Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
4º Trimestre de 2014
Título: Integridade
Moral e Espiritual — O legado do livro de Daniel para a Igreja de hoje
Comentarista: Elienai
Cabral
Lição 7: Integridade
em tempos de crise
Data: 16 de
Novembro de 2014
TEXTO ÁUREO
“Então, os príncipes e os
presidentes procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito do reino; mas não
podiam achar ocasião ou culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele
nenhum vício nem culpa” (Dn 6.4).
VERDADE PRÁTICA
A integridade deve ser a nossa marca,
compreendendo igualmente coração, mente e vontade.
HINOS SUGERIDOS
175, 310, 394.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Sl 7.8
Deus julga-nos conforme nossa integridade
Terça - Jó 1.1; 2.3
Jó era homem íntegro
Quarta - 1Rs 9.4
Integridade é símbolo de inteireza
Quinta - Mt 6.19-24
Jesus ensinou sobre a integridade
Sexta - 2Cr 25.2; 1Rs 9.4
Integridade em tudo
Sábado - 1Jo 2.15-17
Integridade é não dividir o coração
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
Daniel 6.3-5,10,11,15,16,20.
3 - Então
o mesmo Daniel se distinguiu destes príncipes e presidentes, porque nele havia
um espírito excelente; e o rei pensava constituí-lo sobre todo o reino.
4 - Então
os príncipes e os presidentes procuraram achar ocasião contra Daniel a respeito
do reino; mas não podiam achar ocasião ou culpa alguma; porque ele era fiel, e
não se achava nele nenhum vício nem culpa.
5 - Então
estes homens disseram: Nunca acharemos ocasião alguma contra este Daniel, se
não a procurarmos contra ele na lei do seu Deus.
10 - Daniel,
pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa (ora
havia no seu quarto janelas abertas da banda de Jerusalém), e três vezes no dia
se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como também
antes costumava fazer.
11 - Então
aqueles homens foram juntos, e acharam a Daniel orando e suplicando diante do
seu Deus.
15 - Então
aqueles homens foram juntos ao rei, e disseram ao rei: Sabe, ó rei, que é uma
lei dos medos e dos persas que nenhum edito ou ordenança, que o rei determine,
se pode mudar.
16 - Então
o rei ordenou que trouxessem a Daniel, e o lançaram na cova dos leões. E,
falando o rei, disse a Daniel: O teu Deus, a quem tu continuamente serves, ele
te livrará.
20 - E,
chegando-se à cova, chamou por Daniel com voz triste; e, falando o rei, disse a
Daniel: Daniel, servo do Deus vivo! dar-se-ia o caso que o teu Deus, a quem tu
continuamente serves, tenha podido livrar-te dos leões?
INTERAÇÃO
Daniel viveu em uma sociedade pagã,
porém ele manteve-se fiel e temente ao Senhor. Foi um importante profeta e
estadista que fez a diferença diante dos reis a quem serviu. A vida deste servo
de Deus não foi nada fácil. Ele experimentou terríveis provas, como a cova com
leões famintos, mas em todas elas agiu como um vencedor. Embora exercendo
importantes funções no reino, Daniel não descuidava da sua vida de oração e não
permitiu que um edito real o tirasse da presença de Deus. Tem você, professor,
também uma vida devocional como Daniel? Não permita que dificuldade alguma o
impeça de se achegar a presença de Deus em oração. Jamais espere que uma
situação difícil chegue para lhe ensinar a respeito da oração.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar
apto a:
· Saber que
Daniel era um homem íntegro, mesmo vivendo em um meio corrompido.
· Analisar o
caráter íntegro de Daniel.
· Compreender porque
Daniel foi parar na cova dos leões.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor, reproduza o quadro abaixo
de maneira que cada aluno tenha o seu. Utilize-o para introduzir a lição.
Mostre todos os reis a quem Daniel serviu e enfatize o caráter íntegro deste
servo de Deus, mesmo estando em um meio político corrupto. Explique que a fé de
Daniel fez com que ele se mantivesse inabalável. A nossa fé em Deus nos livra
das investidas de nossos inimigos e nos leva a ter uma vida íntegra.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Integridade: Caráter,
quaiidade de uma pessoa íntegra, honesta, incorruptível, cujos atos e atitudes
são irrepreensíveis.
O capítulo seis do livro de Daniel,
objeto de estudo desta lição, destaca o valor da integridade moral e espiritual
de Daniel e seus amigos durante o reinado de Dario. Daniel agora era um homem
idoso, todavia, sua fé em Deus e sua fidelidade permaneceram inabaláveis, mesmo
diante das falsas acusações e da condenação que fizeram com que ele enfrentasse
a cova dos leões.
I. DANIEL, UM HOMEM ÍNTEGRO EM UM MEIO POLÍTICO CORRUPTO (Dn 6.1-6)
Mais de sessenta anos já haviam se
passado desde que Daniel e seus companheiros foram levados para o palácio
babilônio. Apesar disso, eles permaneceram íntegros, e mantiveram a fé
inabalável no Deus vivo, mesmo vivendo em meio à idolatria e corrupção. Eles
não se corromperam com as ofertas palacianas.
1. Dario reorganiza o governo e
delega autoridade administrativa (Dn 6.1-3). Pareceu
bem ao rei nomear 120 príncipes para presidirem sobre todo o reino. Dentre
estes, três seriam os principais. Os outros teriam que prestar contas a esses.
Daniel estava entre os três e, dentre eles, logo se destacou e chamou a atenção
do rei Dario, pois tinha “um espírito excelente” (v.3). Assim, não demorou
muito para que o rei, devido à aptidão de Daniel, o constituísse sobre todo o
reino (v.3). Tal decisão despertou ciúme e inveja nos outros líderes, os quais
logo se tornaram inimigos de Daniel (vv.4,5).
2. Daniel se torna alvo de uma
conspiração (Dn 6.4,5). A inveja e o
ciúme fizeram com que homens malignos, sedentos de poder, tentassem derrubar
Daniel. O problema era que por mais que os inimigos de Daniel procurassem um
motivo, político ou moral, para acusá-lo, nada encontravam que pudesse manchar
sua reputação. A integridade e a lealdade de Daniel eram tão imbatíveis que
seus inimigos resolveram armar uma situação ardilosa contra ele, utilizando a
própria fidelidade de Daniel a Deus (v.5).
3. O perigo das confabulações
políticas. A intenção do rei, de promover
Daniel ao posto de maior destaque no governo, suscitou raiva nos outros
príncipes, pois um estrangeiro teria poder sobre eles. Os príncipes se
utilizaram da vaidade e do ego do próprio monarca para estabelecer uma trama
que prejudicasse Daniel. Invejosos se uniram e foram até o rei e propuseram que
fosse feito um edito real determinando que, durante o período de trinta dias,
ninguém fizesse oração a outro deus, ou homem, que não fosse ao rei Dario. Tal
edito agradou o vaidoso monarca que desejava ser adorado como um deus (vv.6-9).
Daniel não fora consultado sobre tal decreto, mas certamente sabia que o
objetivo era atingir a sua vida devocional e prejudicar sua comunhão com Deus.
Depois que o rei aprovou o edito, os
inimigos de Daniel ficaram na espreita, esperando o momento em que ele estaria
orando ao Senhor. Daniel seria apanhado em flagrante. Entretanto, Daniel não
ficou abalado ou preocupado com tal edito (v.10). Ele não permitiria que nada
viesse atrapalhar sua comunhão com Deus e suas orações.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Mesmo vivendo em uma sociedade pagã,
corrompida pelo pecado, Daniel se manteve íntegro.
II. DANIEL, UM HOMEM ÍNTEGRO QUE NÃO TRANSIGIU COM SUA FÉ EM DEUS (Dn
6.10-16)
1. Nenhuma trama política mudaria em
Daniel o seu hábito devocional de oração (Dn 6.10). A palavraintegridade pode ser
definida como “solidez, ou estado de ser inteiro, isto é, completo”. Ainda
muito jovem Daniel entendera que sua vida dependia de sua relação com Deus. A
oração era a maneira de ele ser orientado em suas decisões pessoais e
políticas. Da mesma forma, Deus nos orienta e revela a sua vontade por
intermédio das nossas orações.
2. A momentânea vitória dos
conspiradores. Daniel soube do edito real, mas
não abriria mão da sua fé, mesmo que tal resistência lhe custasse a vida
(v.10). Cientes da integridade de Daniel, os inimigos apenas esperaram o
horário costumeiro para fazer o flagrante do “infrator” (v.11). De posse das
provas, foram ao rei e reivindicaram que a lei dos medos e dos persas fosse
cumprida (vv.12,13). Só então Dario percebeu que havia sido usado para que os inimigos
de Daniel conseguissem o seu intento (vv.13-15)
3. Preservando a integridade (Dn
6.18-22). Daniel nos deixou o exemplo de
que é possível permanecer íntegro mesmo vivendo em meio a corrupção. Os servos
de Deus são chamados para que sejam luz em meio às trevas. Uma pessoa íntegra
não é dividida, não age com duplicidade, não finge, não faz de conta e, mesmo
diante do perigo, não nega a sua fé. Daniel nunca escondeu sua fé e o fato de
que orava a Deus, pois segundo o texto bíblico, ele orava em seu quarto com as
janelas abertas (v.10). As pessoas íntegras não escondem nada de ninguém. Suas
vidas são transparentes.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A fé de Daniel contribuiu para que ele
tivesse uma vida devocional bem-sucedida.
III. DANIEL NA COVA DOS LEÕES (Dn 6.16-24)
1. Daniel preferiu morrer a se dobrar
diante de um edito maligno (Dn 6.16,17). Daniel
não discutiu nem questionou com o rei o seu edito. Quando soube da lei real,
foi para o seu quarto e, como de costume, orou a Deus (v.10). Na verdade,
Daniel tinha certeza de que Deus poderia livrá-lo se assim o quisesse. A grande
lição é que sua integridade não o livrou da maldade e da inveja dos seus
inimigos, pois foi denunciado, preso e lançado na cova dos leões (vv.16,17).
2. Daniel foi protegido da morte pelo
anjo de Deus (Dn 6.22,23). A firmeza de
Daniel estava acima de qualquer trama diabólica. Com essa confiança,
resignadamente aceitou a sua arbitrária condenação (vv.16,17). Porém, na cova,
Daniel constatou o livramento do Senhor, que enviou o seu anjo e fechou a boca
dos leões, os quais não puderam devorá-lo (v.22).
O rei Dario ficou temeroso e triste
ao ver que não poderia livrar seu fiel súdito daquela situação (v.14). Porém,
no seu íntimo, o rei sabia que o Deus de Daniel poderia operar um milagre. Por
isso, foi à cova para constatar o livramento (vv.18-20). Ali, o monarca foi
surpreendido pelos feitos do Todo-Poderoso. Daniel foi retirado da cova sem
nenhum ferimento (vv.22,23). Então, o rei ordenou que todos aqueles que haviam
tramado contra Daniel fossem lançados na cova (v.24). Os inimigos
experimentaram o castigo que eles mesmos haviam preparado.
3. Deus mais uma vez foi glorificado
através da vida de Daniel (Dn 6.22,23,25-28). Daniel
não saiu da cova esbravejando e amaldiçoando os conspiradores. Ao contrário,
ele reafirmou sua inocência e disse que Deus havia enviado o seu anjo para livrá-lo
(v.22). Mediante a fidelidade de Daniel, o rei Dario aprendeu uma importante
lição e, por isso, decidiu honrar o Deus de Daniel com um edito. Este decretava
que todos os habitantes do império babilônico temessem ao Deus de Daniel
“porque ele é o Deus vivo e para sempre permanente, e o seu reino não se pode
destruir; o seu domínio é até ao fim. Ele livra, e salva, e opera sinais e
maravilhas no céu e na terra; ele livrou Daniel do poder dos leões” (vv.26,27).
Portanto, não há e nem houve um Deus como o da Igreja.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Daniel não se dobrou diante de um edito
maligno. Ele foi fiel e o Senhor o livrou dos leões.
CONCLUSÃO
Daniel foi próspero e abençoado
durante todo o reinado de Dario e no reinado de Ciro, o persa (v.28). Deus
honrou a fé do seu servo. Ele também vai honrar a sua fé e o livrará de todo o
mal. Confie! Atualmente, os inimigos dos servos de Deus também procuram,
mediante articulações ardilosas, caluniar e mentir contra aqueles que servem ao
Senhor fielmente e se destacam no cenário político e eclesiástico. Estes lançam
calúnias a fim de denegrir a integridade daqueles que legislam e realizam seu
trabalho com excelência. Muitas vezes os íntegros também padecem diante de leis
injustas. A fé do profeta fez com que ele mantivesse sua comunhão com Deus
mesmo em tempo de crise. A fé em Deus nos dá paz e convicção interior para
enfrentar as situações adversas da vida. Como crentes, estaríamos dispostos a
sacrificar nossa vida e até morrer pelo nome de Jesus? O Mestre declarou que no
final dos tempos os verdadeiros discípulos seriam odiados, atormentados e
levados à morte. Temos pessoas como Daniel? Oremos a Deus para que sejamos como
este profeta.
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
ZUCK, Roy B. (Ed). Teologia do Antigo
Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009.
LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2013.
LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2013.
EXERCÍCIOS
1. Segundo
a lição, o que destaca o capítulo seis de Daniel?
R. O capítulo seis do livro de Daniel destaca o valor da integridade moral
e espiritual de Daniel e seus amigos durante o reinado de Dario.
2. O
que fez com que Daniel se destacasse entre os demais presidentes?
R. Ele tinha “um espírito excelente”.
3. Os
inimigos de Daniel confabularam contra ele buscando que tipo de falha?
R. Falhas políticas ou morais.
4. Defina
a palavra integridade.
R. A palavra integridade pode ser definida como “solidez, ou
estado de ser inteiro, isto é, completo”
5. Quem
Deus enviou para fechar a boca dos leões?
R. Deus enviou seu anjo.
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Bibliológico
“Os males da inveja (6.4)
Os companheiros de cargo de Daniel,
movidos por amarga inveja, tinham más intenções contra o servo de Deus.
Todos têm de vigiar contra este
mostro destruidor: a inveja. Ainda neste versículo vemos outra virtude de
Daniel: integridade de caráter ‘nenhum erro nem culpa’. O plano diabólico de
matar Daniel seria executado através dos dirigentes do povo, e da vaidade do
rei. Em Daniel 2.12, o Diabo, em seu plano anterior de matar Daniel, agiu
através da ira do rei Nabucodonosor. Agora ele usou outro rei e outras armas: a
presunção, a vaidade, o orgulho, a vanglória pessoal.
O Diabo percebeu que Daniel seria o
homem que intercederia junto a Deus, com oração e jejum, para que os cativos de
Israel retornassem à sua terra.
O rei seria um deus por trinta dias
(v.7). Assim, movido por orgulho e vaidade, assinaria o decreto de morte (v.9).
Ainda hoje, muitos decretos, leis, estatutos, resoluções, decisões, votações e
reuniões são feitas para prejudicar os outros” (GILBERTO, Antônio. Daniel
& Apocalipse: Como entender o plano de Deus para os últimos
dias. RJ: CPAD, 2006, p.38).
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Bibliológico
“Avanço Político de Daniel (6.1-3)
Na reorganização do governo, Dario
seguiu a política liberal de Ciro e logo dividiu a responsabilidade da
administração. A nomeação de 120 presidentes, sobre os quais foram colocados
três príncipes, pode ter sido um arranjo temporário para assegurar a coleta
regular dos impostos e manter um sistema de arrecadação e contabilidade. A
breve explicação do versículo 2 parece indicar isso: aos quais esses
presidentes dessem conta, para que o rei não sofresse dano.
Dos três presidentes, Daniel se
distinguiu. E Dario encontrou nele um espírito excelente e planejava estender
sua autoridade sobre todo o reino.
Daniel devia ter em torno de 85 anos
ou talvez se aproximasse dos 90 anos. Ele tinha passado diversas crises políticas.
Agora, a sua reputação de homem íntegro e honesto chegara ao conhecimento dos
novos governantes. Talvez informantes tenham aconselhado os novos governantes
acerca da posição de Daniel na noite fatal da queda de Belsazar. Quaisquer que
fossem as circunstâncias, o homem de Deus estava pronto para servir onde fosse
necessário.
Um homem de fidelidade e honestidade
é desconcertante para maquinadores desonestos. Ver Daniel prestes a receber uma
promoção que o colocaria acima deles era mais do que os príncipes e os
presidentes podiam tolerar. Eles precisavam destruir Daniel a qualquer custo. O
fracasso em encontrar falhas na administração de Daniel os fez buscar uma
maneira de atacá-lo no seu ponto mais forte sua religião e a lei do seu Deus.
O rei foi ingênuo no que tange à
sugestão dos inimigos de Daniel. Era bastante comum para os governantes dos
medos e persas colocar-se no lugar de um dos seus deuses e requerer a adoração
do povo. Dario sentiu-se lisonjeado em ser o centro da devoção religiosa por um
mês, assim, assinou esta escritura e edito” (PRICE, Ross E.; GRAY, Paul C.
(Eds.). Comentário Bíblico Beacon. Volume 4. 1ª Edição. RJ:
CPAD, 2005, pp.518-9).
SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃO
Integridade em tempos de crise
É possível ser íntegro em meio à corrupção?
É possível sujeitar-se a Deus quando ao nosso redor estamos cercados de
exemplos contrários ao ideal divino? Estas são as perguntas norteadoras desta
sétima lição.
A história
O capítulo seis de Daniel revela que
o profeta fora colocado como um alto oficial do Império de Babilônia no governo
de Nabucodonosor e, posteriormente, Dario o assentara como líder de governo do
império Medo-Persa. Dario dividiu a escala de poder do império Medo-Persa da
seguinte maneira: três príncipes supervisionavam os 120 presidentes
constituídos nas províncias do império (vv.1,2). Daniel era um dos príncipes.
Mas entre os três o profeta se destacara.
Os príncipes e os presidentes armaram
uma cilada política envolvendo a religião do império. Não podiam sujar o
caráter de Daniel nas esferas sociais, morais e políticas, então os príncipes e
presidentes do império usaram a religião para atingir a vida de Daniel. O
plano: durante trinta dias quem dirigisse uma prece a Deus ou a um homem seria
lançado na cova dos leões. Ainda assim, o profeta Daniel não alterou a sua
rotina. Todos os dias, Daniel dirigia-se para uma sala no andar superior da sua
casa, onde se punha de joelhos para orar (além de ajoelhar-se, os judeus
ficavam de pé com as mãos erguidas para o céu e também prostravam-se como
diante de Deus). Até que foi denunciado pelos seus colegas de governo e Daniel
condenado a cova dos leões.
Política e Religião
A história da humanidade registra
testemunhos contundentes acerca da mistura entre a religião e a política. A exemplo
dos inimigos de Daniel, muitos usaram a religião para se beneficiarem
politicamente. Eles não criam em nada: no culto que praticavam e no deus que
diziam servir. Apenas usavam e abusavam desses expedientes da religião com o
fim de colocar os seus interesses políticos em primeiro lugar. A história da
igreja confirma a tragédia do Corpo Institucional de Cristo quando se misturou
o poder temporal e o espiritual. “O meu Reino não é deste mundo” disse Jesus. A
Igreja Católica Romana perdeu-se no caminho por se achar detentora do poder
temporal do “Sacro Império Romano”. Algumas Igrejas Protestantes se amalgamaram
com o Estado. Vide a divisão da Anglicana, Luterana e Reformada na Europa! O
que dizer das igrejas brasileiras envolvidas com a política partidária?
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