REFLETIR
A respeito do tema "Ética Cristã e Redes Sociais", responda:
• Como que a expressão "rede social" é usada?
A expressão é usada para uma aplicação da rede mundial de computadores (web), cuja finalidade é conectar e integrar pessoas.

• Quais os principais danos associados ao uso das redes sociais?
A distorção da felicidade, isolamento, solidão e relações sociais efémeras.

• Quanto à distorção da realidade, o que as redes sociais estimulam?

As redes estimulam a prática narcisista, ou seja, o indivíduo que admira exageradamente a própria imagem e que nutre uma paixão excessiva por si mesmo - a Bíblia condena essa atitude (Mc 12.30,31).

• O que ilude a maioria dos usuários de redes sociais?
Diversos usuários das redes sociais iludem-se com a sensação de privacidade e ficam expostos a toda espécie de constrangimentos.
• Antes de compartilharmos qualquer conteúdo, o que devemos fazer?
É importantíssimo avaliar o conteúdo, a coerência, o vocabulário e a ética cristã das mensagens antes de postar, comentar ou curtir em sua rede.
Fonte: Lições Bíblicas 2° trimestre de 2018, Adultos – CPAD| 
Divulgação: escolabiblicadominicalbr.blogspot.com.br

Lição 12 - Ética Cristã e Política


TEXTO ÁUREO
"Portanto, dai a cada um o que deveis: quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; o quem honra, honra." (Rm 13.7)
VERDADE PRÁTICA
A política faz parte da vida em sociedade. Como o cristão não vive isolado, ele deve ter consciência política, sendo sal e luz neste mundo.
LEITURA DIÁRIA
Seg. 1Pe 2.17: O cristão deve reconhecer as autoridades constituídas
Ter. 1Tm 2.1,2: A igreja deve orar por todas as autoridades
Qua. Mt 22.17 – 21: O cristão deve cumprir seus deveres civis
Qui. 2Co 6.14: O cristão não deve se prender ao jugo desigual
Sex. Rm 13.4: A importância do Estado virtuoso como autoridade
Sab. Is 5.20: A igreja deve manter a sua integridade num mundo hostil

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 13.1-7
1 TODA a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus.
2 Por isso quem resiste à potestade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação.
3 Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem, e terás louvor dela.
4 Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal.
5 Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência.
6 Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo.
7 Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.

HINOS SUGERIDOS: 386, 398, 401 DA HARPA CRISTÃ

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Apresentar uma perspectiva bíblica da política;
- Compreender que a separação do Estado da Igreja é uma herança protestante;
- Mostrar como o cristão deve lidar com a política.
• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Na lição de hoje estudaremos um tema que em geral divide opiniões e quer erroneamente, se acredita que não deve ser discutido — política. Saiba que quando se trata desse tema, em nossas classes, vão existir dois tipos de alunos: aqueles que não querem ouvir nada a respeito do assunto e que não gostam do tema e os que são muito bem informados quanto à vida política e social do nosso país.

Professar (a), em que grupo você está? Essa reflexão é importante, pois vai influenciar diretamente no preparo da lição e na metodologia que você vai utilizar para expor o conteúdo.
Por que atualmente estamos tão cansados da política? Mas, independente do momento político em que o nosso país está atravessando, não é possível viver em sociedade sem a política. É importante ressaltar que o que temos visto atualmente é a chamada "politicagem", o que é totalmente inverso à política. Como cristãos precisamos fazer a diferença em nossa sociedade e para isso, precisamos estar bem informados a respeito do que aqueles que estão exercendo um cargo político e que muitas vezes receberam o nosso voto estão fazendo. Não podemos também nos esquecer que a Palavra de Deus nos exorta a orarmos por aqueles que estão exercendo cargos políticos e autoridades governamentais.
INTRODUÇÃO
As Escrituras registram a liderança política de grandes personagens bíblicos, entre eles, José, o governador do Egito (At 7.9,10); e Ester, a rainha da Pérsia e da Média (Et 5.2). Contudo, apesar desses exemplos, por muitas décadas a política foi satanizada no meio evangélico. Como resultado, e com sua omissão, a igreja permitiu que o Poder Público fosse exercido muitas vezes por ateus, ímpios e imorais. Esse comportamento contribuiu com a eleição, por exemplo, de governos contrários ã cultura judaico-cristã. Para mudar esse quadro faz-se necessário que a igreja amadureça e aprofunde sua 'consciência política.

I- UMA PERSPECTIVA BÍBLICA DA POLÍTICA

1. Deus governa todos os aspectos da vida humana, inclusive o político.
As Escrituras mostram que Deus se relaciona diretamente conosco em todos os aspectos da vida (Mt 6.33). Isso significa que Ele intervém em nossa jornada diária, pois o Pai Celeste "trabalha para aquele que nele espera" (Is 64.4). Nesse aspecto, a Bíblia mostra que o Altíssimo "remove os reis e estabelece os reis" (Dn 2.21), "porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus" (Rm 13.1). Sim, o Deus Altíssimo governa o aspecto político da vida no mundo.

2. Deus levanta homens que o glorifiquem na política.
Os exemplos da Bíblia são abundantes. Mas destacamos três deles: José, filho de Jacó (Gn 41.37-57); Ester, a rainha (Et 2.12-20); Daniel, o jovem (Dn 2.46-49). Essas três pessoas se colocaram à disposição do Senhor, e por intermédio d E lê, providenciaram o escape para o povo de Deus (Gn 42.46-49; Et 7.1-10; Dn 2.1-45). A história da Igreja também mostra um homem chamado William Wilberforce (1759 - 1833), que por influência do Evangelho, e impactado pelo ministério de John Wesley, foi quem Liderou o fim do tráfico de escravos no reino britânico. Sim, Deus usa pessoas para glorificar o seu nome na política.
 
3. O Estado e a Política.
O Estado tem como função garantir, por meio de políticas públicas, as condições necessárias para a vida digna da sociedade. A Palavra de Deus diz que as autoridades instituídas são para disciplinar as obras más e enaltecer quem faz o bem (Rm 13.3,4). Assim, como vivemos num estado democrático de direito, onde tanto cidadãos quanto autoridades instituídas têm direitos e deveres mediante a carta constitucional do país, isto é, vivemos no império das leis, e por isso, devemos exercer o mesmo princípio de submissão ao Estado esposado pelo apóstolo Paulo em Romanos 13.1,2.

4. O Estado e a Bíblia.
O Novo Testamento retrata o Estado como instrumento ordenado por Deus (Rm 13.1), assim, os que resistem ao Estado afrontam a Deus (Rm 13.2). Nesse contexto, o Estado é servo do Altíssimo para aplicar a justiça (Rm 13.4), logo, ele não é problema para os que fazem o bem, mas para os que praticam o mal (Rm 13.4; l Pé 2.14). Assim, é lícito pagar tributos e impostos ao Estado (Rm 13.6,7), bem como temos a recomendação de orar pelas autoridades públicas (1Tm 2.1,2).

SÍNTESE DO TÓPICO l
A Palavra de Deus nos apresenta uma perspectiva correia da política.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Política
O vocábulo 'política' vem do grego, polis, 'cidade'. A política, pois, procura determinar a conduta ideal do Estado, pelo qual seria uma ética social. Ela procura definir quais são o caráter, a natureza e os alvos do governo. Trata-se do estudo do governo ideal1 (Enciclopédia de Bíblia, Filosofa e Teologia, p. 769).

'Política significava, originalmente, o conhecimento, a participação, a defesa e a gestão dos negócios da polis' (Cidade-Estado, na Grécia — citado em Cristianismo e Política, p. 19).

Segundo Champlin e Bentes: 'A política é um dos seis ramos tradicionais da filosofia. Platão pode ser caracterizado como o pai da política, porquanto em sua filosofia, sobretudo em seu diálogo intitulado República, ele desenvolveu uma extensa teoria política. A filosofia política ocupa-se com a conduta ideal do Estado, com a ética das sociedades organizadas'(Enciclopédia de Bíblia, Filosofia e Teologia, p. 196).

Além de Platão, outros grandes filósofos idealizaram a filosofia política, enfatizando certos aspectos considerados preponderantes sobre os outros na sociedade.
 

Enquanto Platão enfatizava o predomínio do indivíduo dos filósofos, e defendia um Estado comunista; Aristóteles destacava o valor da família como 'unidade central do Estado e não o indivíduo; propugnava um sistema misto de governo, com destaque para um tipo de democracia (não popular) criticando o Estado comunista defendido por Platão (ibidem, p, 789). Agostinho via a política como reguladora dos conflitos entre a Igreja e o Estado; o filósofo italiano Maquiavel defendeu a supremacia do Estado, advogando que todos os meios seriam lícitos, desde que os fins fossem bons. É a famosa máxima, segundo a qual 'os fins justificam os meios (LÍMA, Elinaldo Renovato de. Ética Cristã: Confrontando as Questões Morais do Nosso Tempo. 9.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, pp. 188,189).
II - A SEPARAÇÃO DO ESTADO DA IGREJA: UMA HERANÇA PROTESTANTE

O conceito de Estado Laico é compreendido como a separação entre o Estado e a Igreja. Significa que um não pode interferir nas atividades do outro e vice-versa.

1. A união entre a Igreja e o Estado.
No ano 313, Constantino e Licínio, Imperadores romanos do Ocidente e do Oriente respectivamente, promulgaram o Édito de Milão. O decreto outorgou liberdade e tolerância religiosa aos cristãos no império Romano. O imperador Teodósio decretou tm 380 d.C. o Édito de Tessalônica, estabelecendo o Cristianismo como religião oficial do Império. O Édito prometia vingança divina e castigo do estado aos que não aderissem à lei. A partir de então a união entre a Igreja e o Estado passou a ser indiscutível. A exemplo da deformação da nação de Israel, o início dessa união trouxe dté benefícios, mas em seguida, essa mistura foi trágica (l1Sm 10.1; cf. 8.10-19).

2. A separação entre a Igreja e o Estado.
Ao fim da Idade Média, os ideais humanistas valorizavam os direitos individuais do cidadão e isso despertou nos cristãos a necessidade de reformar a Igreja, especialmente, o Clero (sacerdotes). Os abusos de Roma e a venda das indulgências deflagraram a Reforma em 1517, na Alemanha. O Monge Martinho Lutero rompeu com o catolicismo romano. Foi a partir da Reforma que, paulatinamente, os conceitos de liberdade, de tolerância religiosa, de democracia e de separação entre Igreja e Estado foram alçados ao status de direitos fundamentais. A Palavra de Deus mostra que a ideia de Estado e Igreja não dará bons resultados (At 4.1-7). Por isso, o Estado não deve interferir na Igreja nem a Igreja no Estado. Todavia, o povo de Deus jamais deve faltar com a sua voz profética diante das injustiças e pecados sociais.

3. O Modelo de Estado Laico Brasileiro.
A Constituição do Brasil outorga ao cidadão plena liberdade de crença e garante o livre exercício dos cultos e liturgias, além da proteção aos locais de adoração (Art. 5°). No artigo 19 está definida a separação entre o Estado e a igreja, mas ressalva na forma da lei, a colaboração de interesse público. Assim, embora o Estado brasileiro seja laico, ele não é ateu. Desde os primórdios, o ser humano tem a necessidade de cultuar a Deus (5142.1), portanto, o Estado não pode negar a natureza religiosa do indivíduo.

SÍNTESE DO TÓPICO II
Uma das heranças do protestantismo é a separação do Estado da Igreja.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
[...] A Reforma teve causas religiosas, económicas, políticas, sociais, morais e éticas. O descrédito da igreja crescera durante, durante, pelo menos, dois séculos e já provocava rebeliões populares. Soberanos, senhores feudais, povo e até mesmo parte do clero já haviam alcançado um elevado grau de insatisfação.

A mistura ar-combustível de nosso motor imaginário, sob forte pressão, aguardava apenas uma centelha para explodir. Iniciando a venda de indulgências na Alemanha, o domiciano Johann Tetzel (1465-1519) produziu a centelha que faltava. A ela, seguiu-se a publicação das 95 Teses de Lutero na porta da igreja de Wittenberg. Estava deflagrada a Reforma. A indulgência era um documento que absolvia pecados. Se o pecador morresse, um parente poderia pagar por ele, abreviando-lhe o tempo de passagem pelo purgatório.

As interpretações da Reforma dependem do ponto de vista de quem a analisa. Sob a perspectiva política, foi uma rebelião contra a igreja católica, cujo chefe, o Papa, arvorara-se em vigário de Deus, lider acima da autoridade dos reis. Para os que privilegiam as causas
morais, ela foi um esforço para deter a corrupção que invadira a hierarquia eclesiástica. Para os que acreditam no determinismo económico, ela resultou da tentativa do papa em explorar economicamente a Alemanha (FERREIRA, Paulo. A Reforma em Quatro Tempos: Desdobramento na Europa e no Brasil, 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p. 14).

Ill - COMO O CRISTÃO DEVE LIDAR COM A POLÍTICA
O cristão precisa tomar cuidado com a "politicagem" e definir com temor a Deus a sua atuação política.

1. O perigo da politicagem.
Os dicionários em geral conceituam politicagem como "política reles e mesquinha de interesses pessoais". O perigo dos atos politiqueiros envolvendo os cristãos é colocar em descrédito o Evangelho e a Igreja. Assim, os políticos contrários às convicções cristãs não podem receber o apoio nem o voto da igreja. No cristianismo primitivo, a igreja em Corinto foi advertida a observar o seguinte princípio: "Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel?" (2 Co 6.14,15).

2. Como delimitar a atuação da igreja.
Os princípios éticos devem ser estritamente observados. O púlpito da igreja não pode dar lugar ao "palanque eleitoreiro". É verdade que a igreja precisa de conscientização política, mas isso não significa ocupar o espaço de adoração e pregação da Palavra com campanhas políticas. Conscientização política é uma coisa, campanha política é outra. Esta não cabe no espaço de culto do Corpo de Cristo. Nesse sentido, a conscientização política da igreja deve ser fundamentada em princípios cristãos. Isso significa que o cristão deve analisar as propostas e as ideologias dos partidos políticos sob a ética cristã (Is 5.20).

3. Ajustando o foco da igreja.
O povo de Deus não pode limitar-se a fazer oposição e oferecer resistência à iniquidade no poder temporal. Não pode depositar sua confiança e esperança nas decisões políticas.

As lideranças devem incentivar o avivamento espiritual. O avivamento liderado por John Wesley (1703-1791) trouxe mudanças sociais significativas na Inglaterra, pois o mal realmente a ser combatido pela igreja é o pecado.

Não podemos jamais perder a nossa consciência e natureza espiritual.  Quando a mensagem de arrependimento for pregada ao mundo, então, vidas serão transformadas. O Espírito Santo terá liberdade para convencer os ouvintes do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8). A medida que verdadeiras conversões a Cristo ocorrem, na mesma proporção, a nossa nação sofre transformações espirituais e sociais.

SÍNTESE DO TÓPICO III
O cristão deve lidar com a política com sabedoria e discernimento.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Pensando em política para os cristãos
Infelizmente para os estudiosos cristãos, a Bíblia não é um livro didático de teologia política para o mundo moderno. Ela nos oferece poucas passagens explícitas sobre o papel adequado dos governos. Romanos 13.1-6 nos fala que os governos são estabelecidos por Deus e os cristãos devem se submeter à autoridade governante. Isso parece bastante claro, mas já no início de Atos descobrimos que Pedro e os apóstolos foram presos e encarcerados por pregar o Evangelho e fazer sinais e maravilhas. Então um anjo do Senhor organizou para eles uma fuga da prisão e ordenou-lhes que voltassem à arena pública e continuassem a quebrar a lei pregando o Evangelho. Quando arrastados de volta diante das autoridades, eles declararam: 'Mas importa obedecer a Deus do que, aos homens' (At 5.12-29). Aqui a Bíblia parece ensinar que, em algumas circunstâncias, temos de desafiar a autoridade governamental (MCNUTT, Dennis. Panorama do Pensamento Cristão, 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p. 428, 178).

CONCLUSÃO
Diante do cerceamento de algumas liberdades, a igreja começou a despertar para a realidade política. As mudanças e as transformações sociais passam pelo processo político. Por que então não eleger candidatos verdadeiramente vocacionados para a vida pública e que reproduzam a moral cristã? Por que não apoiar políticos que rejeitam as leis contrárias aos princípios cristãos? Para tanto, a Igreja precisa ocupar o seu espaço e influenciar positivamente a sociedade (Mt 5.13-16).

PARA REFLETIR
A respeito do tema "Ética Crista e Política", responda:

 Sobre o governo de todos os aspectos da vida humana, o que as Escrituras mostram?
Mostram que Deus intervém em nossa jornada diária, pois Ele "trabalha para aquele que nele espera" (Is 64.4). Nesse aspecto, a Bíblia mostra que o Altíssimo "remove os reis e estabelece os reis" (Dn 2.21), "porque não háautoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus" (Rm 13.1).

 Que tipo de Estado vivemos hoje?
Vivemos num estado democrático de direito, onde tanto cidadãos quanto autoridades instituídas têm direitos e deveres mediante a carta constitucio­nal do país, isto é, vivemos no império das leis, e por isso, devemos exercer o mesmo princípio de submissão ao Estado esposado pelo apóstolo Paulo em Romanos (Rm 13.1,2).

 A partir do exemplo da nação de Israel, qual foi o resultado da união entre igreja e Estado?
À exemplo da deformação da nação de Israel, o início dessa união trouxe atébenefícios, mas em seguida, essa mistura foi trágica.

 O que implica o conceito de Estado Laico?
O conceito de Estado Laico é compreendido como a separação entre o Estado e a Igreja. Significa que um não pode interferir nas atividades do outro e vice-versa.

Qual o mal a ser combatido pela igreja?
O mal realmente a ser combatido pela igreja é o pecado.



VÍDEO AULA DESTA LIÇÃO – VEJA
Fonte: Lições Bíblicas 2° trimestre de 2018, Adultos – CPAD| 
Divulgação:http://escolabiblicadominicalbr.blogspot.com.br