28 de dezembro de 2016

Lição 12 - Sabedoria Divina para Tomada de Decisões


                                                                  Texto Áureo

"Porque o SENHOR dá a sabedoria, e da sua boca vem o conhecimento e o entendimento." (Pv 2.6)
      Verdade Prática
Deus nos concede sabedoria para vencermos as crises mais difíceis e inesperadas.

LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Rs 1.1,5: A velhice de Davi e a crise no reino com a sedição de Adonias
Terça - 1 Rs 1.11,15-17: A ação de Bate-Seba em meio à crise.
Quarta - 1 Rs 1.39: Salomão é ungido rei em meio à crise.
Quinta - 1 Rs 2.1-4:Conselhos de um pai para evitar a crise no futuro.
Sexta - 1 Rs 3.9: O pedido de Salomão para evitar as crises.
Sábado - 1 Rs 3.28:A sabedoria de Deus para fazer justiça e evitar as crises.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Reis 4.29-34


29 - E deu Deus a Salomão sabedoria, e muitíssimo entendimento, e largueza de coração, como a areia que está na praia do mar.
30 - E era a sabedoria de Salomão maior do que a sabedoria de todos os do Oriente e do que toda a sabedoria dos egípcios.
31 - E era ele ainda mais sábio do que todos os homens, e do que Etã, ezraíta, e do que Hemã, e Calcol, e Darda, filhos de Maol; e correu o seu nome por todas as nações em redor.
32 - E disse três mil provérbios, e foram os seus cânticos mil e cinco.
33 - Também falou das árvores, desde o cedro que está no Líbano até ao hissopo que nasce na parede; também falou dos animais, e das aves, e dos répteis, e dos peixes.
34 - E vinham de todos os povos a ouvir a sabedoria de Salomão e de todos os reis da terra que tinham ouvido da sua sabedoria.
OBJETIVO GERAL
Mostrar que Deus nos concede sabedoria para vencermos as crises difíceis e inesperadas.

HINOS SUGERIDOS: 30, 305, 396 da Harpa Cristã
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I.      Apontar a crise familiar no reino davídico;
II.     Mostrar que Salomão buscou sabedoria para reinar;
III.   Ressaltar a sabedoria de Salomão empregada na construção do Templo. 
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor, Deus é a fonte de todo conhecimento e sabedoria. O saber do homem será sempre relativo. Por isso, Ele deseja nos dar sabedoria para vivermos de modo que o seu nome seja glorificado em nossas vidas e ministérios. Salomão, escolhido para suceder Davi, era um jovem inteligente, mas diante da responsabilidade de governar seu povo, ele pediu a Deus sabedoria. Salomão não solicitou a Deus bens materiais ou a morte de seus inimigos. Ele pediu bom senso para guiar o seu povo de modo justo e inteligente. Precisamos de sabedoria vinda do alto para realizarmos a obra do Senhor. Peça a Deus sabedoria para preparar sua aulas e para o seu ministério de ensino. Ele vai orientá-lo, concedendo-lhe uma metodologia adequada a cada tema e os melhores recursos didáticos.

INTRODUÇÃO
Na lição de hoje estudaremos os últimos dias do reinado de Davi e a escolha de seu sucessor. Veremos que, embora houvesse uma crise familiar e política, Deus estava no controle daquele processo e não permitiria que um usurpador assumisse o reinado. Salomão ascendeu ao trono em um tempo de crise, mas Deus o abençoou, concedendo-lhe sabedoria para reinar com justiça e equidade. Seu reino foi um dos mais prósperos e abençoados de Israel.

PONTO CENTRAL
Deus nos concede sabedoria para vencermos as crises difíceis e inesperadas.

I - CRISE FAMILIAR NO REINO DAVÍDICO

1. A velhice do rei (1 Rs 1.1-4).
Davi já estava com uma idade bem avançada e ainda não havia escolhido o seu sucessor. A demora em passar o reinado gerou uma crise entre seus filhos e no reino. A hora de encerrar uma carreira é tão importante quanto o seu começo, é preciso saber escolher e formar sucessores. Diante da fragilidade de Davi, Adonias, intitulou-se rei (1 Rs 1.5). Ao que tudo indica, ele era o primogênito e o primeiro na linha sucessória. Mas Deus escolhe quem Ele quer. Davi também não era o primogênito, mas foi escolhido pelo Senhor para substituir Saul. O texto bíblico diz que Adonias nunca tinha sido contrariado por seu pai (1 Rs 1.6). Parece que ele não foi disciplinado, por isso, passou por cima de todos para conseguir aquilo que desejava. A falta de disciplina causa sérias crises no relacionamento familiar. Portanto, discipline seus filhos com amor e sabedoria.

2. Adonias e os valentes de Davi.

O sacerdote Zadoque, o profeta Natã e os valentes de Davi não apoiaram a atitude de Adonias, pois ele estava desrespeitando o rei publicamente e usurpando o trono. A crise familiar e política estava instalada no reino. Natã, como profeta, não poderia se calar diante de tal situação. O profeta de Deus precisa ter compromisso com a verdade e a justiça e não compactuar com o erro, mesmo que isso lhe traga prejuízos. Natã foi até a mãe de Salomão, e contou-lhe o que estava acontecendo. Isso nos mostra que Davi, em algum momento, já teria mencionado aos seus valentes que Salomão seria o seu sucessor.

3. A atitude de uma mãe em meio à crise.

Bate-Seba teve um papel importante na sucessão do reino. Ela tomou a atitude certa na hora certa. A mãe de Salomão foi até Davi e relata-lhe tudo o que estava acontecendo. Ao ouvir as notícias, Davi ordenou que Salomão fosse ungido rei. A tentativa de golpe de Adonias fracassou. Ele, com medo de que Salomão mandasse matá-lo, agarrou-se às pontas do altar. Por que segurar as extremidades do altar? Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, "as pontas do altar simbolizavam a misericórdia, o perdão e a proteção de Deus." Salomão não era um homem sanguinário, por isso ordenou que tirassem Adonias do altar e o trouxessem a sua presença, e Adonias teve que se prostrar diante de Salomão. Então o novo rei ordenou: "Vai para tua casa".

Antes de sua morte, Davi deu sábios e importantes conselhos ao seu filho Salomão (1 Rs 2.2-4). Certamente não queria que este cometesse os mesmos erros que ele. Depois de aconselhar o rei, Davi partiu a estar com o Senhor.
SÍNTESE DO TÓPICO I
A sucessão ao trono de Israel, fez com que uma grave crise familiar se instalasse na família de Davi.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Adonias, o quarto filho de Davi, rebelou-se contra o seu pai e proclamou-se rei de Israel, embora Deus e também Davi tivessem designado Salomão como o próximo rei (vv. 5.17,30; 2.15). (1) Até à sua morte, Davi  teve problemas com seus filhos. Apesar do seu conceito de bom governante, foi um grande fracasso como pai, negligenciando ou deixando de ensinar, guiar e 'contrariar' seus filhos de modo correto, segundo os preceitos de Deuteronômio 6.1-9. Como resultado, Davi em sua vida sofreu muitas mágoas e tristezas. Seu primeiro filho, Amnom, violentou sua meio-irmã Tamar, e a seguir foi morto pelo seu meio-irmão Absalão (2 Sm 13.1-33). O terceiro filho de Davi, Absalão, rebelou-se contra o pai e intentou matá-lo. Agora, seu quarto filho rebelou-se e posteriormente foi executado por Salomão (1 Rs 2.23-25). Por Davi não executar a vontade de Deus no tocante à família, experimentou uma série de tristezas no decurso de sua vida.  O fruto do discipulado mais importante na nossa vida é o nosso empenho para, de todo o coração, sermos sempre fiéis ao nosso cônjuge e a nossos filhos, e conduzi-los num viver segundo a vontade de Deus, mediante o ensino e o exemplo" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 518).

II - SALOMÃO BUSCA SABEDORIA PARA REINAR

1. O novo rei.
Salomão amava ao Senhor. Por isso, procurou obedecer aos estatutos de seu pai e a lei de Moisés (1 Rs 3.3). Depois de ser coroado, subiu até Gibeão e ali ofereceu a Deus o seu sacrifício. Esse era um gesto de gratidão e adoração ao Senhor. Salomão demonstrou não estar preocupado em obter poder, riquezas ou fama. Ele buscou, antes de tudo, a presença de Deus. Procurou também adquirir sabedoria para governar o seu povo com equidade e justiça. Em Gibeão, Salomão teve uma experiência marcante com o Deus de seu pai.

2. Salomão pede sabedoria a Deus.
Ali em Gibeão, o Senhor apareceu a Salomão em sonhos e disse: "[...] Pede o que quiseres que te dê" (1 Rs 3.5). Em tempos de crise econômica o que você teria pedido? Salomão sentiu o peso da responsabilidade de governar um povo. Por esse motivo, não pediu riqueza ou outra coisa que lhe trouxesse vantagens pessoais. Ele pediu sabedoria para governar com justiça. De que adianta ter bens materiais e ser um tolo? O melhor bem que podemos receber de Deus é a sabedoria. Ela ajuda-nos a enfrentar todas as crises de forma correta. Peça a Deus sabedoria para liderar sua família, seus bens e a obra do Senhor.

3. O desejo de construir um Templo para Deus.

Davi desejou reunir o povo de Israel em um só lugar para adorar a Deus. Ele desejou e se esforçou para isso, ajuntando materiais que seriam necessários à construção da Casa de Deus. Mas o Senhor não permitiu que Davi construísse o Templo, pois ele havia empreendido muitas batalhas. Todo o material, o projeto, bem como toda a liturgia da vida religiosa foram providenciados por Davi e entregues a Salomão. Construir uma casa para Deus era uma necessidade e iria contribuir para a união das famílias e o fortalecimento do reino de Israel. Deus deu a Salomão sabedoria e todos os bens necessários para a construção do Templo. Estamos vivendo uma das piores crises econômicas do país, mas o Senhor não deixará faltar a provisão para a sua Casa. Não se preocupe, confie.
SÍNTESE DO TÓPICO II
Salomão buscou, em Deus, sabedoria para reinar.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Promessas de Deus (1 Rs 3.10-14)
Salomão pediu verdadeira sabedoria, não simplesmente inteligência. O conceito hebraico de sabedoria sempre envolve a habilidade para 'distinguir entre o certo e o errado'.
Deus respondeu com três promessas incondicionais e uma condicional. Foi garantido a Salomão sabedoria, riqueza e honra. Foi-lhe prometido vida longa 'se andar nos meus caminhos'. Promessas incondicionais  também são dadas a nós. Ainda que algumas bênçãos permaneçam condicionadas à nossa obediência" (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, p. 223).

CONHEÇA MAIS
Adonias
Quarto filho de Davi com Hagite (2 Sm 3.4). Quando Davi estava às portas da morte. Adonias desejou sucedê-lo no trono, pois naquele tempo ele era o filho mais velho. Reunindo carruagens, cavaleiros e 50 homens, Adonias recrutou a ajuda de Joabe, comandante do exército e de Abiatar, o sumo sacerdote. Entretanto, outros generais, sacerdotes, o profeta Natã e os guarda-costas de Davi se recusaram a segui-lo."
 Para conhecer mais leia, Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, p.30.

III - SABEDORIA PARA EDIFICAR O TEMPLO
1. Salomão faz aliança com Hirão (1 Rs 5.1-6).
Em vez de fazer guerras com as nações vizinhas, para aumentar o espaço geográfico e as riquezas, Salomão usou de sabedoria para com Hirão, rei de Tiro, na Fenícia, que lhe forneceu toda a madeira para a construção do Templo. O cedro do Líbano era uma madeira nobre e de grande valor comercial. Essa cooperação mostrou que Deus estava abençoando Salomão e fornecendo o que era necessário para o Templo. Deus concedeu a Salomão sabedoria para fazer alianças. O Senhor também quer dar a você sabedoria para administrar, mesmo em tempos de crise financeira.

2. A construção do Templo.

Muito do ouro e prata acumulados pelo rei Davi foram destinados à construção do Templo. A prata, o ouro e as pedras preciosas eram despojos de guerras. Antes de morrer e passar o trono a Salomão, Davi também entregou-lhe toda essa riqueza. Ele também contou com a contribuição voluntária dos príncipes das tribos e dos capitães (1 Cr 29.6). Davi passou para o seu filho as plantas do Templo conforme o Senhor lhe dera (1 Cr 28.11-19). Os trabalhadores e todo o Israel se dispuseram a fazer o melhor porque estavam felizes com o reino de Salomão.

3. A Arca da Aliança.

Salomão trouxe a Arca da Aliança que estava no Tabernáculo antigo para o local onde ela haveria de ficar. Ele sabia que a Arca  representava a presença de Deus entre o seu povo. Agora ela haveria de ficar entre o povo e não mais em um lugar provisório. Atualmente não precisamos de uma Arca, ou algo parecido, para sinalizar a presença de Deus. O Senhor se faz presente pelo seu Espírito Santo, que habita o seu povo.

No dia da inauguração do Templo, depois que os sacerdotes saíram do santuário, uma nuvem encheu a Casa do Senhor (1 Rs 8.10). Os sacerdotes não puderam ficar de pé, tamanha era a glória de Deus naquele lugar. Então, Salomão louvou e orou diante do altar, abençoando todo o povo.

SÍNTESE DO TÓPICO III
Deus concedeu a Salomão sabedoria para a edificação do Templo.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Salomão fortalece as relações com Tiro e faz contratos para materiais com os quais construirá o templo que Davi havia sonhado erguer (1 Rs 5.1-12). Salomão convocou milhares de trabalhadores israelitas e, no quarto ano de seu reinado, começou a construção. A estrutura é magnífica, do melhor mármore e madeira de cedro, ricamente adornado com cobertura de ouro e mobiliado com utensílios de ouro. O projeto toma sete anos e, afinal, a construção é concluída.

A planta do Templo e seus utensílios são modelados a partir do modelo que Deus deu a Moisés para um centro de adoração móvel. Os utensílios do Templo, ainda que  numa escala muito maior, tinham o mesmo significado espiritual que cada item correspondente no Tabernáculo" (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, pp. 224-225).

CONCLUSÃO
Aprendemos, com a lição de hoje, que Deus abençoou e prosperou Davi e o seu reino, embora ele tenha enfrentado muitas crises. Mas Salomão recebeu a dádiva da sabedoria, e o seu reino foi ainda maior e mais próspero. Ele teve o privilégio de usar sua sabedoria para construir a Casa de Deus, um lugar de adoração ao Senhor que contribuiu também para fortalecer a unidade nacional. O Pai Celeste também deseja dar a você sabedoria para viver uma vida santa e vencer as crises que surgirem em sua caminhada.

PARA REFLETIR
A respeito da sabedoria divina para a tomada de decisões, responda:
· O que Adonias fez diante da fragilidade do rei?
Diante da fragilidade de Davi, Adonias intitulou-se rei.
· Quais as autoridades no reino que não apoiaram Adonias?
O sacerdote Zadoque, o profeta Natã e os valentes de Davi não apoiaram a atitude de Adonias, pois ele estava desrespeitando, publicamente, o rei e usurpando o trono
· O que Bate-Seba fez depois de ouvir o profeta Natã?
Ela toma a atitude certa na hora certa. A mãe de Salomão vai até Davi e relata-lhe tudo o que estava acontecendo.
· Por que Deus não permitiu que Davi construísse o Templo?
O Senhor não permitiu que Davi construísse o Templo, pois ele havia empreendido muitas batalhas.
· O que Salomão pediu a Deus em Gibeão?
Ele pediu a Deus sabedoria para reinar com justiça e equidade.

Fonte: Lições Bíblicas adultos, 4° trimestre de 2016 
Divulgação: escolabiblicadominicalbr

10 de dezembro de 2016

O que acontece com pastores que são excluídos ou desligados de uma convenção?

O que acontece com pastores que são excluídos ou desligados de uma convenção?


Desde janeiro de 1989, quando assumi o meu primeiro campo de trabalho, tenho-me deparado com várias situações de obreiros e pastores em geral sendo disciplinados, excluídos ou desligados. A exclusão é bíblica, a disciplina também.

Acredito que cada igreja tem a obrigação de agir dentro dos padrões bíblicos em todos os assuntos relacionados a ela. É verdade que cada caso deve ser examinado com muito cuidado, imparcialidade, amor e determinação pela comissão ou quem ficar responsável por analisar denuncias contra algum obreiro. 

Desde o Antigo Testamento, Deus estabeleceu algumas regras para tratar de acusações e delitos cometidos: uma só testemunha não se levantará contra alguém por qualquer iniquidade, ou por qualquer pecado, seja qual for o pecado cometido; pela boca de duas ou de três testemunhas se estabelecerá o fato.  DT.19:15. Uma só pessoa não será suficiente para condenar alguém. Precisa de pelo ao menos duas ou três testemunhas acusatórias. Isso dá mais garantias e veracidade, em uma justa condenação.

Quero me deter apenas em relação aos ministros (pastores e evangelistas) e não em casos de membros das igrejas. Pois os ministros estão em destaques por serem líderes.
Mais a questão  que trataremos não é a veracidade dos fatos acusatórios e sim, algumas situações:
1.       A quem interessa a punição de um obreiro, ou ministro?
2.       Deve ele ser destituído imediatamente de todos os privilégios que outrora o cargo lhe proporcionava?
3.       O que acontece depois da sua disciplina? Há critérios de restauração?
4.       O que muda em sua vida pessoal, familiar e fraternal?
5.       Quem estabelece o retorno ou não, desse ministro?
6.       Há fatos bíblicos paralelos de homens de Deus que pecaram e foram restituídos?
7.       O que de fato acontece hoje nas igrejas e convenções?

Analisando a primeira questão: A quem interessa a punição de um obreiro, ou ministro?

A disciplina não é um castigo. Na realidade,  é uma dificuldade permitida por Deus para desenvolver em nós um caráter piedoso.  É a expressão do amor de Deus. Às vezes dolorosas, mas necessária. Se não houvesse disciplina, como viveríamos?
Segundo a Lei, Davi deveria ser morto a pedradas, mas isso não aconteceu. Por que?
Quem iria apedrejar a Davi? Quem iria disciplina-lo? O que Deus fez?
Não podemos, no entanto, dizer que ele não foi punido, pois Deus o castigou:
1-  Morreu o filho fruto do adultério. 2º Samuel 12.14
2- Tamar foi violentada por Amnon. 2º Samuel 13.1-14
3- Amnon foi morto por Absalão.2º Samuel 13. 28-29
4- Absalão Tomou o reino e perseguiu a Davi, além de Adulterar com as concubinas de seu pai.          2º Samuel 13. 20-23
5-  Morreu Absalão. 2º Samuel 18,9-15
6- Após a morte de Davi Salomão mandou matar o seu irmão Adonias. 1Reis 24-25

No caso de Davi, o próprio Deus tomou conta do caso. Ele é o Juiz de toda a terra.
Mas no caso de pastores, quem deve cuidar desses assuntos? Se ele pertence apenas a um ministério sem convenção, o ministério (Demais pastores e obreiros), devem acolher as provas e, comprovadas, devem haver uma disciplina sim. Mas neste caso os “juízes”, devem ser imparciais e isentos de questões pessoais, vidas exemplares  e capacidade de analisar o caso. A disciplina deve ser proporcional à falta.

Há um tema que ainda não vi ser tratado nos estudos bíblicos, convenções ou livros: A igreja tem poder de perdoar um pecado grave e dar-lhe oportunidade de recomeçar?  Ou tudo deve haver disciplina?
Se  o ministro é convencional, os “juízes” devem ter as mesmas características supracitadas. Mas infelizmente, os julgadores nem sempre agem dentro da lisura. Soube recentemente de um ministro que foi excluído por uma convenção, por que recebeu, por uma rede social, fotos de uma jovem despida, e ao repreendê-la, disse ele, que a mesma era “danadinha”. Na plenária, ao confessar o seu pecado, e pedido perdão, foi excluído sem misericórdia. Usaram a seguinte tática: os que aprovam a exclusão fiquem como estão os contrários se levantem. Resultado, ninguém se levantou, e o mesmo foi excluído, como se essa votação fosse comprar ou vender algum imóvel, e não se tratasse de uma vida ministerial.
Verdade é que anteriormente, na discussão, alguns se levantaram para persuadir os demais pastores a perdoa-lo e dar uma nova oportunidade. Mas foi em vão. Todos seguiram o pensamento maquiavélico do presidente: aos amigos, as brechas da lei,  aos indiferentes, a lei, aos inimigos, o rigor da lei. Resultado, a exclusão.

A segunda questão: Deve ele ser destituído imediatamente de todos os privilégios que outrora o cargo lhe proporcionava?

Imagine um pastor com trinta anos de ministério. Desde a sua juventude, embora casado, serve no ministério de tempo integral. E por algum deslize, comete pecado e é disciplinado. Perdendo assim o seu sustento, não preparou-se para o trabalho secular, e agora, excluído, sem apoio moral, financeiro, ou espiritual, como recomeçar em um trabalho secular com a mente frustrada, triste, e solitário?

Deveriam as convenções e igrejas, ter um lapso de tempo a cumprir, e ajudar este ministro e sua família a recuperar-se tanto financeiramente, como o emocional e espiritual, dele e de sua família. Se no Brasil, as famílias dos prisioneiros recebem auxilio reclusão seria demais as igrejas ou convenções, auxiliarem os seus ministros disciplinados?  Pois eu vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus. Mt. 5:20. Tal vez isso soe estranho aos ouvidos dos legalistas, mas não nos ouvidos dos que tem princípios cristãos.


Terceira questão: O que acontece depois da sua disciplina? Há critérios de restauração?

É muito triste, ver obreiros e sua família, sendo tratados como, piores que criminosos. Sem nenhuma perspectiva a vista, colocar a mente para funcionar e manter o equilíbrio emocional e espiritual é uma atitude dantesca.

Conheço alguns pastores que já tentaram o suicídio. Outros voltaram para o mundo e a família toda acompanhou. Onde está o cuidado com os de dentro? Recuperamos drogados, ladrões, traficantes, prostitutas e homossexuais, mas não recuperamos os nossos soldados feridos. Há muitos psicólogos na igreja e nas convenções, por que não encaminha-los? Há muito discurso, e pouca prática. Há muita emoção e pouco amor.

Quarta questão: O que muda em sua vida pessoal, familiar e fraternal?

A primeira coisa que acontece é um isolamento. Não da parte dele, e sim dos outros. Ele sente que os seus amigos fugiram, se isolaram, o abandonaram. Em parte isto é verdade. Conheço um certo pastor que foi perseguido e disciplinado injustamente, pois o mesmo não pertencia ao grupo político do presidente da convenção. Criaram uma situação tão desgastante pra ele que não teve alternativa senão, pedir o desligamento. Após quase duas dezenas de anos servindo ao Senhor, de tempo integral, agora, excluído, mesmo havendo pedido seu desligamento, ficou isolado. Ainda não se conformando com o que fizeram a ele,  desejaram a sua morte, nos bastidores. Os que se diziam seus amigos, nunca deram um telefonema para o mesmo. Segundo soube, apenas dois o visitaram, durante essa crise. Todos temiam aproximar-se dele, e sofrerem represálias e retaliações.

Essa situação vivida por este ministro retrata o tipo de evangelho que vivemos e pregamos, e os tipos líderes que temos. A família fica frustrada, triste, depressiva. Ele se sente desmotivado, pensativo, neutralizado, do jeito que os seus perseguidores queriam. A palavra amor e companheirismo tornam-se sem sentido. Os outros o veem como um desviado, com uma doença contagiante e mortal.
Quando isso acontece, os que ficam sentem-se mais santos que ele. Ele agora é tido como alguém perigoso, pecador, indigno de estar entre os “santos”. Até aqueles a quem ele ajudou na restauração, ministério e financeiramente, viraram as costas. Mas Deus que é misericordioso coloca na vida dele, novos amigos, novas pessoas, e novas perspectivas.

No começo se sente um coitado, derrotado, indigno, pior que os outros. Um lixo. Experimenta uma crise existencial sem tamanho. Todo o mal que existe no pensamento humano se aflora dentro dele. Questiona-se, avalia-se, e repensa nos novos passos a serem dados. Como conter a família e os pouquíssimos amigos que restaram?

Começa a rever alguns conceitos impostos por aqueles que eram considerados, exemplo de vida. Ensinamentos humanos e extra bíblicos são repensados. Porém o sentimento mais profundo e confuso é o silêncio de Deus. A sensação de injustiça e falta de misericórdia dos seus pares. Ele perde a confiança nas pessoas. Leva um tempo até para confiar em si mesmo. Mas Deus sendo misericordioso o auxilia, o trata, o renova e o levanta.

Quinta questão: Quem estabelece o retorno ou não, desse ministro?

Essa pergunta depende do seu retorno ao mesmo ministério ou mesma convenção, ou em outro ministério. Se for ao mesmo ministério ou convenção, quem o poderá decidir se ele deve ou não retornar?
Conheço um outro ministro, que pecou e ao ser excluído, perdeu todos os privilégios ministeriais e financeiros. Passou pela prova e com muitas dificuldades, retornou ao convívio ministerial. Porém não deram um novo campo. O seu pastor o tratava com desdém e humilhação. Ele não tinha a quem recorrer. Ninguém lhe dava confiança.

Infelizmente, há pastores que se sentem em uma posição ao lado de Jesus. Acima de todos.
Diante de tantos desatinos convencionais e ministeriais, já até questionei, se é necessário realmente uma convenção para pastores? Algumas convenções são piores que Câmaras de Vereadores. Inimizades, palavras torpes e linguajar inadequado; tramas e traições, amores e rancores, retaliações e armações são o cotidiano de algumas convenções e ministérios. Esquecemos de que somos servos e não senhores. Somos propriedades e não proprietários.

Sexta questão: Há fatos bíblicos paralelos de homens de Deus que pecaram e foram restituídos?

Há sim. Davi, Sansão, Jonas, Pedro, e outros. Todos estes tiveram uma segunda chance. Se fosse hoje nas nossas igrejas e ministérios, eles jamais retornariam. Salvos, se tivessem uma boa quantia de dinheiro para ajudar a obra. Infelizmente essa é a nossa triste realidade. Cada um lutando pelo seu próprio interesse.
Dai surge a sétima e última questão, sem querer esgotar o assunto:

Sétima questão: O que de fato acontece hoje nas igrejas e convenções?

Aconselho humildemente aos que desejam o episcopado: Busquem direção de Deus. Não entrem no ministério, sem a devida chamada de Deus, pois, se for chamado, Deus o capacitará. Mas se apenas desejar, não permanecerás, ou se tornarás iguais a ao joio.

Para os que estão fora do ministério cristão, eles nos veem como superiores mais santos e mais abençoados que eles. O alto padrão de vida de muitos pastores ostentando seus carros novos, suas casas confortáveis, suas participações em eventos de grande porte nas cidades, deixam muitos dos aspirantes ao ministério, com pensamentos impuros e avarentos. Lutam por posições, a ponto de até falsificar assinaturas e documentos para serem consagrados. Uma verdadeira babel.

Quanta fantasia, máscaras, inovações, brilhos e eloquências destruidoras. Quanta arrogância daqueles que detém o poder de colocar e tirar quem eles querem nos campos e igrejas. Não se admirem se virem pastores caírem endemoninhados nos púlpitos. Não se escandalizem se obreiros no terceiro casamento, forem consagrados a pastores e ocuparem cargos de destaque e importância no ministério. 


Estes são os escolhidos em vossos ágapes, quando se banqueteiam convosco, pastores que se apascentam a si mesmos sem temor; são nuvens sem água, levadas pelos ventos; são árvores sem folhas nem fruto, duas vezes mortas, desarraigadas; 13 ondas furiosas do mar, espumando as suas próprias torpezas, estrelas errantes, para as quais tem sido reservado para sempre o negrume das trevas.  14 Para estes também profetizou Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que veio o Senhor com os seus milhares de santos,  15 para executar juízo sobre todos e convencer a todos os ímpios de todas as obras de impiedade, que impiamente cometeram, e de todas as duras palavras que ímpios pecadores contra ele proferiram. 16 Estes são murmuradores, queixosos, andando segundo as suas concupiscências; e a sua boca diz coisas muito arrogantes, adulando pessoas por causa do interesse”. Jd. 1:12-16.



6 de dezembro de 2016

Lição 11 - O Socorro de Deus para Livrar o seu Povo


11de dezembro
TEXTO ÁUREO
"Os justos clamam, e o SENHOR os ouve e os livra de todas as suas angústias." (Sl 34.17)

VERDADE PRÁTICA
Deus é fiel no cumprimento de todas as suas alianças e promessas

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Et 1.1-8Um banquete rico e glorioso
Terça - Et 1.9O banquete oferecido por uma rainha
Quarta - Et 1.10,11Um rei bêbado e uma crise
Quinta - Et 1.12:: A rainha recusa a ordem do rei
Sexta - Et 2.19Uma nova rainha deve ser escolhida
Sábado - Et 3.11,13Uma crise para exterminar os judeus

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Clique e Leia também:
Ester 5.1-6
1 - Sucedeu, pois, que, ao terceiro dia, Ester se vestiu de suas vestes reais e se pôs no pátio interior da casa do rei, defronte do aposento do rei; e o rei estava assentado sobre o seu trono real, na casa real, defronte da porta do aposento.
2 - E sucedeu que, vendo o rei a rainha Ester, que estava no pátio, ela alcançou graça aos seus olhos; e o rei apontou para Ester com o cetro de ouro, que tinha na sua mão, e Ester chegou e tocou a ponta do cetro.
3 - Então, o rei lhe disse: Que é o que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até metade do reino se te dará.
4 - E disse Ester: Se bem parecer ao rei, venha o rei e Hamã hoje ao banquete que tenho preparado para o rei.
5 - Então, disse o rei: Fazei apressar a Hamã, que cumpra o mandado de Ester. Vindo, pois, o rei e Hamã ao banquete, que Ester tinha preparado,
6 - disse o rei a Ester, no banquete do vinho: Qual é a tua petição? E se te dará. E qual é o teu requerimento? E se fará, ainda até metade do reino.
OBJETIVO GERAL
Ressalvar que Deus é fiel no cumprimento de todas as suas alianças e promessas.
HINOS SUGERIDOS: 369, 606, 607 da Harpa Cristã
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I.      Apontar a providência de Deus na história;
II.     Mostrar  como Ester foi colocada no palácio real;
III.   Explicar a crise sofrida pelo povo de Deus no livro de Ester.  

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Mediante o estudo da vida da rainha Ester, podemos ver o quanto Deus é fiel em todas as suas promessas. Ele guardou o seu povo, livrando-o da morte. O Senhor colocou Ester no palácio, tornando-a rainha para que intercedesse por seu povo. Com isso, aprendemos que nada em nossas vidas acontece por acaso. Todas as coisas cooperam para o nosso bem (Rm 8.28).
O povo judeu corria o risco de ser exterminado; se assim fosse, a promessa que Deus fez a Abraão não poderia se cumprir. Mas, o Senhor é fiel.  Se Deus tem promessas em sua vida, creia que Ele cumprirá. Não deixe que os "Hamãs" da vida venham impedir sua trajetória e amedrontá-lo.

INTRODUÇÃO
O nome de Deus não aparece no livro de Ester, porém o Senhor está presente em todas as circunstâncias, intervindo em favor do seu povo. Veremos que a história de Ester, Mardoqueu e dos judeus foi delineada pela providência divina. Na lição de hoje, veremos que Deus age em prol dos que o servem. 

PONTO CENTRAL
Deus livra o seu povo das crises.

I - A PROVIDÊNCIA DE DEUS
1. A providência divina na história de Ester. 
A palavra providência vem do latim providentia e o prefixo "pro" significa "antes" ou "antecipadamente". O sufixo videntia deriva de videre que significa "ver". Logo, ao tratarmos a respeito da providência divina, dizemos que Ele faz e vê tudo antecipadamente. Deus estava ciente de todos os incidentes ocorridos no Império Persa. O Senhor estaria colocando uma jovem judia no palácio de Assuero para que mais tarde seu povo fosse salvo da destruição. Tal verdade nos mostra que os pensamentos de Deus são mais altos do que os nossos (Is 55.9). Deus está no controle de todas as coisas. Nada em nossa vida acontece por acaso.
2. A festa do rei. 
Assuero era vaidoso, e, querendo ostentar sua glória, poder e riqueza a todos os súditos do império, decidiu fazer um grande banquete, que durou muitos dias, onde os convidados podiam comer e beber à vontade. Cento e vinte e sete províncias estavam representadas nesta festa. Assuero bebeu muito e, já dominado pela embriaguez, decidiu exibir a beleza da rainha Vasti para os convidados. 

3. A destituição da rainha. 
Vasti recusou ser exibida como objeto naquela festa profana. Não podemos nos esquecer que todos, ali, estavam bêbados. Aquele não era o ambiente para uma rainha. Então, ela  contrariou a ordem do rei; defendeu a sua posição, mas pagou caro por isso.

SÍNTESE DO TÓPICO I
Podemos ver a providência de Deus na história da rainha Ester.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Rebeldia de Vasti (Et 1.10-22)
A recusa de Vasti em obedecer as ordens de Xerxes foi vista como um precedente para as mulheres de todo o império. Xerxes divorciou-se de Vasti e emitiu um decreto; as mulheres deveriam obedecer a seus maridos. O decreto reflete um princípio profundamente enraizado ainda hoje no Oriente Médio. O marido governa a casa. Somente ele tem o direito de iniciar ou dar o divórcio. Os filhos do matrimônio pertencem ao marido e, quando o divórcio acontece, ele os mantêm. O desafio de Vasti a Xerxes foi assim uma ameaça à ordem social estabelecida" (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 324). 

II - ESTER NO PALÁCIO DE ASSUERO
1. A busca de uma jovem para o lugar de Vasti. 
Passado algum tempo da destituição de Vasti, alguns servos de Assuero sugeriram que ele buscasse moças virgens e formosas para que uma delas substituísse Vasti. Comissários de todas as províncias trouxeram candidatas ao palácio de Susã. As jovens ficaram aos cuidados do eunuco Hegai, que era guarda das mulheres. Entre todas as moças levadas ao palácio estava uma judia de nome Ester. Essa jovem logo ganhou a simpatia do eunuco do rei (Et 2.9). 

Ester não estava somente participando de um concurso. O Senhor estava direcionando seus passos, ali no palácio, para algo grande. Ela fazia parte do desígnio de Deus para ajudar o seu povo. Mas talvez não imaginasse isso. Deus tem um plano em sua vida. Ainda que você não consiga compreendê-lo inteiramente, confie no Senhor!

2. Mardoqueu e Ester. 
Ester não chegaria ao palácio sem a ajuda de Mardoqueu, seu primo. Mardoqueu era um homem temente a Deus e estava entre os cativos judeus que serviam aos interesses do rei em Susã. Mardoqueu era um homem de fé e de profunda piedade espiritual; ele não havia perdido o sonho de libertação do seu povo e sabia que isto não aconteceria sem uma interferência de Deus. Era um homem que não recuava em seus propósitos ainda que isso lhe custasse a vida (Et 4.1,2). Mardoqueu deu uma excelente educação à Ester, cujos valores morais e espirituais serviram para torná-la um instrumento de Deus na salvação dos judeus.

3. Ester é escolhida para o lugar de Vasti. 
Chegou a vez de Ester apresentar-se diante do rei. Ela superou todas as moças que até então haviam sido apresentadas, pois achou graça diante do rei. Com certeza era bela, mas foi o Senhor que fez o coração do rei se inclinar para ela. Mardoqueu orientou Ester para que ela não contasse a ninguém que era judia.

SÍNTESE DO TÓPICO II
Deus colocou a rainha Ester no palácio do rei Assuero com um propósito específico.
 CONHEÇA MAIS
Hamã
Hamã é chamado de agagita. A tradição judaica identifica-o como um descendente do rei amalequita cujo povo Saul deixou de destruir (cf. Êx 17.8-14; 1 Sm 15.7-33). Mordecai era da tribo de Saul (cf. 2.5). Assim comentaristas rabínicos veem esse conflito como a luta histórica do povo judeu com os inimigos gentios, cujo ódio irracional persiste por milhares de anos." Para conhecer mais leia, Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p.325.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
A rainha
O rei persa nomeando Ester como rainha, ilustra como Deus pode mudar o coração dos ímpios para que eles cumpram seus propósitos (cf. Pv 21.1). Ester tinha agora condições de ajudar o seu próprio povo, o que se tornou necessário cinco anos mais tarde. Deus usou as decisões espontâneas das pessoas envolvidas, para proteger o seu povo (Et 4.4).

Embora Ester tivesse sido escolhida e coroada rainha do grande império persa, não se orgulhou, nem se envaideceu por causa da sua posição social e do poder que acabara de receber. Não desprezava os conselhos de seu tio, de condição humilde, nem menosprezou sua tradição espiritual. Pelo contrário, manifestava um espírito de mansidão, humildade e submissão após tornar-se rainha, como sempre fizera antes" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 758).

III - A CRISE CHEGA PARA O POVO DE DEUS
1. A trama de Hamã. 
Hamã era uma espécie de primeiro-ministro de Assuero. Ele era o segundo homem mais importante do reino. Hamã era mau e enchia-se de ódio quando Mardoqueu não se inclinava perante ele. Por isso, traçou um plano para destruir todos os judeu. Ele persuadiu Assuero a fazer um decreto, ordenando a morte dos judeus. O rei aderiu ao plano de Hamã. Então foi feito um decreto para que todos os judeus fossem mortos e seus despojos saqueados (Et 3.13-15). A crise havia chegado para os judeus, trazendo tristeza e lamento. Mardoqueu vestiu-se de saco e foi para a porta do palácio de Assuero (Et 4.1-6). 

2. Ester toma conhecimento da trama contra seu povo. 
Mardoqueu informou Ester acerca do decreto de morte do povo judeu. Ester disse que não poderia fazer nada, pois só lhe era permitido entrar na presença do rei caso fosse convidada. Então, Mardoqueu lembra-lhe de que ela foi colocada, pelo Senhor junto ao rei para aquele momento. Ele deixou claro que se ela não quisesse ajudar, Deus levantaria outra pessoa. A rainha não recusou ajudar seu povo. Ela pediu a Mardoqueu que reunisse todos os judeus a fim de jejuar por ela. Nos momentos de crise, não adianta lamentar e chorar. É preciso orar, jejuar e buscar a face do Pai até que Ele envie o seu socorro. 

3. A estratégia sábia de Ester.  
Depois de orar, jejuar e buscar estratégias em Deus, Ester colocou suas vestes reais e foi para o pátio interior da casa do rei. Ao vê-la, o monarca apontou seu cetro e Ester tocou-o na ponta. O rei, deslumbrado pela beleza da rainha, perguntou-lhe: "Que é o que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até a metade do reino se te dará" (Et 5.3). Ester convida o rei e Hamã para um banquete. Ester, então, informou ao rei que havia um plano para matá-la, bem como ao povo judeu e este plano havia sido tramado por Hamã. Isso enfureceu o rei. Ester desmascarou Hamã diante de Assuero. Hamã foi morto na forca que tinha preparado para Mardoqueu. 
O povo judeu foi salvo graças ao livramento divino e à disposição de Ester. Você está disposto a ajudar o país a sair da crise política e econômica em que se encontra? Então, ore e jejue em favor do Brasil. Peça a ajuda de Deus em favor dos milhares de desempregados e carentes que estão também em perigo, como o povo judeu.
SÍNTESE DO TÓPICO III
A crise chegou até os israelitas. Eles corriam sério risco de serem exterminados, mas o Senhor é fiel e livrou o seu povo da morte.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Hamã foi enforcado como resultado da justa intervenção de Deus, porém o decreto do rei, no sentido de destruir os judeus, continuava em vigor. Nem sequer o próprio rei poderia anular o decreto oficial. Mas, em resposta ao pedido de Ester, foi escrito um segundo decreto concedendo aos judeus  o direito de resistência armada e de defesa, no dia decretado para sua destruição. Em geral, Deus não operou o livramento do seu povo, sem a fiel participação deste;  porém, Ele está sempre com o seu povo para lhe prover livramento. Aqui, o livramento de Israel resultou da ação de Deus, com a cooperação de crentes fiéis.
Deus não somente capacitou os judeus a se defenderem , como também fez os habitantes das terras temerem dos judeus (cf. Et 9.2). Noutras palavras, o povo de Deus tornou-se mais respeitado devido à conspiração maligna de Hamã" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, pp. 763,764).

CONCLUSÃO
Aprendemos, por intermédio da história da rainha Ester, que Deus salva o seu povo quando nos dispomos a orar, jejuar e agir. O Senhor colocou Ester no palácio com um propósito definido. Ele também tem abençoado a sua vida com um objetivo: abençoar os que sofrem e correm risco de morrer. Ester cumpriu a sua missão. Então, deixe que os propósitos divinos cumpram-se em sua vida.

PARA REFLETIR
A respeito do socorro de Deus para livrar seu povo, responda:
· Segundo a lição, qual o significado da palavra providência?
A palavra providência vem do latim providentia e o prefixo "pro" significa "antes" ou "antecipadamente". O sufixo videntia  deriva de videre  que significa "ver". Logo, ao tratarmos a respeito da providência divina, dizemos que Ele faz e vê tudo antecipadamente.
· Por que Vasti se recusou comparecer ao banquete do rei?
Vasti recusou ser exibida como objeto naquela festa profana. Aquele não era o ambiente para uma rainha.
· Quem havia criado Ester e a levado até a fortaleza de Susã? 
Seu primo Mardoqueu.
· Qual a posição que Hamã possuía no reino de Assuero?
Hamã era uma espécie de primeiro-ministro de Assuero. Ele era o segundo homem mais importante do reino.
· Qual a atitude de Ester ao saber da sentença de morte contra o seu povo?
Ela jejuou e orou ao Senhor.


Fonte: Lições Bíblicas adultos, 4° trimestre de 2016 – CPAD
Divulgação:http://escolabiblicadominicalbr.blogspot.com.br/

SUBSÍDIO
Na lição de hoje, veremos claramente a cerca do socorro Divino para livrar os judeus do plano de extermínio, arquitetado por um certo Hamã (Ester 3). 

O livro de Ester é um exemplo da divina orientação e cuidado de Deus sobre nossa vida. A soberania e o poder de Deus são vistos em toda a extensão deste livro chamado ‘Ester’.
I. O LIVRO DE ESTER
1. QUEM ERA ESTER?
O nome Ester aparece 55 vezes no livro que leva o seu nome. Ester é um nome persa e significa estrela. Seu nome hebraico era Hadassa [que significa murta, o nome de uma planta] (Et 2.7). Ela foi uma jovem judia que substituiu Vasti, como rainha do rei persa, Assuero.
a) Ester foi criada pelo seu primo (Ester 2.5-7)
Certo homem judeu chamado Mardoqueu criara a Hadassa, que é Ester, filha de seu tio. Mardoqueu, da tribo de Benjamim, era bisneto de um homem chamado Quis, que fora levado para a Babilônia junto com o rei Jecomias (Jeoaquim) em 597 a.C. Após a morte de seu tio Abiail (Ester 2.15), Mardoqueu levou a órfã, filha de seu tio, para sua casa e a criou.
b) Resumo do livro de Ester
1. A História da Rainha Vasti (1.1-22)
2. Ester, Substituta de Vasti (2.1-23)
3. Hamã Conspira para Aniquilar os Judeus (3.1-15)
4. Intervenção Corajosa de Ester (4.1 — 7.10)
5. Os Judeus Vingam-se (8.1 — 9.19)
6. Instituição da Festa de Purim (9.20-32)
7. Mardoqueu em Posição de Autoridade (10.1-3)
VOCÊ SABIA (?)
O trecho de Ester 9.24 explica o nome purim (que está no plural) como «sortes». Mui provavelmente, essa palavra vem do assírio, puru, se não é que se trata de um substantivo nativo do hebraico. O puru era um seixo, usado no lançamento de sortes. 

Hamã, que planejava exterminar os judeus, lançou sortes a fim de determinar um bom dia para execução de seu maligno plano. Mas o curso dos acontecimentos não seguiu a sequência desejada, tendo sido revertido pela intervenção de Ester, diante do rei persa. E uma festa jubilosa judaica foi estabelecida para celebrar essa grande vitória dos judeus. Essa festa era observada nos dias 13 - 15 do mês de Adar (fevereiro-março). O livro de Ester é lido nas sinagogas até hoje, e a congregação solta gritos e vaias, cada vez em que é mencionado o nome de Hamã.

Essa festividade sempre foi popular entre os judeus, desde o seu início. Além da rememoração em geral, mediante a leitura do livro de Ester, e dos gritos e vaias, conforme se disse acima, o leitor do relato pronuncia todos os nomes dos filhos de Hamã de um só fôlego, a fim de indicar que foram enforcados juntos. No segundo dia da celebração há um culto religioso formal, são entoados hinos, há dramas e atos teatrais, e são apresentadas recitações. Alimentos e presentes são distribuídos entre os pobres como um gesto de generosidade, em memória da generosidade de Deus para com o povo judeu (ver Est. 9:19).

2.  DADOS DO LIVRO DE ESTER
Embora o nome de Deus não seja ali mencionado, o livro, evidentemente, tem o intuito de dar uma vívida demonstração de como a providência de Deus opera entre os homens, podendo reverter qualquer situação difícil.
a) Autor
O livro é anônimo, mas a tradição judaica tem procurado fazer algumas identificações. Alguns supõem que o próprio Mardoqueu tenha sido o seu autor ou, pelo menos, tenha sido um das principais fontes informativas.
Agostinho atribuía o livro de Ester a Esdras; mas os eventos ali registrados ocorreram depois de seu tempo. 
b) Data
Aproximadamente 470 a.C. Ester se tornou rainha em 479.
c) Caracterização Geral 
A significação do livro de Ester é que ele testifica a respeito da vigilância secreta de Yahweh sobre o povo disperso de Israel. 
O nome de Deus não ocorre neste livro nem uma vez sequer, mas em nenhum outro livro da Bíblia a Sua providência é mais conspícua. Os eventos historiados no livro de Ester cobrem um período de doze anos.
O livro de Ester foi escrito a fim de encorajar o remanescente dos exilados judeus, lembrando-os da fidelidade de Deus, que cumpriria as Suas promessas, feitas à nação.

II. O PLANO PARA EXTERMINAR TODOS OS JUDEUS (Et 3.1-15)

1. O NOME DO REI (Ester 1.1)
O nome é tipicamente hebraico é significa “homem poderoso” ou “olho poderoso”. O nome grego é Xerxes. Assuero é o rei persa mencionado em Ed 4.6. Tornou-se famoso por consolidar o império de seu pai, Dario, por seus bem sucedidos projetos de construção e por suas guerras contra os gregos. Ele governou de 486 a 465 a.C. O império medo-persa tinha três capitais: Susã, Ecbátana e Babilônia, mas os reis persas residiam geralmente em Susã.

No versículo inicial do livro de Ester, é dito que Assuero reinou sobre um império de 127 províncias que se estendiam da índia à Etiópia. Até recentemente, sua identidade permaneceu obscura como um enigma. Mas agora, graças a escavadores e decifradores, o mistério foi esclarecido e Assuero, definitivamente identificado. Ele é conhecido na história não bíblica como Xerxes, forma grega de seu nome persa. Este Xerxes reinou sobre o império persa de 485 a 465 a. C.
O território do Império Persa estendia-se desde o vale do rio Indus, no noroeste da índia, através de todo o Oriente Próximo até o norte da África, incluindo Egito, Líbia e Etiópia (em hebraico, Cuxe). A noroeste incluía a Trácia, a Cítia e toda a Ásia Menor, estendendo-se a leste até a Armênia, Urartu e Báctria.

2. A NOVA ESPOSA DO REI
Vasti foi destronada no terceiro ano do reinado de Assuero (1:3), que seria o ano 483. Em 479, o sétimo ano de seu reinado, Ester tornou-se rainha (2:16). Em 474, 12°ano do reinado de Assuero, Hamã idealizou o complô (3:7), portanto Ester era rainha havia cinco anos quando Hamã pôs mãos à obra. Xerxes foi assassinado em 465.

3. HAMÃ CONSPIRA PARA ANIQUILAR OS JUDEUS (Ester 3.1-15)
Através da expressão Hamã, filho de Hamedata, agagita (Ester 3.1), é que muitos intérpretes acreditam que Hamã era descendente do rei dos amalequitas, da época de Saul. 
Ele é o único homem com esse nome mencionado no Antigo Testamento (1Sam. 15.8). Mardoqueu, como Saul, pertencia à tribo de Benjamim, pelo que temos aqui uma antiga inimizade renovada. Matanças ferozes assinalaram a luta na antiguidade (Êx. 17.14,16) e uma guerra foi declarada contra aquela gente. O “oráculo de Balaão, em Núm. 24.7 (cerca de 1000 A. C.), predisse que Israel se levantaria ‘mais alto do que Agague”. Amaleque é enfaticamente amaldiçoado em 1Sam. 15.33. Talvez o livro esteja dizendo indiretamente que a antiga maldição continuava em operação e derrubaria o arrogante Hamã. Seja como for, o homem foi declarado inimigo dos judeus (v. 10).
O plano de Hamã foi diabólico, universal, não limitado à capital do império. Ele estava disposto a fazer uma “caça completa" no império persa inteiro, pois era um pequeno Hitler. Tendo apresentado essa ameaça, o autor sacro estava agora preparado para mostrar como a providência de Deus salvou os judeus por intermédio dos instrumentos humanos Mardoqueu e Ester.

4. O DECRETO PARA MATAR OS JUDEUS
Hamã decidiu destruir todos os judeus apenas por causa de sua malignidade em relação à Mardoqueu. Hamã e seus adivinhos lançaram a sorte para determinar o dia da execução dos judeus, e estipulou-se a data para quase um ano mais tarde! 
Assuero baixou a ordem de que todos os judeus deveriam ser executados (Et. 3.13). Mais tarde, reverteu esse decreto, no sentido de que fossem mortos todos os que queriam matar os judeus (Est. 8.11). Assuero, assim sendo, foi o aniquilador potencial dos judeus, mas, pelo poder de Deus, tornou-se o protetor daquele povo. Em tudo isso, Ester foi o instrumento que levou a essa mudança, a heroína de uma história que os judeus nunca esqueceram. A festa de Purim foi iniciada para que os judeus nunca a esquecessem.
Em Ester, vemos mais uma vez o ódio de Satanás pelos judeus. A nação judaica teria sido exterminada se o complô de Hamã desse certo. Imagine o que isso significaria para a aliança graciosa de Deus com Abraão. Todos os homens e as nações que tentaram eliminar os judeus fracassaram, assim como Hamã.

III. ESTRATÉGIAS PARA VENCER O PLANO DE EXTERMÍNO (Et 4.1-17; 5.1-8)
Alguns criticaram Ester por sua aparente falta de preocupação com a situação dos judeus. É verdade que Ester tentou mudar a mente de Mardoqueu quando ele começou a jejuar e a clamar (4:1-4). Contudo, devemos nos lembrar de que Ester ficava muito isolada dos verdadeiros assuntos da corte e havia um mês não via o rei.
A partir do momento em que soube do perigo que rondava os judeus, ela dispôs-se a cooperar com Mardoqueu. Com certeza, ela punha sua vida em risco, pois Xerxes era uma pessoa de humor variável e poderia matar Ester com a mesma facilidade com que depusera Vasti!
Embora Ester, no início, não demonstrasse a mesma fé na aliança de Deus que Mardoqueu, ela, com o correr dos acontecimentos, tornou-se uma mulher corajosa, cuja fé no Senhor era firme. E interessante observar que, enquanto Ester não tinha contato com Mardoqueu, as coisas corriam mal para os judeus, mas, quando ela começou a obedecer a Mardoqueu, tudo redundou em benefício dos judeus.

IV. A PROVIDÊNCIA DIVINA NO LIVRO DE ESTER
O propósito do livro é demonstrar o cuidado providencial de Deus com Seu povo. É importantíssimo perceber isso, pois aqui está o significado vivo e o valor permanente do livro.

1. DEFININDO A PROVIDÊNCIA 
A palavra “providência” tem origem no latim provideo, significando “eu vejo uma coisa antecipadamente” (pro = antes; video = vejo); assim, o significado original de providência é previsão. Como, porém, uma previsão sempre ocasiona atividade em relação ao que é previsto, providência adquire o sentido de atividade que procede da previsão. 
Em termos restritos, só existe um Ser com conhecimento prévio e, portanto, só Ele tem capacidade para agir com base na previsão. Em seu sentido absoluto, então, a providência é a previsão de Deus e a atividade divina que resulta disso. Isto implica que Deus exerce poder absoluto sobre todas as obras feitas por Suas mãos.

2. A DEMONSTRAÇÃO DA PROVIDÊNCIA
A crise à qual o livro se refere é providencialmente prevista e depois providencialmente vencida no momento crucial. Não é empregada qualquer intervenção milagrosa. 
Todos os acontecimentos registrados são resultados das circunstâncias em sua sequência natural. Todavia, embora não seja registrado qualquer milagre, todo o episódio, em sua essência, é um poderoso milagre — um prodígio através do qual um Deus soberano manipula todos os eventos não miraculosos de maneira a produzirem um efeito predeterminado. Isso é ainda mais miraculoso, pois provoca tal efeito sem necessidade de fazer uso de fatos extraordinários! Esta realidade misteriosa que chamamos providência, esta manipulação soberana de todos feitos comuns e não miraculosos que formam o cotidiano da humanidade e produzem, mediante processos naturais, aqueles resultados previamente determinados pela divindade — esse é o maior de todos os milagres. Isto é surpreendentemente confirmado neste Livro de Ester.

3. EVIDÊNCIAS DA OBRA PROVIDENCIAL
Ao estudar o livro de Ester, observe estas evidências da obra providencial de Deus: 
(1) a escolha de Ester para ser rainha entre todas as outras candidatas (2:15-18); 
(2) a descoberta de Mardoqueu do complô para matar o rei (2:21-23); 
(3) o sorteio do dia para matar os judeus resultar em uma data bem posterior, o que deu tempo para que Mardoqueu e Ester agissem (3:7-15); (4) as boas-vindas do rei a Ester após ignorá-Ia por mais de um mês (5:2);
(5) a paciência do rei com Ester ao permitir-lhe fazer outro banquete (5:8); 
(6) a insónia do rei que trouxe à luz o feito bondoso de Mardoqueu (6:1);
(7) a profunda preocupação do rei com o bem-estar de Ester quando tinha um harém à disposição dele (7:5). 

CONCLUSÃO
A paz reinou no palácio depois de Hamã sair do caminho. Mardoqueu recebeu a autoridade que, um dia, pertencera a Hamã, e agora todos sabiam que Ester era judia. No entanto, ainda havia um problema: o rei não podia cancelar seu decreto, e, em nove meses, os judeus seriam roubados e mortos (compare 8:8 com 3:13). Com certeza, vemos a providência de Deus no sorteio da data (3:7), pois isso deixou tempo para que o rei enviasse um novo decreto a todo o império. Mais uma vez, Ester implorou para que o rei agisse em prol da salvação de seu povo.
O rei virou-se para Mardoqueu e deu-lhe autoridade para agir em seu nome. O novo decreto permitia que os judeus se defendessem e destruíssem qualquer pessoa no reino que fosse inimiga dos judeus.
O rei não cancelou a lei anterior; apenas fez uma nova lei que suplantava a anterior. Isso é uma verdade na vida cristã: "a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus" (Rm 8:1-12) suplantou a lei de pecado e morte.
A mensagem trouxe alegria e libertação para os judeus quando eles a escutaram e creram nela. Eles sabiam que os persas não ousariam lutar com eles e incorrer na ira do rei. Na verdade, muitos persas disseram que eram judeus para escapar da punição!
O versículo 16 do capítulo 9, afirma que foram mortos 75 mil inimigos dos judeus. No 14° dia do mês, os judeus descansaram e regozijaram- se pela libertação que o Senhor enviara.