5 de novembro de 2014

Lição 6: A queda do Império Babilônico Data: 9 de Novembro de 2014

Lições Bíblicas CPAD


Lições Bíblicas CPAD                        Jovens e Adultos

http://www.estudantesdabiblia.com.br/images/h_line.jpg

4º Trimestre de 2014

Título: Integridade Moral e Espiritual — O legado do livro de Daniel para a Igreja de hoje
Comentarista: Elienai Cabral

http://www.estudantesdabiblia.com.br/images/h_line.jpg

Lição 6: A queda do Império Babilônico
Data: 9 de Novembro de 2014

TEXTO ÁUREO

E te levantaste contra o Senhor do céu, [...] além disso, deste louvores aos deuses de prata, de ouro, de cobre, de ferro, de madeira e de pedra, que não veem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está a tua vida e todos os teus caminhos, a ele não glorificaste” (Dn 5.23).

VERDADE PRÁTICA

Se nos rebelarmos contra o Soberano e Santo Deus, Ele nos abaterá.

HINOS SUGERIDOS

198, 211, 212.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Sl 2.1-4; Is 44.23-28
Deus frustra os maus intentos

http://www.estudantesdabiblia.com.br/images/cr1.gif

Terça - Êx 34.5-7; Na 1.3
Deus é paciente e tardio em irar-se

http://www.estudantesdabiblia.com.br/images/cr1.gif

Quarta - Nm 14.18-20
Deus não tem ao culpado por inocente

http://www.estudantesdabiblia.com.br/images/cr1.gif

Quinta - Gl 6.7
De Deus não se zomba

http://www.estudantesdabiblia.com.br/images/cr1.gif

Sexta - Is 42.8
Deus não dá a sua glória a outrem

http://www.estudantesdabiblia.com.br/images/cr1.gif

Sábado - 1Cr 29.10-14
Deus é Senhor sobre reis e nações

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Daniel 5.1,2,22-30.

1 - O rei Belsazar deu um grande banquete a mil dos seus grandes e bebeu vinho na presença dos mil.
2 - Havendo Belsazar provado o vinho, mandou trazer os utensílios de ouro e de prata que Nabucodonosor, seu pai, tinha tirado do templo que estava em Jerusalém, para que bebessem neles o rei, os seus grandes e as suas mulheres e concubinas.
22 - E tu, seu filho Belsazar; não humilhaste o teu coração, ainda que soubeste de tudo isso.
23 - E te levantaste contra o Senhor do céu, pois foram trazidos os utensílios da casa dele perante ti, e tu, os teus grandes, as tuas mulheres e as tuas concubinas bebestes vinho neles; além disso, deste louvores aos deuses de prata, de ouro, de cobre, de ferro, de madeira e de pedra, que não veem, não ouvem, nem sabem; mas a Deus, em cuja mão está a tua vida e todos os teus caminhos, a ele não glorificaste.
24 - Então, dele foi enviada aquela parte da mão, e escreveu-se esta escritura.
25 - Esta, pois, é a escritura que se escreveu: MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM.
26 - Esta é a interpretação daquilo: MENE: Contou Deus o teu reino e o acabou.
27 - TEQUEL: Pesado foste na balança e foste achado em falta.
28 - PERES: Dividido foi o teu reino e deu-se aos medos e aos persas.
29 - Então, mandou Belsazar que vestissem Daniel de púrpura, e que lhe pusessem uma cadeia de ouro ao pescoço, e proclamassem a respeito dele que havia de ser o terceiro dominador do reino.
30 - Naquela mesma noite, foi morto Belsazar, rei dos caldeus.

INTERAÇÃO

Na lição de hoje estudaremos a respeito de um fato ocorrido durante o reinado de Belsazar. Este rei, tomado pelo vinho, decide zombar de Deus, utilizando os utensílios sagrados do Templo em um banquete. O Altíssimo não tolera escárnio. Naquela mesma noite o juízo de Deus foi visto por todos. Uma mão misteriosa escreveu uma sentença nas paredes do palácio. O rei aterrorizado quer saber a interpretação e mais uma vez o profeta Daniel entra em cena para desvendar os mistérios divinos. Deus revela os seus segredos aos seus profetas (Am 3.7). Naquela mesma noite, o rei foi morto e os persas passaram a dominar a cidade. Que venhamos realizar a obra de Deus com temor e reverência, pois um dia também seremos julgados pelo nosso Senhor.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·   Saber a respeito do festim profano de Belsazar.
·   Compreender que o juízo de Deus é irrevogável.
·   Analisar a sentença contra Belsazar e a queda da Babilônia.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, converse com seus alunos explicando que Belsazar utilizou os utensílios do Templo em seu banquete e Deus condenou tal atitude. Em seguida faça a seguinte indagação: “É licito utilizar aquilo que foi dedicado a Deus, como o edifício da igreja, para qualquer fim?” Ouça os seus alunos com atenção. Incentive a participação de todos. Leia Ezequiel 44.23. Conclua enfatizando que precisamos distinguir o que é santo do que é profano. Explique que não podemos utilizar as dependências da igreja ou os objetos consagrados ao Senhor, como instrumentos musicais, para outros fins. Precisamos ser cuidadosos com o que pertence ao Todo-Poderoso.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Palavra Chave
Profanação: Desrespeito ou violação do que é santo, sagrado; insulto, irreverência.

A lição desta semana mostra mais uma vez a soberania divina. Após a morte de Nabucodonosor, em 562 a.C., Evil-Merodaque, o seu filho, sucedeu-o ao trono babilônico. Entretanto, dois anos depois, Evil Merodaque foi assassinado pelo seu cunhado, Neriglissar. Mas quem assumiu o trono foi Nabonido, o genro de Nabucodonosor. Nabonido era o pai de Belsazar, o qual se tornou corregente com o seu pai, três anos mais tarde. Cruel, devasso e profanador do sagrado são adjetivos, ainda leves, para qualificar a Belsazar. Foi numa noite de festa, regada a muito vinho e prostituição, que o rei Belsazar viu o reino escapar da sua mão e teve sua morte decretada. O reino babilônico daria lugar ao Medo-Persa, representado pelo peito e braços de prata da estátua sonhada por Nabucodonosor.

I. O FESTIM PROFANO DE BELSAZAR

1. A zombaria de Belsazar (Dn 5.1-4). O rei Belsazar deu um grande banquete para os maiorais do seu reino. A festa ocorreu no palácio babilônico, mas ele não demonstrou nenhum escrúpulo com a religião alheia, o Judaísmo. Embriagado, o rei mandou vir os utensílios sagrados do Templo de Jerusalém, trazidos como espólio de guerra por seu avô, Nabucodonosor, para serem usados no banquete por ele oferecido. Homens corruptos e prostitutas profanariam o sagrado. Uma orgia com o que era santo! Belsazar foi longe demais, pois para satisfazer os seus instintos baixos, frívolos e profanos, escarneceu do Deus de Israel e do seu povo.
2. A insensatez e a crueldade do autocrata Belsazar. Segundo os historiadores, enquanto o pai de Belsazar, Nabonido, estava no campo de batalha para defender os interesses do reino, ele, Belsazar, divertia-se com mulheres e amigos para satisfazer as suas paixões. O festim de Belsazar era incompatível com o período de enfraquecimento do império da Babilônia. Habituado a ter tudo ao seu alcance, o rei não hesitava em fazer sua vontade prevalecer, tanto para matar os seus oponentes quanto para se cercar de pessoas de sua estirpe. Belsazar era um homem cruel!
3. Uma festa profana. A despeito da grandeza e da opulência imperial, a festa oferecida por Belsazar e dedicada aos maiorais do reino, era um festejo degenerado, pois ia desde as bebedeiras às orgias com homens e mulheres. Onde a luxúria, a riqueza e a ostentação predominam, há prazeres pervertidos e maldades. Assim foi aquela festa dedicada aos deuses babilônicos! Havia, a partir do palácio, uma forte influência dos demônios, o que confirma o que disse Paulo aos crentes coríntios (1Co 10.20).

http://www.estudantesdabiblia.com.br/images/cr1.gif

SINOPSE DO TÓPICO (I)

Belsazar não temia ao Senhor, por isso utilizou os objetos sagrados do Templo em sua festa profana.

http://www.estudantesdabiblia.com.br/images/cr1.gif

II. O IRREVOGÁVEL JUÍZO DE DEUS

1. O dedo de Deus escreve na parede (Dn 5.5). A resposta divina foi imediata: Deus interferiu naquela festa escrevendo sua sentença na parede do salão, diante dos olhos de Belsazar e de todos os seus convivas. Ali, o barulho das taças e dos jarros de vinhos, bem como a “alegria” de outrora, cessaram. De modo assombroso e assustador estava escrito a sentença contra o rei Belsazar e o seu reino. Aquela visão demonstrava o fruto do desprezo do rei babilônico ao Deus de Israel: o Reino da Babilônia foi rasgado. Fez-se um silêncio sepulcral no recinto!
2. A rainha lembrou-se do profeta Daniel (Dn 5.6-12). A mensagem na parede estava numa linguagem ininteligível (v.7). No primeiro momento, ninguém compreendia o que estava escrito. Belsazar convocou todos os sábios para decifrar o “enigma”. Entretanto, eles foram incapazes de fazê-lo.
Quando ouviu as palavras do rei e percebendo um movimento diferente no palácio, a rainha, filha de Nabucodonosor, mãe do rei Belsazar, entrou na presença do seu filho para saber o que acontecera. Após inteirar-se do assunto, a rainha lembrou-se de Daniel, um homem de confiança tanto do seu pai quanto do seu marido. Ele podia interpretar a mensagem que o rei vira. Mas Daniel não estava no palácio.
3. Daniel entra na presença de Belsazar (Dn 5.13). Belsazar não via a Daniel como servo do Deus Altíssimo, mas apenas como um dos sábios do palácio. A mãe de Belsazar, contrariamente, o conhecia e tinha certeza que Daniel era uma pessoa diferente e o seu Deus, poderoso. Ela mesma havia testemunhado as proezas do Deus de Israel em outras ocasiões da história daquele reino.
Daniel era um homem que não fazia concessões a sua fé. Ele entrou na presença do rei e após lhe oferecerem presentes, o profeta rejeitou-os diante do imperador (Dn 5.17).

http://www.estudantesdabiblia.com.br/images/cr1.gif

SINOPSE DO TÓPICO (II)

O juízo de Deus contra o profano rei Belsazar era irrevogável e se cumpriu naquela mesma noite.

http://www.estudantesdabiblia.com.br/images/cr1.gif

III. A SENTENÇA CONTRA BELSAZAR E A QUEDA DE BABILÔNIA (5.22-28)

1. Os sábios não decifraram as palavras escritas na parede (5.15). A mensagem era curta e objetiva, mas as palavras eram desconhecidas dos sábios do palácio e eles não puderam decifrá-la. Por isso Daniel é chamado, não pelo rei Belsazar, mas por indicação de sua mãe, para desvendar-lhe o mistério. O profeta Daniel tinha o Espírito Santo em sua vida, por isso, Deus o revelou o significado daquelas palavras (Dn 5.10-12).
2. As quatro palavras “misteriosas” (Dn 5.25). As palavras escritas na parede não foram interpretadas pelos sábios do império. Estes não achavam o sentido delas. Porém, sem medo e seguro, Daniel as interpretou. As duas primeiras palavras estavam repetidas — MENE, MENE — e significavam “contar ou contado”. A palavra TEQUEL tinha o sentido de “pesado”. A última palavra, PARSIM, significava “dividido” (Dn 5.25). Para interpretar a mensagem Daniel usou o termo “PERES”, palavra correlata de PARSIM. O sentido daquela é o mesmo desta.
Então, dos versículos 26 ao 28, o profeta explicou cada uma das palavras: “Esta é a interpretação daquilo: MENE: Contou Deus o teu reino e o acabou. TEQUEL: Pesado foste na balança e foste achado em falta. PERES: Dividido foi o teu reino e deu-se aos medos e aos persas”.
3. O fim repentino do império babilônico (vv.30,31). Naquela noite fatídica Deus demonstrou a sua soberania sobre os reis da Terra. Ele é o Todo-Poderoso e tem o cetro do governo do mundo em suas mãos. Nada escapa aos seus olhos. Tão logo foi dada a interpretação da mensagem e as honrarias feitas a Daniel para ser o terceiro homem do império, o rei Belsazar foi morto e o exército de Dario entrou na cidade da Babilônia. Os medos e os persas passariam a reinar no lugar do império da Babilônia.
No capítulo cinco de Daniel, aprendemos a lição de que não podemos nos fechar em nós mesmos. Deus não suporta uma vida de egoísmo, soberba e perversidade. Não podemos profanar aquilo que o nosso Pai consagrou como santo. Não sejamos profanos. Santifiquemo-nos a Deus com as nossas vidas.

http://www.estudantesdabiblia.com.br/images/cr1.gif

SINOPSE DO TÓPICO (III)

Deus é o justo juiz, Ele não aceita escárnio ou zombaria de homem algum.

http://www.estudantesdabiblia.com.br/images/cr1.gif

CONCLUSÃO

A opulência da Babilônia, a crueldade de Belsazar e as orgias do reino tipificam uma vida tremendamente fechada em si mesma. A intervenção de Deus em meio aquela festa profana demonstra que Ele não admite a soberba e o egoísmo. O Pai Celestial, em Jesus Cristo, julgará a todos os que se mostram soberbos e arrogantes. A queda do império babilônico é uma lição para todos nós. Um dia, quando da segunda vinda gloriosa de Jesus, todos os povos serão julgados pelo nosso Senhor.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

ZUCK, Roy B. (Ed). Teologia do Antigo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009.
LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2013.

EXERCÍCIOS

1. O que o rei Belsazar mandou trazer para usar no banquete oferecido por ele?
R. Mandou trazer os utensílios sagrados do Templo.

2. Que tipo de festejo era o banquete oferecido por Belsazar?
R. Era um festejo degenerado, profano.

3. Belsazar via a Daniel como um servo de Deus?
R. Belsazar não via a Daniel como servo do Deus Altíssimo, mas apenas como um dos sábios do palácio.

4. Quais os significados das palavras MENE, TEQUEL e PARSIM?
R. MENE: Contou Deus o teu reino e o acabou. TEQUEL: Pesado foste na balança e foste achado em falta. PERES: Dividido foi o teu reino e deu-se aos medos e aos persas.

5. O que aprendemos com o capítulo cinco de Daniel?
R. No capítulo cinco de Daniel, aprendemos a lição de que não podemos nos fechar em nós mesmos. Deus não suporta uma vida de egoísmo, soberba e perversidade. Não podemos profanar aquilo que o nosso Pai consagrou como santo.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

Subsídio Bibliológico

“A escritura (5.25)
Não existem vogais na forma escrita da família de línguas às quais pertencem o hebraico e o aramaico. O manuscrito pode muito bem ter sido grafado como a ‘mina’, o ‘siclo’ e o ‘peres’ (meio siclo). Esta ordem é de valor decrescente, de acordo com a expressão monetária. Conquanto possa representar uma desvalorização progressiva do reino, certa feita liderado por Nabucodonosor, sua interpretação permanece um mistério. Daniel acrescenta vogais diferentes para que se possa ler ‘numerado, numerado, pesado, dividido’. Ainda assim, não tem significado algum até que os atos de Belsazar fossem explicados, cuidadosamente numerados, pesados e considerados insuficientes por Daniel. Seu reino estava prestes a ser dividido e dominado. Deus enumera e pesa os atos de todos os homens e mulheres. Que não nos encontremos em falta” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 1º Edição. RJ: CPAD, 2005, p.517).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

Subsídio Bibliológico

“Segurança falsa
O rei festejava com ‘os seus grandes’, pois todos supunham estarem protegidos pelas muralhas maciças. O que não podiam imaginar é que as forças persas haviam mudado o curso do rio que atravessava a cidade. Com a queda do nível de água, o inimigo simplesmente caminhou ao longo da cabeceira do rio, por baixo das grades de proteção, e surpreendeu os babilônios no interior da cidade.
Devido à vastidão do lugar, mesmo muito tempo depois que as áreas periféricas haviam sido tomadas, os habitantes ainda continuavam a ignorar o que vinha ocorrendo, pois, como estavam envolvidos na festa, continuaram dançando e se divertindo até que, finalmente tomaram conhecimento do ocorrido. Que semelhança entre tanta gente da atualidade, que se sente segura por trás dos muros da riqueza ou da posição social, jamais imaginando que a ruína está tão perto, até que seja tarde demais” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.517).

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

A queda do Império Babilônico

MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM”. Era o que estava escrito na parede revestida por estuque do palácio real. Uma imagem assombrosa e amedrontadora que colocou ponto final na festa do palácio. Deus estava falando que chegara ao fim o espetáculo do deboche da fé alheia.
O capítulo cinco de Daniel retrata a imagem de uma festa no Palácio do Co-Regente da Babilônia. Belsazar havia ordenado aos seus subordinados que trouxessem os utensílios de ouro deportados do templo de Jerusalém. Com estes utensílios o rei promoveria uma festa regada a vinhos para os convivas. Era a festa do deboche! Do deboche da fé de um povo. Do deboche dos costumes e hábitos de uma nação. Do deboche da cultura religiosa de um povo. Do deboche do Deus de uma nação.

A ação divina
O quinto capítulo do livro de Daniel demonstra um Deus soberano que perscruta a motivação do coração humano. Ele fez isso com o rei Belsazar. Este caiu na mesma tentação do seu avô, Nabucodonozor. E adoeceu de alma pensando fazer com o poder imperial o que bem entendesse sem ser alvejado pelas suas escolhas. Belsazar escolheu o caminho mais sórdido e absurdo: o da profanação da identidade religiosa e cultural de um povo, e das coisas consagradas a Deus. Somente para mostrar que ele, Belsazar, era mais importante que o Deus de Israel. Entretanto, o rei mal sabia que estava sob o olhar desse Deus.
Para a motivação de Belsazar foi dado um xeque mate: MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM. Estas palavras são a mensagem de Deus revelada a Daniel: “Esta é a interpretação daquilo: MENE: Contou Deus o teu reino e o acabou. TEQUEL: Pesado foste na balança e foste achado em falta. PERES: Dividido foi o teu reino e deu-se aos medos e aos persas”. Naquela noite o Deus de Israel acabara com a festa do deboche das coisas consagradas a Deus e do Seu povo. E Belsazar morreu ali mesmo.

Um cuidado na interpretação do texto
Ao lermos este texto temos de ter o cuidado de não fazermos interpretações a fim de colocarmos os utensílios dos nossos cultos hoje acima das pessoas. No Antigo Testamento o povo de Israel, os profetas e as lideranças judaicas não haviam conhecido a revelação de Jesus de Nazaré. Isto é um dado muito importante! Não podemos ler o Antigo Testamento sem considerar o Evangelho ensinado por Jesus de Nazaré, o Deus encarnado em Pessoa, e as cartas apostólicas: O Novo Testamento.

Fonte: CPAD

Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos

http://www.estudantesdabiblia.com.br/images/h_line.jpg

4º Trimestre de 2014

Título: Integridade Moral e Espiritual — O legado do livro de Daniel para a Igreja de hoje
Comentarista: Elienai Cabral

http://www.estudantesdabiblia.com.br/images/h_line.jpg

Lição 5: Deus abomina a soberba
Data: 2 de Novembro de 2014

TEXTO ÁUREO

Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, e exalço, e glorifico ao Rei dos céus; porque todas as suas obras são verdades; e os seus caminhos, juízo, e pode humilhar aos que andam na soberba” (Dn 4.37).

VERDADE PRÁTICA

A soberba é o pecado que mais afronta a soberania divina.

HINOS SUGERIDOS

46, 244, 306.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Pv 8.13
Deus aborrece a soberba

http://www.estudantesdabiblia.com.br/images/cr1.gif

Terça - Pv 11.2
A soberba é afronta

http://www.estudantesdabiblia.com.br/images/cr1.gif

Quarta - Mc 7.20-22
A soberba é o pecado do coração

http://www.estudantesdabiblia.com.br/images/cr1.gif

Quinta - 1Jo 2.16
A soberba da vida não é de Deus

http://www.estudantesdabiblia.com.br/images/cr1.gif

Sexta - Gn 17.1; Jó 11.7
Nenhuma soberba resiste a Deus

http://www.estudantesdabiblia.com.br/images/cr1.gif

Sábado - 2Cr 26.3-21
O rei Uzias e a soberba

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Daniel 4.10-18.

10 - Eram assim as visões da minha cabeça, na minha cama: eu estava olhando e vi uma árvore no meio da terra, cuja altura era grande;
11 - crescia essa árvore e se fazia forte, de maneira que a sua altura chegava até ao céu; e foi vista até aos confins da terra.
12 - A sua folhagem era formosa, e o seu fruto, abundante, e havia nela sustento para todos; debaixo dela, os animais do campo achavam sombra, e as aves do céu faziam morada nos seus ramos, e toda carne se mantinha dela.
13 - Estava vendo isso nas visões da minha cabeça, na minha cama; e eis que um vigia, um santo, descia do céu,
14 - clamando fortemente e dizendo assim: Derribai a árvore, e cortai-lhe os ramos, e sacudi as suas folhas, e espalhai o seu fruto; afugentem-se os animais de debaixo dela e as aves dos seus ramos.
15 - Mas o tronco, com as suas raízes, deixai na terra e, com cadeias de ferro e de bronze, na erva do campo; e seja molhado do orvalho do céu, e a sua porção seja com os animais na grama da terra.
16 - Seja mudado o seu coração, para que não seja mais coração de homem, e seja-lhe dado coração de animal; e passem sobre ele sete tempos.
17 - Esta sentença é por decreto dos vigiadores, e esta ordem, por mandado dos santos; a fim de que conheçam os viventes que o Altíssimo tem domínio sobre os reinos dos homens; e os dá a quem quer e até ao mais baixo dos homens constitui sobre eles.
18 - Isso em sonho eu, rei Nabucodonosor, vi; tu, pois, Beltessazar, dize a interpretação; todos os sábios do meu reino não puderam fazer-me saber a interpretação, mas tu podes; pois há em ti o espírito dos deuses santos.

INTERAÇÃO

Deus abomina a soberba. Este sentimento pernicioso é um prenúncio da queda (Pv 16.18). As conquistas de muitos impérios e o enriquecimento contribuíram para que Nabucodonosor se tornasse soberbo e altivo. Então Deus decidiu lhe ensinar uma importante lição, assim como havia ensinado ao seu povo. O rei perdeu sua consciência e ficou durante um período de tempo se comportando como um animal. Depois deste período tão difícil, Nabucodonosor aprendeu que o Altíssimo está acima de todo reino e poder humano. O Senhor é soberano, Ele remove os reis e os estabelece.
Que a soberba não encontre guarida em nossos corações, nos fazendo agir como tolos. Que sejamos humildes, honrando a Deus em toda a nossa maneira de viver.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·   Analisar a soberania divina na vida de Nabucodonosor.
·   Saber que Deus falou com Nabucodonosor por intermédio dos sonhos.
·   Compreender a fidelidade da pregação de Daniel para o rei.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, para introduzir a lição reproduza o quadro abaixo para seus alunos. Utilizando o quadro, enfatize os pontos fortes de Nabucodonosor e as suas fraquezas. Explique que este rei foi chamado, segundo o profeta Jeremias, de “servo do Senhor” (Jr 25.9). Deus usou Nabucodonosor para punir seu povo. O Senhor é soberano, Ele exalta e também abate. Porém, o coração do rei se tornou soberbo e ele então experimentou o juízo de Deus. Leia Provérbios 16.18 e conclua enfatizando os perigos da soberba.

http://www.estudantesdabiblia.com.br/images/img_00210.png

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Palavra Chave
Soberba: Comportamento excessivamente orgulhoso; arrogância, presunção.

Na aula de hoje estudaremos o capítulo quatro de Daniel, cujo conteúdo consiste de um testemunho pessoal do rei Nabucodonosor. Ele foi submetido a um estado de loucura, resultante de sua soberba, que o levou a viver como um animal do campo por “sete tempos”, até que Deus o tirou daquela condição. Ao final desse período, Nabucodonosor reconheceu a soberania do Deus dos cativos de Judá.
A história revela o que ocorre com os que se exaltam e se tornam soberbos ante a majestade do Todo-Poderoso. A trajetória de Nabucodonosor demonstra a soberania divina sobre toda a criação, pois nenhuma criatura pode usurpar a glória de Deus. O episódio ilustra também que a misericórdia e a justiça divinas são capazes de salvar o homem arrependido.

I. A PROVA DA SOBERANIA DIVINA (Dn 4.1-3)

1. Nabucodonosor, chamado por Deus para um desígnio especial (Jr 25.9). Segundo a história, Nabucodonosor reinou na Babilônia no período de 605 a 562 a.C. Foi um rei que Deus, dominador de todas as nações do mundo, levantou para um desígnio especial, permitindo que o seu reino prosperasse e crescesse em extensão. O profeta Jeremias diz que Deus chamou a Nabucodonosor de “meu servo” (Jr 25.9). Na verdade, Nabucodonosor foi o instrumento divino de punição do povo de Deus. Israel foi castigado por ter abandonado o Senhor e tomado o caminho da idolatria e dos costumes pagãos.
2. A soberba de Nabucodonosor. Apesar de ser um “instrumento” usado pelo Senhor, segundo o pastor Matthew Henry, “Nabudonosor foi o rival mais ousado da soberania do Deus Supremo do que qualquer outro mortal jamais pudesse ter sido”. Traspassado pela presunção, Nabucodonosor ficou longos “sete tempos” numa situação irracional à semelhança dos animais do campo (Dn 4.28-33). Só assim o soberano caldeu viu que o Altíssimo está acima dele.
3. Nabucodonosor proclama a soberania de Deus (Dn 4.1-3). Depois de ter experimentado a punição de sua soberba, Nabucodonosor se arrependeu do seu pecado e foi restaurado de sua demência. Isso o levou a fazer uma proclamação acerca do eterno domínio de Deus (Dn 4.34-37). O rei babilônio aprendeu que o Senhor, em sua soberania, é aquele “que muda os tempos e as horas; ele remove os reis e estabelece os reis” (Dn 2.21).

http://www.estudantesdabiblia.com.br/images/cr1.gif

SINOPSE DO TÓPICO (I)

Nabucodonosor foi chamado por Deus para uma missão especial, todavia ele deixou que a soberba dominasse seu coração.

http://www.estudantesdabiblia.com.br/images/cr1.gif

II. DEUS FALA NOVAMENTE A NABUCODONOSOR POR MEIO DE SONHOS (Dn 4.4-9)

1. Deus adverte Nabucodonosor através de um sonho. Tanto no Antigo como em o Novo Testamento os sonhos eram um dos canais de comunicação entre Deus e o homem. No caso do sonho que teve Nabucodonosor, seus sábios e adivinhos nada puderam revelar. O rei, então, se lembrou de Daniel, o único capaz de trazer a revelação do sonho que certa vez ele tivera (Dn 2.1-45; 4.8). Obviamente, não se tratava de um sonho comum, pois era uma revelação divina acerca do futuro de Nabucodonosor. Apesar da narrativa, é importante frisar que hoje temos a Palavra de Deus como o canal revelador da vontade de Deus aos homens.
2. Daniel é convocado (Dn 4.8). Interpretar sonhos era uma habilidade espiritual de Daniel reconhecida desde quando ele entrou na Babilônia (Dn 1.17). Por isso, Nabucodonosor contou-lhe o sonho que tivera e solicitou-lhe a interpretação. Daniel ouviu atentamente o relato do rei e pediu-lhe um tempo, pois estava atônito e sem coragem para revelar a verdade do sonho (Dn 4.19).
3. Daniel ouve o sonho e dá a sua interpretação (Dn 4.19-26). Dos versículos 9 a 18, Nabucodonosor conta a Daniel todo o seu sonho. O rei viu uma grande árvore de dimensões enormes que produzia belos frutos e que era visível em toda a terra. Os animais do campo se abrigavam debaixo dela e os pássaros faziam ninhos em seus ramos (vv.10-12). O monarca caldeu “viu” também descer do céu “um vigia, um santo” (v.13). Esse vigia clamava forte: “Derribai a árvore e cortai-lhe os ramos” (v.14).
a) Uma árvore majestosa (vv.11,12). A árvore indicava a formosura, a grandeza, o poder e a riqueza do reino de Nabucodonosor. Ninguém na terra havia alcançado todo esse poder antes dele. Daniel declarou que aquela árvore que seria cortada era o rei babilônio (Dn 4.22). Assim é a glória dos homens, como uma árvore que cresce e se torna frondosa e, de repente, é derribada. Da mesma forma, Deus destrói os soberbos.
b) Juízo e misericórdia são demonstrações da soberania divina. O texto do versículo 15 diz que a ordem divina era que “o tronco com suas raízes seriam deixadas na terra”, indicando que a intenção não era destruir a Nabucodonosor, e sim dar-lhe a oportunidade de se converter e reconhecer a glória de Deus. O rei foi tirado do meio dos homens e ficou completamente louco, indo conviver com os animais do campo por “sete tempos” (Dn 4.25). Depois, Nabucodonosor voltou ao normal, mas logo em seguida seu reino foi sucedido por Belsazar que, por profanar as coisas de Deus, perdeu o trono para Dario, o rei dos medos (Dn 5.1-31).
c) O papel dos anjos nos desígnios divinos. No sonho do rei, ele viu “um vigia” que descia do céu com a missão de proclamar os juízos de Deus (vv.14,15). No Antigo Testamento, os anjos tinham uma atividade mais presente na vida do povo de Deus. Em o Novo Testamento, eles continuaram suas atividades em obediência ao Criador, porém, para a orientação da igreja de Cristo, Deus concedeu o Espírito Santo que a assiste em tudo.

http://www.estudantesdabiblia.com.br/images/cr1.gif

SINOPSE DO TÓPICO (II)

Deus, por intermédio de um sonho, falou com Nabucodonosor e o advertiu de sua soberba.

http://www.estudantesdabiblia.com.br/images/cr1.gif

III. A PREGAÇÃO DE DANIEL

1. A pregação de Daniel. Apesar de inicialmente ter sentido certo temor após interpretar o sonho, Daniel deu um conselho a Nabucodonosor que lembra a mensagem neotestamentária de Cristo à Igreja de Éfeso (Dn 4.27 cf. Ap 2.5). Será que temos coragem de fazer o mesmo diante dos poderosos dessa terra?
2. O pecado de Nabucodonosor em relação aos pobres. Daniel diz ao rei que ele deveria desfazer os seus pecados praticando a justiça, “usando de misericórdia para com os pobres” (Dn 4.27). Em outras palavras, antes do pecado pessoal da soberba, o rei estava pecando social e estruturalmente em relação aos menos favorecidos do reino. A atualidade desse ponto é tão verdadeira que a mesma recomendação de cuidado aparece em o Novo Testamento, no contexto da igreja (Gl 2.10).

http://www.estudantesdabiblia.com.br/images/cr1.gif

SINOPSE DO TÓPICO (III)

Deus usa seu servo Daniel para revelar o sonho de Nabucodonosor e aconselhá-lo a respeito do seu pecado.

http://www.estudantesdabiblia.com.br/images/cr1.gif

CONCLUSÃO

Que Deus nos livre da soberba, pois ela é como uma doença contagiosa que se aloja no coração do homem e faz com que ele perca o senso de autocrítica, passando a agir irracionalmente (Sl 101.5; 2Cr 26.16). Estejamos atentos, pois a Palavra de Deus nos mostra que a soberba nos cega (1Tm 3.6; 6.4), nos afasta de Deus e traz ruína.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

ZUCK, Roy B. (Ed). Teologia do Antigo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009.
LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2013.

EXERCÍCIOS

1. Qual foi a missão para qual Deus designou Nabucodonosor?
R. Deus usou Nabucodonosor para castigar seu povo.

2. Por que o povo de Israel foi punido?
R. Porque tomaram o caminho da idolatria e dos costumes pagãos.

3. Qual é hoje o canal revelador da vontade de Deus para o crente?
R. A Palavra de Deus.

4. Maior do que os anjos, quem assiste a Igreja de Cristo atualmente?
R. O Espírito Santo.

5. Antes do pecado da soberba, em que pecado Nabucodonosor incorreu?
R. Ele pecou em relação aos pobres.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

Subsídio Bibliográfico

“Cumprimento e Destronização (4.28-33)
A falha de Nabucodonosor em prestar atenção e voltar-se para Deus por meio de um arrependimento genuíno é um reflexo ilustrativo da fraqueza e da perversidade humana. Doze meses se passaram e a visão apavorante desvaneceu-se. Talvez a visão não viesse a se tornar realidade. Certo dia, em um momento de glorificação própria, o rei começou a se exultar pelas suas grandes realizações. Enquanto caminhava pelo ‘terraço do palácio real’, debaixo dos seus pés estava o edifício mais esplêndido que a Babilônia já tinha visto, adornado em ouro com ladrilhos lustrosos de cores brilhantes. Próximo do palácio ficava a montanha artificial e os jardins suspensos construídos para a sua rainha das montanhas da Média. Esta era a grande Babilônia. De uma pequena cidade de um lado do rio Eufrates o rei havia dobrado sua área para os dois lados do rio. Ele havia enchido com novas construções e templos com uma arquitetura distinta. Ele a havia cercado com muros conhecidos pela altura e largura.
Com esse tipo de visão enchendo a mente, podemos imaginar a soberba do rei” (Comentário Bíblico Beacon. 1ª Edição. Volume 4. RJ: CPAD, 2006, p.514).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

Subsídio Teológico

“A loucura e a restauração (4.33-37)
Demente, o rei nivela-se a um animal, e passa a viver ao desabrigo, em uma área onde a temperatura variava de 50 graus positivos no verão, a abaixo de zero, no inverno. Recuperado, o rei finalmente responde adequadamente ao Senhor. Nabucodonosor, então: 1) glorifica a Deus; 2) o honra como o Rei supremo do Universo; 3) expressa sua total dependência da vontade de Deus e, 4) reconhece que tudo o que ele faz é correto ‘e pode humilhar os que andam na soberba’” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.516).

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

Deus abomina a soberba

Imagine um rei que controla as vidas das pessoas e decide se elas vivem ou morrem, mas de repente, de uma hora para outra se tornar um louco, um lunático e um irracional? Este rei foi Nabucodonosor. O capítulo 4 de Daniel traz a imagem de uma árvore florescente representando a figura de Nabucodonosor, o imperador da Babilônia. Num belo dia o rei olhou para todas as criações do seu império e, consigo mesmo, viveu a síndrome de Narciso: pensou que era o responsável por todas as realizações do império babilônico. Na imagem apresentada a Nabucodonosor um homem anuncia que a árvore seria cortada e ficariam apenas as raízes. Esta árvore era o rei Nabucodonosor. Daniel foi corajoso em anunciar isso a ele!

O conceito de soberba
O relato do quarto capítulo de Daniel demonstra o sutil, mas desastroso, efeito da soberba. Um comportamento excessivamente orgulhoso, arrogante e presunçoso caracteriza o sentimento da soberba. A ideia de poder sobre os outros por si só é uma loucura. Segundo a psicóloga Rosemeire Zago, “a soberba leva o homem a desprezar os superiores e a desobedecer as leis. Ela nada mais é que o desejo distorcido de grandeza” e completa: “a pessoa que manifesta a soberba atribui apenas a si próprio os bens que possui. Tem ligação direta com a ambição desmedida, a vanglória, a hipocrisia, a ostentação, a presunção, a arrogância, a altivez, a vaidade, e o orgulho excessivo, com conceito elevado ou exagerado de si próprio”. Nabucodonosor concentrou todas estas características perdendo-se em si mesmo no mundo obscuro do orgulho.

Não percamos a lucidez
Quantas vezes sentimos a síndrome de narciso como a que se abateu sobre Nabucodonosor? Pretendemos usar o nosso raio de influência para fazer um pequeno império onde nós determinamos, impomos e mandamos sobre o “destino” das pessoas. Por isso que Tomás de Aquino atribuiu a soberba um pecado específico, embora, como bem retratou a psicóloga Rosemeire Zago, num artigo publicado no UOL, a soberba apareça em outros pecados. A soberba adoece a alma. Não fomos chamados para ser irracionais ou lunáticos no exercício das nossas funções humanas. Por isso, o verdadeiro antídoto contra as ambições das nossas almas é Jesus de Nazaré, o homem “manso e humilde de coração”.





Nenhum comentário:

Postar um comentário

Todo e qualquer comentário é de pura responsabilidade de quem comenta, não sendo essa a opinião do autor deste blog.