Lições
Bíblicas CPAD
Adultos
2º Trimestre de 2015
Título: Jesus, o Homem Perfeito — O Evangelho de Lucas, o médico amado
Comentarista: José Gonçalves
Lição 4: A tentação de Jesus
Data: 26 de Abril de 2015
TEXTO ÁUREO
“Porque não temos um sumo
sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como
nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hb 4.15).
VERDADE PRÁTICA
Jesus firmou-se na Palavra de Deus
para vencer Satanás. Assim devemos agir para obter a vitória.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Lucas 4.2; 1Co 10.13
A tentação é uma realidade para todos
os crentes
Terça — Lc 4.3; 1Pe 5.8
A necessidade constante de vigilância
ante a tentação
Quarta — Gn 3.6; Lc 4.3,4
A tentação de ser saciado em um
momento de necessidade
Quinta — Lc 4.5-8
A tentação de ser prestigiado e assim
descumprirmos o propósito divino
Sexta — Lc 4.9
A tentação de ser notado quando Deus
quer discrição
Sábado — Lc 4.12,13
Em Jesus Cristo podemos vencer a
tentação
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Lucas 4.1-13.
1 — E
Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao
deserto.
2 — E
quarenta dias foi tentado pelo diabo, e, naqueles dias, não comeu coisa alguma,
e, terminados eles, teve fome.
3 — E
disse-lhe o diabo: Se tu és o Filho de Deus, dize a esta pedra que se
transforme em pão.
4 — E
Jesus lhe respondeu, dizendo: Escrito está que nem só de pão viverá o homem,
mas de toda palavra de Deus.
5 — E
o diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe, num momento de tempo, todos os
reinos do mundo.
6 — E
disse-lhe o diabo: Dar-te-ei a ti todo este poder e a sua glória, porque a mim
me foi entregue, e dou-o a quem quero.
7 — Portanto,
se tu me adorares, tudo será teu.
8 — E
Jesus, respondendo, disse-lhe: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Adorarás o
Senhor, teu Deus, e só a ele servirás.
9 — Levou-o
também a Jerusalém, e pô-lo sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: Se tu és o
Filho de Deus, lança-te daqui abaixo,
10 — porque está escrito: Mandará aos seus
anjos, acerca de ti, que te guardem
11 — e que te sustenham nas mãos, para que
nunca tropeces com o teu pé em alguma pedra.
12 — E Jesus, respondendo, disse-lhe: Dito
está: Não tentarás ao Senhor, teu Deus.
13 — E, acabando o diabo toda a tentação,
ausentou-se dele por algum tempo.
HINOS SUGERIDOS
75, 308, 422 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL
Mostrar que Jesus foi tentado, mas
venceu toda tentação pelo poder da Palavra de Deus.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos
referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o
objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
· I. Compreender a
realidade da tentação.
· II. Explicar como
Jesus venceu a tentação de ser saciado.
· III. Saber como
Jesus venceu a tentação de ser celebrado.
· IV. Analisar as
artimanhas do Inimigo para que Jesus cedesse à tentação de ser notado.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
O
Diabo é um anjo do mal que, dia e noite, procura fazer com que os servos de
Deus sejam seduzidos pelo pecado. Como homem Jesus também foi tentado em tudo
(Hb 4.15b), mas o Mestre venceu toda tentação. O Inimigo foi derrotado em todas
as áreas na vida de Jesus. A tentação vem para todos os filhos de Deus, porém,
a Palavra do Senhor nos garante que, se resistirmos ao Diabo, ele fugirá de nós
(Tg 4.7).
Lucas
diz que o Diabo se ausentou de Jesus por um tempo (Lc 4.13), ou seja, até
encontrar outra oportunidade para atacá-lo novamente. Jesus estava iniciando
seu ministério quando foi conduzido ao deserto para experimentar vários tipos
de tentação, mas o Inimigo, mesmo sem sucesso, o tentou até a cruz.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A tentação é uma
realidade com a qual todo crente, em algum momento, irá se deparar. Não existe
ninguém que seja imune à tentação, pois até mesmo Jesus, o homem perfeito, foi
tentado! A resposta à tentação não é, portanto, negá-la, mas enfrentá-la à luz
da Palavra de Deus.
Nesta lição iremos
aprender como Jesus enfrentou a tentação e derrotou Satanás. Veremos a sutileza
do Diabo em tentar o Filho de Deus em um momento de extrema carência e
necessidade física, e como o Filho do Homem o derrotou ao dizer “não” a cada
uma de suas propostas. Por fim, destacaremos que a vitória de Jesus é também a
nossa.
PONTO
CENTRAL
A tentação é uma realidade, mas em
Jesus podemos vencê-la.
I. A REALIDADE DA TENTAÇÃO
1.
Uma realidade humana. Já foram assinalados em
comentários anteriores que devemos levar em conta o fato bíblico e teológico
incontestável de que Jesus Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Como
Deus, não podia ser tentado, mas como homem, mesmo sendo perfeito, sim (Jo 17.5;
Fp 2.5-11; Hb 2.17). No mistério da encarnação, Jesus não perdeu a sua natureza
divina, nem tampouco os atributos da divindade, mas, como diz a tradução
americana de Philips, Ele “abdicou de seus privilégios” (Fp 2.7). Como homem
Ele foi tentado em todas as coisas, assim como nós, porém, não transgrediu (Hb
4.15). À luz do ensino bíblico, portanto, a tentação de Jesus Cristo foi real e
não apenas uma encenação. O homem perfeito, Jesus, foi tentado em tudo, mas não
pecou! (1Pe 2.22).
2.
Vencendo a tentação. Lucas revela que Cristo foi
conduzido pelo Espírito Santo ao deserto para ser tentado pelo Diabo. Jesus, em
sua condição humana, foi capacitado pelo Espírito Santo para enfrentar Satanás.
A capacitação de poder sobre Jesus revela o lado messiânico da sua missão. Na
teologia lucana, o Messias seria revestido pelo Espírito para realizar a obra
de Deus, e isso incluía desfazer as obras do Diabo. A vitória de Jesus sobre a
tentação é também a nossa vitória. Jesus, o homem perfeito, venceu a sedução do
pecado com oração, com a Palavra e por andar no Espírito. Todos os que estão em
Cristo podem sim, também, vencer a tentação (1Co 10.13).
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
A tentação é uma realidade para todos os
filhos de Deus.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“O Diabo tentou o
Filho do homem, mas também o Filho de Deus. Foi uma disputa entre Jesus, cheio
do Espírito Santo, e o acusador dos homens. O Diabo tinha vencido, com Adão e
Eva. Ele tinha esperanças de triunfar sobre Jesus” (ROBERTSON, A. T.Comentário
de Lucas: À Luz do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2013,
p.80).
II. A TENTAÇÃO DE SER SACIADO
1.
A sutileza da tentação. A primeira
tentação de Jesus se dá na esfera dos apetites. A essa tentação Jesus
respondeu: “Escrito está que nem só de pão viverá o homem” (Lc 4.3,4). O Diabo,
por certo, sabia que por ocasião do batismo de Jesus, Deus, o Pai, falara-lhe
da sua filiação divina (Lc 3.22). Jesus, como o homem perfeito que era,
precisava enfrentar a tentação em sua condição humana, e não fazer uso de seus
atributos divinos como queria o Diabo. Como Filho de Deus que era,
evidentemente Jesus poderia usar os atributos da divindade para transformar
todo aquele deserto em pão. Todavia, se assim procedesse, negaria a sua missão
de homem perfeito. Quer o Diabo estimule um apetite legítimo, quer não, o seu
alvo é sempre o mesmo — colocar tropeços no caminho do servo de Deus.
2.
Gratificação pessoal. Depois de 40 dias de jejum
total, Jesus, sem dúvida alguma, encontrava-se debilitado fisicamente. Todo o
seu ser, por certo, exigia ser saciado. Tanto a água quanto o pão são elementos
necessários para a manutenção do corpo. Não há, portanto, nada de errado com o
desejo de comer ou beber. Todavia, se esse desejo é apenas para uma
gratificação pessoal, como queria o Diabo, então ele se converte em pecado.
Satanás queria que Jesus visse as coisas materiais como sendo mais necessárias
do que as espirituais. Jesus mostra que mais importante do que o pão material
era o pão espiritual, a Palavra de Deus. Ainda hoje, o Diabo usa a mesma
artimanha quando convence os homens de que ter abundância, fartura ou
prosperidade material é melhor do que desfrutar da comunhão com Deus.
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Jesus foi tentado a satisfazer sua
necessidade de ser saciado.
CONHEÇA MAIS
O jejum
“Segundo a leitura
médica, trinta a quarenta dias de completo jejum exaure as energias do corpo,
causa fome intensa e aproxima o indivíduo da exaustão. Mesmo neste estado de
fraqueza, Jesus permaneceu fiel ao compromisso. Confiou e agiu de acordo com a
Palavra de Deus” (Guia do Leitor da Bíblia. CPAD. p.655).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Jesus experimenta
três tentações específicas. A primeira envolve suas necessidades físicas (Lc
4.3,4). O Diabo presume que Jesus é o Filho de Deus — ‘Se tu és o Filho de
Deus’ significa ‘Visto que Tu és o Filho de Deus’. Claro que Jesus pode exercer
o poder de Deus e transformar uma pedra do chão em pão. O Diabo sugere que o
uso deste poder para aliviar a fome era verdadeira prova de que Jesus é o Filho
de Deus. Mas se Jesus transformasse uma pedra em pão, tal milagre revelaria sua
falta de fé na bondade de Deus. Ele teria obedecido a Satanás em vez de ser
obediente a Deus. Ele teria usado seu poder para satisfazer as necessidades
pessoais em vez de usá-lo para a glória de Deus.
Jesus resiste à
tentação do Diabo citando Deuteronômio 8.3. O ponto de sua resposta é que o
bem-estar humano é mais que assunto de ter comida suficiente. O mais importante
é obedecer à Palavra de Deus e confiar no Senhor que cuida de nós. Jesus
obedece à Palavra de Deus, embora implique em fome física” (Comentário
Bíblico Pentecostal. Volume 1. 1ª Edição. RJ: CPAD. p.338).
III. A TENTAÇÃO DE SER CELEBRADO
1.
O príncipe deste mundo. No texto de
Lucas 4.5-8, o Diabo oferece a Jesus domínio sobre os reinos do mundo. Jesus
não contestou as palavras de Satanás quando este afirmou que possuía autoridade
sobre este mundo (Lc 4.6). De fato, o próprio Cristo afirmou que Satanás é o
príncipe deste mundo (Jo 16.11). O apóstolo João nos diz que “o mundo está no
maligno” (1Jo 5.19). E o apóstolo Paulo diz que o Diabo é “príncipe das
potestades do ar” (Ef 2.2). Vivemos em um mundo caído e com um sistema iníquo,
mas, assim como Jesus Cristo, não fazemos parte dele (Jo 8.23; 17.9; 18.36). É
lamentável quando crentes não apenas vivem de acordo com os padrões deste
mundo, mas também ficam totalmente comprometidos com ele.
2.
A busca pelo poder terreno. Por trás
desse sistema iníquo existe toda uma filosofia de domínio. Esse poder pode
estar presente tanto na esfera material como na espiritual. É a busca pela
glória e poder terreno. O Diabo sabe que o desejo de ser celebrado, de ser
chamado “senhor”, é algo que fascina os homens. Satanás sabia que derrubaria
Adão se o convencesse de que ele poderia se tornar poderoso ao adquirir
conhecimento. Adão acreditou que até mesmo poderia ser como Deus (Gn 3.5). A
isca foi lançada e Adão a engoliu! O Diabo por certo acreditava que o mesmo
aconteceria com Jesus, o Filho do Homem. Mas Jesus não se dobrou diante de
Satanás. Por certo, muitos estão exercitando poder e domínio neste mundo, mas
provavelmente também estão se curvando diante de Satanás.
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
Como homem, Jesus foi tentado a buscar
honra e celebração para si.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“A segunda tentação
é a oferta que o Inimigo fez a Jesus de autoridade sobre os reinos da terra (Lc
4.5-8). Num momento de tempo, ele traz à presença de Jesus todos os reinos do
mundo. Afirma que eles lhes foram dados e que ele tem o direito de dispor deles
como quiser. A afirmação do Diabo é meia-verdade. Embora ele tenha grande poder
(Jo 12.31; 14.30), não tem autoridade para dar a Jesus os reinos do mundo e a
glória deles. Ele promete que Jesus pode se tornar o governante da terra se tão
somente Ele o adorar. Satanás tenta ludibriar Jesus para obter poder político e
estabelecer um reino no mundo maior que o dos romanos.
O Reino que Jesus
veio estabelecer é muito diferente. É um reino no qual Deus reina, e é formado
por homens e mulheres livres da escravidão do pecado e de Satanás” (Comentário
Bíblico Pentecostal. Volume 1. 1ª Edição. RJ: CPAD. p.338).
IV. A TENTAÇÃO DE SER NOTADO
1.
A artimanha do Inimigo. O Diabo não
desiste nas primeiras derrotas e arrisca tentar Jesus mais uma vez com seu
jargão predileto: “Se tu és” (Lc 4.9). Todavia, agora ele acrescenta a frase:
“porque está escrito” (Lc 4.10). Satanás tenta derrotar Jesus usando a Bíblia!
Evidentemente que ele usa o Salmo 91 fora do seu contexto! Quando a Palavra do
Senhor tem exatamente o sentido do que o Criador disse, então ela é de fato a
Palavra dEle. Porém, quando passa a possuir um sentido particular, isto é, que
Deus não disse, não é mais a Palavra dEle, mas palavras de Satanás. A Bíblia
usada fora do seu contexto, como fez o Diabo e as seitas que ele criou, não é a
Palavra de Deus, mas uma arma do Maligno. É preciso muito cuidado quando se vê
alguém manusear a Bíblia. Pode ser que esse “manuseio” não esteja a serviço de
Deus!
2.
A busca pelo prestígio. Quando o
Diabo quer ver a queda de alguém, procura levá-lo até o ponto mais alto (Lc
4.9). É a tentação de ser visto, de ser notado. Era algo muito tentador saber
que dezenas, talvez centenas de pessoas, estariam ali para ver e aplaudir
aquela cena com características cinematográficas. Jesus não se dobrou frente
aos apelos de Satanás.
Há um
reconhecimento e uma fama que são bíblicas e não há nada pecaminoso nisso (Gn
12.2; 2Sm 7.9). Todavia, quando o desejo por publicidade se torna um fim em si
mesmo, então passa-se a fazer o jogo do Diabo. Infelizmente, muitos não medem
esforços para se exibir. Isso é pecado, mesmo que seja na esfera religiosa ou
espiritual.
SÍNTESE DO TÓPICO (IV)
Jesus venceu a tentação de ser notado
pelos homens.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“A terceira
tentação tem a ver com provar a verdade da promessa de Deus (Lc 4.9-12). Jesus
se deixa levar voluntariamente com o maligno até o ponto mais alto do templo. A
localização precisa no templo é incerta, mas do ponto mais alto do templo
Satanás instiga Jesus a pular: ‘Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui
abaixo’ (v.9). A sugestão dele é esta: ‘Antes de tu te dispores em tua missão,
é melhor que te certifiques da proteção de Deus. Então, por que não pulas e não
te asseguras de que Deus tomará conta de Ti?’. O maligno foi refutado duas
vezes com as Escrituras, então ele cita o Salmo 91.11,12 para garantir que Deus
o protegerá de qualquer dano. Este é um exemplo de torcer as Escrituras para
servir a um propósito, pois o Salmo 91 não garante que Deus fará milagres sob
as condições que estipularmos” (Comentário Bíblico Pentecostal. Volume
1. 1ª Edição. RJ: CPAD, p.338).
CONCLUSÃO
Jesus venceu
Satanás no deserto e em todas as outras situações em que o confrontou durante o
seu ministério terreno (Lc 4.1-13; 10.18,19). Na cruz do Calvário, o Filho de
Deus derrotou Satanás de forma definitiva (Cl 2.15; Hb 2.14). Posteriormente, o
apóstolo Paulo ensinaria à Igreja que todos aqueles que se encontram em Cristo
também participam dessa vitória (Ef 1.20-22; 2.6). Em Cristo somos mais do que
vencedores (Rm 8.37; 1Co 15.57), todavia, como cristãos criteriosos, não
devemos subestimar o mal (Lc 22.31-34).
PARA REFLETIR
Sobre os ensinos do Evangelho de Lucas,
responda:
De que forma a lição explica a tentação
de Jesus?
Ela explica que a tentação é uma
realidade humana. Como homem Jesus também sofreu várias tentações. Porém, Ele
venceu todas.
Qual foi a primeira tentação de Jesus?
A primeira tentação foi a sugestão do
Diabo de Jesus transformar as pedras do deserto em pães. Ele sabia que Jesus
estava em jejum e, certamente, estava com fome.
Qual foi a segunda tentação?
A segunda tentação foi a oferta que o
Diabo fez a Jesus de autoridade sobre os reinos da terra (Lc 4.5-8).
Satanás tentou derrotar Jesus usando
até mesmo o quê?
Ele usou até mesmo a Palavra de Deus.
Porém, que fique claro, o Diabo utilizou a Palavra de Deus de forma errada,
fora do seu contexto.
Quando Jesus derrotou Satanás de forma
definitiva?
Quando da sua morte e ressurreição na
cruz do calvário.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A tentação de Jesus
O evangelista Lucas
registra que Jesus foi cheio do Espírito Santo (4.1). Após o nosso Senhor ser
cheio do Espírito, Ele foi conduzido pelo mesmo Espírito ao deserto, onde foi
tentado pelo Diabo por quarenta dias. Neste período, o Senhor Jesus ficou em
comunhão com Deus Pai através de jejum e oração. Entretanto, ao sentir fome,
nosso Senhor começou a ser tentado pelo Diabo. O relato do capítulo 4 do
Evangelho de Lucas retrata três tentações que o Senhor Jesus foi provado: as
necessidades físicas (vv.3,4), a oferta de autoridade sobre os reinos (vv.5-8)
e provar a verdade da promessa de Deus (vv.9-12).
A primeira tentação
de Jesus revela-nos que Ele não usou o seu poder para benefício próprio, pois
antes agradava obedecer a Deus que a Satanás. Seria natural, se com fome, o
nosso Senhor transformasse pedra em pão e revelasse ser verdadeiramente o Filho
de Deus. Não! A resposta do nosso Senhor foi direta: nem só de pão viverá o
homem, mas de toda a Palavra que sai da boca de Deus (Dt 8.3).
A segunda tentação
de nosso Senhor tem a ver com a ambição de conquistar e governar todos os
reinos do mundo. Satanás colocou diante de Jesus toda a autoridade do mundo, e
em troca, ordenou que Jesus o adorasse prostrado. O Diabo usou de meia-verdade,
pois apesar de ter poder (Ef 2.2), ele não tinha autoridade para dar ou não a
Jesus reinos ou a glória desse mundo. A promessa de torná-lo o grande soberano
do mundo não “encheu os olhos” de nosso Senhor, que de pronto, logo respondeu:
“O Senhor, teu Deus, temerás, e a ele servirás, e pelo seu nome jurarás” (Dt
6.13).
A terceira tentação
mostra o nosso Senhor sendo levado pelo Diabo ao pináculo do Templo. A proposta
de Satanás: Pular, pois estava escrito que Deus daria ordens aos anjos para
livrá-lo. Ainda haveria outro impacto: Pular do pináculo do Templo e cair salvo
no meio pátio sagrado, de uma só vez, faria o Senhor ser reconhecido como
“Messias”. Mas não foi isso que aconteceu. O nosso Senhor não queimou etapas,
mas repreendeu Satanás dizendo que ninguém pode tentar a Deus. As coisas do
Altíssimo não são para fazermos provas sem sentido.
As três tentações
de Jesus Cristo expuseram três áreas que o ser humano se mostra frágil: A das
pulsões carnais, as do poder e a da busca pela fama. Nosso Senhor venceu as
tentações e nos estimulou a fugir das pulsões carnais, do apego pelo poder e da
possibilidade de usar as promessas divinas para benefício próprio para a
formação da autoimagem.
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Lições Bíblicas CPAD
Jovens
2º Trimestre de 2015
Título: Jesus e o seu
tempo — Conhecendo o contexto da sociedade judaica nos tempos de Jesus
Comentarista: Valmir
Milomem
Lição 4: Jesus e a Lei
Data: 26 de
Abril de 2015
TEXTO DO DIA
“Não cuideis que
vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir” (Mt
5.17).
SÍNTESE
O Senhor Jesus
cumpriu a Lei e deu a ela um novo significado, enfatizando o amor a Deus e ao
próximo.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA
— Jo 14.23
Quem ama a Cristo,
guarda os seus mandamentos
TERÇA
— Gl 4.1-5
O Evangelho
isenta-nos da lei
QUARTA
— Sl 119.33
Os estatutos do Senhor
QUINTA
— Hb 10.1
A sombra dos bens
futuros
SEXTA
— Tg 2.8
A Lei Real
SÁBADO
— Rm 8.2
A Lei do Espírito
de Vida
OBJETIVOS
Após esta aula, o
aluno deverá estar apto a:
· CONHECER os
propósitos da Lei que Deus entregou a Israel;
· SABER que
Jesus cumpriu a Lei;
· COMPREENDER o
significado da atualidade do aspecto moral da Lei.
INTERAÇÃO
Vivemos
tempos de relativismo moral sem precedentes, no qual se rejeita a existência de
um padrão ético absoluto. Entretanto, as Escrituras deixam transparecer, de
forma cristalina, a existência da ética imutável de um Deus santo e amoroso.
Jesus expressa essa Ética do Reino em seu Sermão do Monte. Ele reforça os
mandamentos divinos e centraliza-os no amor a Deus e ao próximo, rejeitando o
sistema formal e legalista da sua época. Por isso, Paulo pronunciou que o
mandamento é santo, justo e bom (Rm 7.12). Refletir sobre a lei divina para os
dias atuais é uma necessidade premente, pois ela nos fornece valores e
princípios imutáveis, firma nossos passos e proporciona garantia de felicidade
perene.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, o
planejamento é fundamental para a excelência de qualquer atividade. Em relação
ao ensino, planejar significa prever todas as etapas do trabalho docente a fim
de que os alunos aprendam. Desse modo, não deixe de elaborar um plano de aula.
Para ajudá-lo na elaboração do plano de aula, observe o seguinte roteiro:
a) Identifique
o tema da aula;
b) Estabeleça
os objetivos;
c) Indique
o conteúdo da matéria de ensino;
d) Estabeleça
os procedimentos de ensino;
e) Escolha
os recursos didáticos;
f) Escolha
o instrumento de avaliação.
TEXTO BÍBLICO
Mateus
5.17-20; Mateus 22.37-40.
Mateus
5
17 — Não cuideis que vim destruir a lei ou os
profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir.
18 — Porque em verdade vos digo que, até que o
céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja
cumprido.
19 — Qualquer, pois, que violar um destes
menores mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor no Reino
dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no Reino
dos céus.
20 — Porque vos digo que, se a vossa justiça
não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos
céus.
Mateus
22
37 — E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor, teu
Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.
38 — Este é o primeiro e grande mandamento.
39 — E o segundo, semelhante a este, é: Amarás
o teu próximo como a ti mesmo.
40 — Desses dois mandamentos dependem toda a
lei e os profetas.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
No Sermão do Monte,
o Mestre afirmou enfaticamente que não veio destruir a Lei, mas cumpri-la (Mt
5.17). O que essa afirmação significa? Qual era o propósito da lei mosaica?
Como o cristão se relaciona com a lei atualmente? Na lição de hoje, estudaremos
sobre esses temas e como Jesus compreendia a lei que Deus havia dado à nação de
Israel por intermédio de Moisés e o seu significado em o Novo Testamento.
I.
A LEI DO ANTIGO TESTAMENTO
1.
A Lei dada a Israel (Êx 19-20). Depois
de libertar Israel da servidão do Egito, Deus conduziu o seu povo por uma
jornada de fé até a Terra Prometida, a fim de fazer cumprir a promessa feita a
Abraão. No entanto, no início desta jornada, ao falar com Moisés no Monte Sinai
(Êx 19.1-13), o Senhor relembrou aos israelitas a necessidade de eles guardarem
o concerto firmado (v.5) e de obedecerem todos os seus estatutos. Para tanto,
Deus entregou a Moisés a Lei (hb. torah, que significa ensinamento) com as condições e
regras de convivência que os filhos de Israel deveriam observar como sinal de
lealdade.
2.
Abrangência da Lei. A Lei que Deus entregou à nação
de Israel continha preceitos morais para uma vida santa e piedosa em relação a Deus
e ao próximo. Tais preceitos estão sintetizados no Decálogo, os Dez Mandamentos
proferidos pelo Senhor no Sinai (Êx 20.1-17), que também foram escritos em duas
tábuas de pedra (Êx 31.18; 34.28). A lei servia ainda para regular a ordem
jurídica e a vida em sociedade de Israel enquanto nação organizada, com normas
civis, penais, trabalhistas, sanitárias, ecológicas e afins (Êx 21; 23; Lv 19;
20; Dt 19-22; 24). Por último, a Lei previa regras cerimoniais, que tratavam
dos ritos e cerimônias de adoração, oferta de sacrifícios e serviços do
Tabernáculo (Lv 1-7).
3.
Os propósitos da Lei. A Lei foi dada a Israel com os
objetivos de prover um padrão de justiça, segundo o modelo de moralidade para o
caráter e a conduta do ser humano (Dt 4.8; Rm 7.12); identificar e expor a
malignidade do pecado (Rm 5.20), apontando o caminho da sua expiação pela fé em
Deus através dos sacrifícios que eram oferecidos no TabernácuLo (Lv 4-7) e, por
fim; revelar a santidade de Deus (Êx 24.15-17; Lv 19.1,2), para conduzir a
humanidade a Cristo (Rm 10.4).
Pense!
“Assim,
a lei é santa; e o mandamento, santo, justo e bom” (Rm 7.12).
Ponto
Importante
A
Lei de Deus, entregue a Moisés tinha os seguintes propósitos para Israel:
prover um padrão de justiça; identificar e expor a malignidade do pecado e
revelar a santidade de Deus.
II.
JESUS E A LEI
1.
O cumprimento da Lei. No Sermão do Monte, o Senhor
Jesus afirmou: “Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim
ab-rogar, mas cumprir” (Mt 5.17). Com essas palavras, o Nazareno afasta a
acusação dos fariseus de que estivesse subvertendo os mandamentos divinos, e comprova
que tudo o que dEle estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos
Salmos, deveria se cumprir dentro do seu plano redentor (Lc 24.44). Conforme a Bíblia
de Estudo Palavras-Chave, em ambas as passagens a palavra cumprir (gr. plēroõ) tem o sentido de concluir,
satisfazer ou aperfeiçoar. Significa dizer que somente Cristo foi capaz de
satisfazer as exigências da Lei, pois o fim da lei é Cristo, para a justiça de
todo aquele que crê (Rm 10.4).
De acordo com o Comentário
Bíblico Pentecostal Novo Testamento, “Mateus vê o cumprimento da Lei em
Jesus semelhante ao cumprimento da profecia do Antigo Testamento: O novo é como
o velho. Não só o novo cumpre o velho, mas o transcende. Jesus e a lei do novo
Reino são o intento, destino e meta final da lei”.
2.
O fim da Lei Mosaica. A lei mosaica funcionava como
um “aio” (tutor) temporário até que Cristo viesse (Gl 3.22-26). Assim, ao se
entregar em sacrifício como o cordeiro imaculado e incontaminado (1Pe 1.19),
Jesus deu a Lei por concluída, pois era a sombra dos bens futuros (Hb 10.1).
Com efeito, no Novo Concerto, os salvos em Cristo não estão mais debaixo da Lei
assim como estava o povo de Israel, tendo em vista que, mudando-se o
sacerdócio, necessariamente se faz também a mudança da Lei (Hb 7.12).
Quer dizer, então,
que a Lei não tem mais nenhum valor para os cristãos? De modo algum, afinal
ainda encontra-se em vigor os preceitos morais e os referenciais éticos
estabelecidos por Deus de forma universal e atemporal para o ser humano. Mas,
até mesmo esta parte da lei recebeu um novo significado em Cristo, que lhe deu
sentido e expressões mais plenas.
3.
Novo significado. Os israelitas haviam
transformado os mandamentos de Deus em um conjunto de regras e imposições
legalistas, baseados em ritos e aparência exterior. A tradição humana havia
subvertido a essência da lei. Em sua missão terrena, Jesus resgata o propósito
primordial da lei e enfatiza a necessidade do seu cumprimento de forma livre e
espontânea, dando-lhe novo significado, cujo padrão de retidão opera de dentro
para fora. Entretanto, esse novo sentido dado por Cristo parece ser ainda mais
exigente; afinal, depois de afirmar o que estava escrito na lei mosaica
(“Ouvistes o que foi dito”, Mt 5.21,27,31,33,43), Ele introduz um padrão ainda
mais elevado (“Eu, porém, vos digo”). Eis o motivo pelo qual afirma o Mestre
que a justiça dos discípulos deve exceder a dos escribas e fariseus (Mt 5.22).
Assim, a Ética do
Reino mencionada por Jesus no Sermão do Monte não é alcançada pelo esforço
humano e, muito menos, condição para alcançar o favor de Deus. É uma ética que
todo o crente deve buscar ardentemente, e que é vivenciada somente pela
transformação e santificação advinda do interior do coração, pela obra de
Cristo e da ajuda do Espírito Santo (Jo 15.5). Dessa forma, hoje precisamos
compreender que cumprimos as ordenanças divinas não por imposição ou por medo,
mas como consequência de uma vida transformada.
Pense!
“Porque,
tendo a lei a sombra dos bens futuros e não a imagem exata das coisas, nunca,
pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode
aperfeiçoar os que a eles se chegam” (Hb 10.1).
Ponto
Importante
A
ética do Reino mencionada por Jesus no Sermão do Monte não é alcançada pelo
esforço humano e, muito menos, é condição para alcançar o favor de Deus.
III.
AS LEIS DO REINO DE DEUS
1.
Amar a Deus sobre todas as coisas. Os
fariseus questionaram Jesus sobre qual era o grande mandamento da lei, e o
Mestre respondeu: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda
a tua alma, e de todo o teu pensamento” (Mt 22.37). Aqui, Jesus cita o que está
registrado em Deuteronômio 6.5, o qual considera o primeiro e grande mandamento
(Mt 22.38). Embora os israelitas conhecessem tal preceito, o Mestre revigora o
seu conteúdo ao apresentar Deus, não como um monarca carrancudo e distante, mas
como o Pai amoroso (Mt 23.9; Jo 16.27), que recebe, em contrapartida, o amor
pleno e irrestrito de seus filhos, fruto de uma perfeita comunhão. Amar a Deus
significa tê-lo como único Senhor de nossas vidas, permitindo que Ele ocupe a
primazia sobre qualquer outra coisa ou pessoa, seja trabalho, estudo, amigos ou
bens materiais (Mt 6.24). A prova do verdadeiro amor que o cristão autêntico
devota a Deus é: a confiança e esperança depositadas nEle, assim como a
obediência à sua Palavra (Jo 14.21).
2.
Amar o próximo como a ti mesmo. Jesus
ainda apresenta o segundo mandamento, tão importante quanto o primeiro: “Amarás
o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22.39). Os ensinos de Jesus e seu exemplo de
vida evidenciam que o amor a Deus é expresso e provado amando os seres humanos.
Nesse sentido, o apóstolo João também afirma que aquele que diz amar a Deus e
odeia a seu irmão, é mentiroso (1Jo 4.20,21). Isso porque o amor genuíno é
derramado em nossos corações pelo Espírito Santo (Rm 5.5). como evidência do
novo nascimento (1Jo 3.9,10) e do fruto do Espírito (Gl 5.22). Este é o amor ágape, que busca o bem da outra pessoa sem
querer nada em troca (cf. 1Co 13) e sem fazer acepção de pessoas. Segundo
Tiago, esta é a Lei real (Tg 2.8,9). Por esse motivo, Jesus assevera que
devemos amar não somente aqueles que nos amam, mas também os nossos inimigos (Mt
5.43-46).
3.
A essência dos mandamentos. “Desses dois
mandamentos”, concluiu o Mestre, “dependem toda a lei e os profetas” (Mt
22.40). Ou seja, amar a Deus e ao próximo é a chave para a compreensão dos
mandamentos do Altíssimo após o advento de Cristo. São a essência dos
mandamentos divinos. Conforme o Comentário Bíblico Pentecostal,
“estes dois mandamentos sobre o amor são a ‘constituição’ do Reino, a partir do
qual todas as outras leis serão julgadas e todas as aplicações da lei
consideradas apropriadas ou não. Estes dois mandamentos garantem que a lei
inteira se conformará ao espírito do Reino”.
Pense!
Deus
preservou de forma incontestável a sua mensagem ao longo dos séculos, 0 que nos
traz a segurança de que podemos confiar na Palavra de Deus.
Ponto
Importante
A
Bíblia é a inerrante e eterna Palavra de Deus revelada ao homem.
CONCLUSÃO
Portanto, o fato de
estarmos debaixo da graça (e não da lei), não nos isenta de obedecermos aos mandamentos
de Deus (Rm 6.15). Precisamos entender, contudo, que, em Jesus Cristo, a
observância da lei moral do Reino não é um mérito pessoal conquistado pelo
esforço próprio, mas algo que parte de um coração regenerado e transformado
interiormente. Hoje, vivemos a Lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus (Rm
8.2). Glorifiquemos a Deus por isso!
ESTANTE DO PROFESSOR
ALMEIDA, Abraão. O Sábado, a
Lei e a Graça.
STRONSTAD, Roger; Arrington, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento.
STRONSTAD, Roger; Arrington, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento.
HORA DA REVISÃO
1. O
que é o Decálogo?
Os Dez Mandamentos proferidos pelo
Senhor no Sinai (Êx 20.1-17).
2. Quais
eram os propósitos da Lei?
Prover um padrão de justiça, identificar
e expor a malignidade do pecado e revelar a santidade de Deus.
3. Qual
o significado da palavra “cumprir” em Mt 5.17 e Lc 24.44?
Cumprir (gr. plēroõ) tem o sentido de concluir, satisfazer ou aperfeiçoar.
4. Como
podemos colocar em prática o novo significado que Jesus deu à Lei?
Resposta pessoal.
5. Quais
os dois mandamentos de que dependem a Lei e os profetas, segundo Jesus?
Amar a Deus e ao próximo.
SUBSÍDIO
Jesus
e a Lei de Moisés
“(1) Purificador
da lei. Jesus purificou a lei moral das perversões que a ela foram
anexadas pelos judeus (Mt 5.27-48) e purificou a lei cerimonial das mesmas
perversões (Mt 15.1-11). Isso estava de acordo com a missão dEle, que havia
sido prevista (Ml 3.1-4).
(2)
O defensor da lei. Jesus ensinou que a lei tinha
autoridade divina (Mt 5.18; Lc 16.17). Ele colocou a lei no mesmo nível de suas
próprias palavras (Jo 5.45-47). Ele mostrou que a Lei tinha previsões a seu
respeito (Lc 24.27,44; Jo 5.45.46).
(3)
O intérprete da lei. Jesus resumiu a lei no absoluto
amor a Deus e ao próximo (Mt 7.12; 22.34-40; Mc 12.28-34: Lc 10.25-37).
(4)
O cumpridor da lei. Jesus cumpriu a lei cerimonial
ao observar os seus ritos (Lc 2.21-27). Ele praticou a lei cível (ou judicial)
ao observar a lei romana (Mt 17.24-27; 22.17-22), e praticou a lei moral ao
obedecer perfeitamente aos mandamentos de Deus. Por essa obediência, Ele se
tornou a perfeita justiça do pecador que infringiu a lei (Dn 9.24; Mt 3.15; Rm
10.3,4; 2Co 5.21; Gl 4.4,51.
(5)
Aquele que aboliu a lei cerimonial. A
morte de Cristo na cruz aboliu a legislação cerimonial (Mt 27.51); porém, mesmo
antes desse acontecimento, Cristo havia feito declarações que prepararam o
caminho para uma adoração simplificada na Era do evangelho (Mc 7.15.19; Lc 11.41;
Jo 4.23,24)” (PFEIFFER, Charles F.; REA, John; VOS, Howard F. (Eds). Dicionário
Bíblico Wycliffe. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009. p.1141).
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