Lições Bíblicas CPAD
Adultos
1º Trimestre de 2016
Título: O final de
todas as coisas — Esperança e glória para os salvos
Comentarista: Elinaldo
Renovato
Lição 1: Escatologia,
o estudo das Últimas Coisas
Data: 3 de
Janeiro de 2016
TEXTO ÁUREO
“Sabe, porém,
isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos” (2Tm 3.1).
VERDADE PRÁTICA
O estudo da
Escatologia bíblica traz ao coração dos salvos a esperança de um dia estarem
para sempre com o Senhor Jesus Cristo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda
— Mt 24.3
A preocupação dos
discípulos de Jesus a respeito da sua segunda vinda
Terça
— Lc 12.40
O Filho do Homem
virá a qualquer momento
Quarta
— At 1.7
Não se pode
especular quanto à segunda vinda do Filho de Deus
Quinta
— 2Pe 3.8
O tempo de Deus não
é o nosso tempo
Sexta
— Mt 24.36
Só Deus sabe o tempo
da vinda de Jesus e o fim do mundo
Sábado
— Mt 24.23-25
Antes da vinda de
Jesus surgirão falsos cristos e falsos profetas
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus
24.4,5,11-13; 1 Tessalonicenses 1.10.
Mateus
24
4 — E
Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane,
5 — porque
muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos.
11 — E surgirão muitos falsos profetas e
enganarão a muitos.
12 — E, por se multiplicar a iniquidade, o amor
de muitos se esfriará.
13 — Mas aquele que perseverar até ao fim será
salvo.
1
Tessalonicenses 1
10 — e esperar dos céus a seu Filho, a quem
ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura.
HINOS SUGERIDOS
442,
500 e 513 da Harpa Cristã.
OBJETIVO GERAL
Explicar
o real significado da Escatologia Bíblica.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os
objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
· I. Definir a
Escatologia;
· II. Mostrar a
preocupação do homem com os fins dos tempos;
· III. Explicar algumas
das diferentes interpretações escatológicas.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado
professor, neste primeiro trimestre do ano estudaremos a respeito das últimas
coisas, pois em breve Jesus virá! Muitos já não creem na Segunda Vinda de
Cristo, por isso, desprezam as profecias bíblicas. Todavia, Jesus virá como um
ladrão, na hora que ninguém espera. Este glorioso dia não nos pegará de
surpresa, pois somos do Senhor e aguardamos a sua vinda a qualquer momento.
O
comentarista do trimestre é o pastor Elinaldo Renovato de Lima — autor de
diversos livros, líder da Assembleia de Deus em Parnamirim, RN.
Que
o estudo de cada lição possa trazer esperança ao seu coração, pois breve Ele
virá e estaremos para todo o sempre em sua presença.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Neste trimestre
teremos a oportunidade ímpar de estudar a respeito do tempo do fim. Nesta
primeira lição, examinaremos a Escatologia bíblica. Para os salvos em Jesus
Cristo este é um tema que traz esperança, pois não há nada melhor do que ter a
certeza de que o Salvador voltará e que viveremos junto com Ele por toda a
eternidade. No entanto, para os descrentes, a segunda vinda de Jesus não
oferece motivos para regozijo. As previsões bíblicas para o futuro dos ímpios
são aterradoras: “Os ímpios serão lançados no inferno e todas as nações que se
esquecem de Deus” (Sl 9.17). Porém, ainda é tempo para o arrependimento e a
conversão. Por isso, a Igreja do Senhor tem a responsabilidade de anunciar
Jesus, cumprindo a Grande Comissão (Mt 28.19,20).
PONTO CENTRAL
O estudo da Escatologia Bíblica traz
esperança para os salvos em Jesus Cristo.
I.
O ESTUDO DA ESCATOLOGIA
1.
Definição. A palavra escatologia tem
origem em dois termos gregos: escathos, “último”, e logos, “estudo”, “mensagem”, “palavra”. O
termo grego cognato é , que significa “últimas coisas”. Daí vem à
expressão “estudo”, ou “doutrina” das “últimas coisas”. Portanto, escatologia é
o estudo sistemático das coisas que acontecerão nos últimos dias ou a “doutrina
das últimas coisas”. A escatologia estuda os seguintes temas: Estado
Intermediário, Arrebatamento da Igreja, Grande Tribulação, Milênio, Julgamento
Final e o Estado Perfeito Eterno.
2.
A escatologia e a volta de Jesus. O
estudo da escatologia bíblica mostra que o crente tem de estar sempre alerta,
vigilante, pois a volta de Jesus pode acontecer a qualquer momento: “Portanto,
estai vós também apercebidos; porque virá o Filho do Homem à hora que não
imaginais” (Lc 12.40). Muitos desprezam e desdenham das verdades bíblicas, mas
Deus vela pela sua Palavra e em breve Jesus voltará e julgará a todos aqueles
que amam a prática do pecado.
SÍNTESE
DO TÓPICO (I)
A
Escatologia Bíblica tem como objetivo estudar os assuntos relacionados às
últimas coisas.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Embora lide com
eventos futuros, a escatologia tem suas raízes tanto na vida, morte e
ressurreição históricas de Cristo como em seu futuro retorno. Como afirma
Berkouwer: ‘Não é o desconhecimento do futuro, mas sim seu conhecimento que é
fundamental na reflexão escatológica’. A verdadeira questão é ‘se as
expectativas bíblicas são certas ou incertas, duvidosas ou inevitáveis’.
Eis uma verdade com
a qual quase todos os teólogos evangélicos concordam: Jesus voltará. Os
cristãos fundamentam sua esperança nesta promessa, que foi claramente firmada
por Cristo (Mt 24.27-31). Nas parábolas dos dois servos (Mt 24.45-51), das dez
virgens (Mt 25.1-13) e dos talentos (Mt 25.14-30), Jesus assegurou que
voltaria. Ele virá sobre as nuvens (Mt 26.64; Ap 1.7), à vista de todos (Mt
24.30), chegará ao mesmo lugar do qual partiu (Zc 14.4; At 1.11) e em um
momento que apenas o Pai conhece (Mc 13.32).
Embora os
estudiosos normalmente concordem que Jesus voltará, existem diferentes opiniões
sobre os detalhes das circunstâncias que levarão ou se seguirão ao retorno de
Cristo. Estas diferentes opiniões estão relacionadas à sequência dos eventos do
fim, à Grande Tribulação, ao Milênio e ao futuro de Israel” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia
Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.168).
II.
A PREOCUPAÇÃO COM OS FINS DOS TEMPOS
1.
Os discípulos de Jesus. Certa vez, os
discípulos de Jesus fizeram a seguinte indagação ao Mestre: “[...] Dize-nos
quando serão essas coisas e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?”
(Mt 24.3). Tanto os discípulos quanto os cristãos do primeiro século desejavam
saber a respeito do fim dos tempos, pois este é um assunto que chama a atenção
de crentes e não crentes. Já no primeiro século algumas pessoas não acreditavam
mais na segunda vinda de Jesus, pois Pedro fala sobre os “escarnecedores” que
dizem: “Onde está a promessa da sua vinda?”. Infelizmente, hoje muitos também
continuam achando que a Palavra de Deus não se cumprirá e que o fim não virá
(2Pe 3.3,4).
2.
As previsões falsas sobre o futuro. O
homem sempre se preocupou com o fim dos tempos, por isso, o grande número de
falsos profetas e falsas previsões quanto ao futuro da humanidade. São inúmeras
seitas e falsos profetas que já marcaram a data da segunda vinda de Jesus e o
fim de todas as coisas, pois todos erram.
3.
Falsos profetas. Certo pastor marcou o
arrebatamento da Igreja para o ano de 1993 e o início da Grande Tribulação,
considerando que o ano 2000 seria o fim do sexto milênio. Outro “profeta”,
baseado em cálculos matemáticos, somando ou subtraindo referências bíblicas e
utilizando a contagem bíblica dos tempos, assegurou que o Anticristo seria
revelado em 13 de novembro de 1986 às 17 horas em Jerusalém! Marcou o “fim do
mundo” para março de 1987. Mais um falso profeta foi desmoralizado.
SÍNTESE
DO TÓPICO (II)
Os
discípulos de Jesus sempre se preocuparam com os fins dos tempos.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“Marcos 13.32
assinala que apenas o Pai conhece o momento do retorno de Cristo. Mateus 24.42
alerta: ‘Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor”.
Paulo escreve: ‘porque vós mesmos sabeis muito bem que o Dia do Senhor virá
como o ladrão de noite’ (1Ts 5.2). Estas passagens indicam que Jesus pode
retornar a qualquer momento advertindo-nos para estarmos prontos.
Já outras passagens
trazem sinais que precederão a volta de Cristo. O próprio Jesus mencionou
sinais que marcariam o fim dos tempos como lemos em Mateus 24.1-14” (LAHAYE,
Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ:
CPAD, 2008, p.169).
III.
INTERPRETAÇÕES ESCATOLÓGICAS
Existem diferentes
interpretações escatológicas a respeito do fim. Não podemos estudar todas em
uma única lição, porém estudaremos algumas:
1.
Futurista. Essa interpretação considera
que a maior parte das profecias ainda vai se cumprir, começando com o
arrebatamento da Igreja e demais fatos subsequentes. Sem dúvida, é a mais
adequada à realidade das profecias sobre os últimos tempos. Essa corrente,
porém, subdivide-se em:
a)
Pré-tribulacionista. Esta corrente afirma que o
Senhor Jesus arrebatará sua Igreja antes da Tribulação de sete anos (Jo 14.1-3;
1Ts 4-5). Segundo Tim Lahaye, aqueles que “interpretam a Bíblia literalmente
encontram razões fortes para crer que o arrebatamento será pré-tribulacional”.
O ensino a respeito do arrebatamento é uma doutrina fundamental, porém, o povo
de Deus não precisa estar dividido quanto a tal assunto. O importante é que
Jesus voltará para buscar a sua Igreja.
É importante
ressaltar que a corrente pré-tribulacionista está mais de acordo com o livro de
Apocalipse (Ap 4.1-2). Para os pré-tribulacionistas os crentes serão guardados
da Tribulação. Segundo esta corrente o propósito da Tribulação não é preparar a
Igreja para estar com Cristo, mas, preparar Israel para a restauração do plano
de Deus.
b)
Pré-milenista. Essa corrente conclui que a
Vinda de Cristo ocorrerá antes do milênio, quando Cristo virá reinar sobre a
Terra.
Grande parte dos
cristãos do primeiro século, eram pré-milenistas. Segundo o pastor Claudionor
de Andrade “tal posicionamento foi duramente combatido por Orígenes que,
influenciado pela filosofia grega, passou a ensinar que o Milênio nada mais era
que uma referência alegórica à ação do Evangelho na vida das nações”.
c)
Midi-tribulacionistas. Os
midi-tribulacionistas entendem que a Igreja será arrebatada no meio da
Tribulação.
d)
Pós-tribulacionistas. Os pós-tribulacionistas pregam
que a Igreja vai passar pela Grande Tribulação. No entanto, esse ensino não tem
base sólida na Palavra de Deus. Jesus disse à igreja de Filadélfia, que
representa a igreja fiel, que iria guardá-la “da hora da tentação que há de vir
sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra” (Ap 3.10). A Igreja
não estará mais na Terra quando começar a Grande Tribulação. Paulo ensina que
devemos “[...] esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a
saber, Jesus, que nos livra da ira futura” (1Ts 1.10).
2.
Histórica. Considera que o Apocalipse é um
livro histórico, cujos fatos já se cumpriram na sua maior parte. Mas tal
entendimento não corresponde à realidade bíblica.
3.
Preterista. Os preteristas entendem que o
Apocalipse já se cumpriu totalmente na época do Império Romano, incluindo a
destruição de Jerusalém, no ano 70 a.C. Entretanto, as profecias bíblicas sobre
os fins dos tempos indicam que diversos eventos escatológicos ainda não se cumpriram,
como o Arrebatamento da Igreja (1Ts 4.17), a Grande Tribulação ou “a hora da
tentação que há de vir sobre todo o mundo” (Ap 3.10), a Vinda de Cristo em
glória (Mt 16.27) e o milênio (Ap 20.2-5).
4.
Simbolista. É também chamada de
interpretação idealista ou espiritualista. Tudo é “espiritualizado”, simbólico;
nada é histórico, mas apenas uma alegoria da luta entre o bem e o mal. Nessa
linha de pensamento, há o ensino amilenista, segundo o qual não haverá um
período literal de mil anos para o reinado de Cristo. Ensinam que a Igreja está
vivendo um milênio simbólico, mas as referências que indicam que o milênio será
literal são muitas (Ap 20.2-5; Hc 2.14). Há os pós-milenistas que pregam que
Jesus só voltará depois do milênio. Os textos bíblicos, porém, indicam uma
ordem diferente dos acontecimentos escatológicos. A ressurreição dos mortos
salvos ocorrerá na vinda de Cristo (1Ts 4.13-17). A volta de Jesus é tão
literal quanto o foi a sua Ascensão (cf. At 1.9,11).
SÍNTESE
DO TÓPICO (III)
Existem
várias interpretações escatológicas a respeito do fim.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Os termos
pré-milenismo, amilenialismo e pós-milenialismo existem porque Apocalipse 20
fala sobre um reinado milenial de Cristo, que terá lugar logo após o seu
retorno (retratado em Apocalipse 19). Uma teologia sólida deve ser desenvolvida
a partir da própria Bíblia e as Escrituras ensinam apenas um ponto de vista. O
amilenialismo e o pós-milenialismo não são encontrados em nenhuma parte, mas o
pré-milenialismo é percebido ao longo de toda a Bíblia. A força do
pré-milenialismo está no texto das Escrituras.
O pré-milenialismo
é a opinião escatológica de que Jesus Cristo voltará literalmente para
estabelecer o seu reino na terra por mil anos. Isso ocorrerá após o período da
Tribulação e antes do estabelecimento de um novo céu e uma nova terra (Ap 20).
Ryrie observa:
‘Todas as formas de pré-milenialismo entendem que o Milênio segue à segunda
vinda de Cristo. A sua duração será de mil anos; a sua localização será na
terra; o seu governo será teocrático com a presença pessoal de Cristo reinando
como Rei’.
Dentro do
pré-milenialismo, em geral, existe uma variedade de pontos de vista acerca do
arrebatamento da Igreja, os quais incluem o pré-milenialismo pré-tribulacional,
e pós-tribulacional. Em outras palavras, os pré-milenialistas estão divididos
quanto as suas opiniões de quando o arrebatamento ocorrerá em relação à
Tribulação e ao Milênio” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia
Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.348).
CONCLUSÃO
Defendemos a
interpretação futurista, que se revela como a que melhor ajusta-se à boa
hermenêutica sagrada, segundo a qual a Bíblia interpreta-se a si mesma.
Nos livros
escatológicos, podemos identificar algumas profecias que já se cumpriram e
também entendemos que há linguagem simbólica nos livros escatológicos. Mas, em
relação aos fins dos tempos, face à volta de Jesus, cremos que esta se dará
antes da Grande Tribulação.
PARA REFLETIR
A respeito da Escatologia Bíblica,
responda:
Defina “escatologia”.
A palavra escatologia tem origem em dois
termos gregos: escathos, “último”, e logos, “estudo”, “mensagem”,
“palavra”. O termo grego cognato é éschata, que significa “últimas
coisas”. Daí vem à expressão “estudo”, ou “doutrina” das “últimas coisas”.
Quais os temas estudados pela
escatologia?
Estado Intermediário, Arrebatamento da
Igreja, Grande Tribulação, Milênio, Julgamento Final e o Estado Perfeito
Eterno.
Quando se dará a volta de Cristo?
A qualquer momento Cristo poderá voltar.
Cite três interpretações escatológicas
a respeito do fim.
Pré-tribulacionista, Pré-milenista,
Midi-tribulacionistas.
O que a corrente Preterista entende a
respeito do Apocalipse?
Os preteristas entendem que o Apocalipse
já se cumpriu totalmente na época do Império Romano, incluindo a destruição de
Jerusalém, no ano 70 a.C..
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Escatologia,
o estudo das Últimas Coisas
Esperança:
o fundamento da Escatologia Bíblica.
“O único motivo por
que a promessa da nossa ressurreição, do nosso corpo glorificado, do nosso
reinar com Cristo, e do nosso futuro eterno é chamada ‘esperança’ é porque
ainda não os alcançamos (Rm 8.24,25)” (Teologia Sistemática: Uma
Perspectiva Pentecostal. CPAD, p.610). De fato, não alcançamos a plena
redenção do nosso corpo; a nova realidade de uma transformação radical nos
termos que o apóstolo Paulo escreveu em 1 Tessalonicenses: “Porque o mesmo
Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de
Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que
ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar
o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (4.16,17). Ao
anunciar esta promessa, o apóstolo conclui: “Portanto, consolai-vos uns aos
outros com estas palavras” (v.18).
A sentença acima,
pronunciada pelo apóstolo dos gentios, demonstra que a “esperança” é o grande
tema da verdadeira Escatologia Bíblica. E que, por isso, devemos reforçar tal
esperança consolando uns aos outros com a memória dessa promessa. A razão de
aguardarmos algo que ainda não ocorreu é porque “anelamos e esperamos a
realidade última da manifestação do Reino de Deus no mundo”. Por isso, essa
esperança se inicia e permanece em nós por intermédio de Jesus Cristo (Ef
2.12). Éramos um povo sem esperança, já condenado como filhos da ira, com uma
natureza essencialmente alienada de Deus e do seu plano de salvação. Mas,
“estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com
Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2.5). Aqui, está a razão da nossa
esperança! Se o Pai, por intermédio de Jesus, o seu Filho, nos vivificou em
Cristo, significa que Ele completará essa boa obra iniciada em nós. Por isso, a
“esperança” é o fundamento primeiro da Escatologia Bíblica.
Enfatize
a esperança cristã
Ao iniciar a
primeira lição deste trimestre, antes de abordar o conceito da Escatologia, a
preocupação com os fins dos tempos e as linhas de interpretações do livro de
Apocalipse, dê ênfase ao tema da "esperança". A doutrina das últimas
coisas não pode ser ensinada com o objetivo de trazer medo às pessoas. À luz da
Palavra de Deus, sempre que os autores bíblicos trataram do assunto, eles
tinham como alvo de consolar, confortar e animar o povo de Deus.
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