Melhor
idade. Será?
“No 1º dia do mês de outubro celebra-se o Dia do Idoso no Brasil. Até 2006, o Dia do Idoso era
comemorado no dia 27 de setembro. Isso porque, em 1999, a Comissão pela
Educação, do Senado Federal, havia instituído tal data para a reflexão sobre a
situação do idoso na sociedade, ou seja, a realidade do idoso em questões
ligadas à saúde, convívio familiar, abandono, sexualidade, aposentadoria etc.
No dia 1º de outubro de 2003, porém, foi aprovada a Lei nº 10.741,
que tornou vigente o Estatuto do Idoso. Pelo fato de o Estatuto
ter sido instituído em 1º de Outubro, em 2006 foi criada uma outra lei (a Lei
nº 11.433, de 28 de Dezembro de 2006) para transferir o Dia do Idoso para 1º de
outubro. Vale salientar que desde 1994, com a Lei nº 8.842, o Estado brasileiro
já havia inserido a figura do idoso no âmbito da política nacional, dado que
essa lei criava o Conselho Nacional do Idoso.” Fonte: http://brasilescola.uol.com.br
O politicamente correto não permite chamar velho de velho. Criou-se
então o termo “Melhor Idade”.
Quando se chega ao cume da idade, relembra-se do seu passado de
trabalho, de experiência, do desempenho profissional, histórico familiar e
esportivo. São indicações para respeito, dignidade e valorização. Deveriam ser eternamente mimados e colocados no colo. Muda-se
o tipo de alimentação, não “pega fila”, não são obrigados a votarem, (aos 70
anos). Perante a lei todos são iguais, mas os idosos tem algo a mais.
Mas essa tal de “melhor idade” realmente, será que existe? Vejamos:
Os planos de saúde são mais caros para os de “melhor idade”.
Os gastos com medicamentos aumentam. O alimento deve ser com restrições.
Piora a visão, os movimentos, a fala diminui o tom e várias outras
situações.
Na realidade esse título de melhor idade não existe. Em muitos casos os
velhos são abandonados pelos filhos, muitos não trabalham e nem tem família. Alguns
são maltratados por cuidadores, quando tem quem os cuidem. O descaso e
abandono, a resistência fraca, dores, murmurações e solidão. Como ter melhor
idade nesta situação? Se são ricos “sofrem” menos; se são pobres, são ignorados
e ainda tem sua aposentadoria, que já é insignificante para essa idade,
solapada pelos empréstimos financeiros dos bancos e parentes.
Os idosos devem ser paparicados por aqueles que receberam seus cuidados.
Ainda não vi nenhum idoso dizer que estão na melhor idade. O meu sogro dizia
que ele deixou de ser “homem” quando envelheceu. Conheci outros idosos que
diziam abertamente que velho tem que morrer logo.
Eles não recebem o retorno de tudo o que fizeram pelos outros e pelo
país. São poucos que realmente cuidam dos seus “velhos”. Parabéns aos que de
bom senso viabilizaram leis e oportunidades favoráveis aos idosos.
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